Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay
Pedro Azevedo
Sancho Pança dizia ao seu mestre "yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay". Com esta frase, Cervantes colocou na boca do fiél escudeiro de D. Quixote um sentimento por muitos partilhado: não sendo racional acreditar na existência de bruxas, a superstição acaba por fazer temer esses míticos seres do oculto.
O que dizer então da 3ª eliminatória da Taça de Portugal onde o sortilégio colocou frente-a-frente o Fafe e o Vilar de Perdizes? De um lado o Bruxo de Fafe, do outro a aldeia mais mística de Portugal, o jogo (aguardado para o dia 22 de Novembro) promete atrair à cidade do distrito de Braga curiosos interessados em ver bruxos e bruxas, diabos e mafarricos. Todos na esperança de literalmente observarem dentro das 4 linhas aquilo que um adepto Sportinguista figurativamente já há muito se apercebeu: é que, no relvado, o futebol português é solo fértil para o sobrenatural.