Violinos e outras histórias
Pedro Azevedo
A nostalgia inerente à memória da música sublime dos Violinos enquadrará hoje a recepção dos Leões de Portugal aos Leões de França. Quando Sporting e Olympique Lyonnais (Lyon) se começarem a defrontar a partir das 20h00, Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano serão apenas uma recordação, mas já em relação ao sistema de jogo poderão haver reminiscências desse passado de glória dos Violinos sob a batuta de Cândido de Oliveira ou Robert Kelly. Sendo certo que o Sporting de Ruben Amorim adoptou primordialmente o 3-4-3 (3-4-2-1), o WM (3-2-5) dos Violinos (Cândido, amiúde, recuava Travassos para organizar o jogo a partir da linha média, transformando o sistema num 3-3-4) chegou a ser usado em emergência, como aquando da recepção ao Gil Vicente. Aí Jovane, Tiago Tomás, Sporar, Pote e Nuno Santos acabaram por fazer a diferença. Fazer a diferença, algo indispensável a quem sirva o Sporting Clube de Portugal. O ano passado equipa e Estrutura estiveram a nível desportivo à altura desses pergaminhos. Que este ano tudo volte a correr pelo melhor e, se possível, que comece já hoje, com o nosso Onze a homenagear em campo aqueles que Tavares da Silva baptizou como "Os 5 Violunos". Aí Leões (de Portugal)!!! (Como diria o saudoso António Silva.)
P.S. Nos anos 50, a Hungria de Puskas viria a abdicar do WM por via da introdução do 4-2-4. Hidegkuti era o seu Travassos, o homem que baralhava as marcações. O recuo de um dos médios para a linha defensiva fazia o resto.