Tudo ao molho e fé em Deus - Shark Tanque
Pedro Azevedo
Um grupo de empreendedores leões liderado por Silas deslocou-se para um "pitch" na Capital do Móvel. O objectivo era promover as possibilidades do Sporting no jogo. Poucos tubarões estiveram presentes, nem sequer uns cações que a terra é sim de capões e estes não cantam de galo. Ainda assim houve Shark Tanque, embora este tenha tentado empatar o mais possível a apresentação leonina enquanto lhe descobria as vulnerabilidades.
Nos primeiros 30 minutos os apresentadores mostraram-se muito confiantes. Não se estranhou portanto que rapidamente tenham atingido o seu primeiro objectivo: captar a atenção dos seus interlocutores. Consoante Felipe usava da palavra, Bruno preparava-lhe o terreno. A audiência não ficou indiferente. No entanto, com o passar do tempo começaram a escassear fôlego e ideias. A possibilidade de rejeição aumentou significativamente na segunda parte quando o tubarão Douglas sentenciou brutalmente o guardião e restantes defensores da nossa proposta.
A atmosfera ficou pesada, a tensão pairou sobre a arena. Tudo parecia perdido. Eis senão quando reparo num pequeno pormenor: todos os membros do júri usavam meias rosa, a cor nossa talismã (4 vitórias em outros tantos "pitches"). E assim, num último rasgo, aproveitando uma mãozinha de um elemento do painel, lá selámos o nosso grande objectivo com um aperto de mão.
Se bem que tenha funcionado desta vez, o conceito, o produto e, mais importante, o modelo de negócio não pareceram totalmente satisfatórios. Teme-se, portanto, que à medida que vão surgindo concorrentes mais apetrechados não consigamos ter sucesso. Mas isso teremos de ver num futuro mais longínquo, para já há que lidar com o curto-prazo. E este, passo a Paços, lá se vai construindo. Esta noite até aconteceram duas coisas curiosas com a nossa delegação: incorporou-se um colaborador macedónio que trouxe mais argumentos à discussão e um par de funcionários médios finalmente abriu a boca. Ainda não é muito, mas pelo menos já é um princípio de alguma coisa.
Tenor "Tudo ao molho...": Bruno Fernandes. De destacar também o mérito de Mathieu e Acuña, a reintegração de Ristovski e a melhoria da dupla Doumbia/Eduardo. Uma última nota: fiél à noite de bruxas, Silas não desperdiçou a oportunidade de assombrar os adeptos da causa do leão com as entradas em cena de Borja e Ilori. Só foi pena não irem de volta com a vassoura... Feliz Halloween para todos!