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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

07
Nov19

Tudo ao molho e fé em Deus - O fiel amigo da Noruega


Pedro Azevedo

Mal começou a transmissão televisiva, percebi que íamos ganhar. É que a equipa de arbitragem exibia um equipamento rosa, a cor nossa talismã. Dúvidas? Se bem me lembro, por seis vezes esta época jogámos sob o signo da rosa, por seis vezes vencemos. E como não ganhamos assim tantas vezes...

 

Como diria o grande Gabriel Alves, o jogo não foi bom nem mau, antes pelo contrário. Classificá-lo-ia como um solteiros contra casados em terras da Noruega, com os portugueses no final a mostrarem como se faz um bacalhau com (duas) batatinhas a murro, receita de fiél amigo e assim imune à azia leonina. Dentro do espírito da coisa, houve também fases verdadeiramente hilariantes como quando Doumbia (1ª parte) e Rosier (2ª parte) reflectiram filosoficamente sobre como um objecto tão leve pode ser um peso tão insustentável e nesse transe - momento de hipnose induzida pela posse de bola - acabaram por confundir a bola com os tornozelos dos adversários, ou quando o nº 15 norueguês pretendeu fuzilar Renan (ainda no 1º tempo), acto que configurou uma tentativa de homicídio qualificado. 

 

O Sporting apresentou-se num 3-4-3 de 3 centrais, com a excentricidade de Bruno Fernandes aparecer como ponta de lança. No entanto, defensivamente a equipa baixava para um 5-3-2, um sistema conhecido no Mar do Norte como a Táctica do Bacalhau. A primeira parte correu-nos bem. O Neto foi ao lado direito tirar um cruzamento com o aroma que o nosso "Mateus" Rosier ainda não descobriu e na sequência Coates, influenciado plos bons ares de Trondheim, cabeceou para golo na baliza certa. Pouco tempo depois, um norueguês pôe-se a fintar sem protecção nas costas, Doumbia roubou-lhe a bola e Bruno Fernandes gingou entre 2 adversários e marcou. 

 

O jogo parecia fácil e a forma como os noruegueses controlavam a bola fazia crer que as chuteiras dos seus jogadores haviam sido produzidas num dos seus inúmeros estaleiros navais. Mas os nossos jogadores encontram sempre forma de apimentar as coisas e, às tantas, o Rosenborg começou a descobrir a especiaria. Com Borja e Ilori sobre a esquerda, o espaço compreendido entre eles tinha bolori, pelo que os noruegueses foram explorando-o na esperança de desenvolverem um antibiótico contra as bactérias que os leões tinham espalhado pelo campo. Para além destes dois candidatos a "Calamity Jane", Eduardo também ajudava à festa, oferecendo bolas à entrada da área. Valeu então Renan, que por três ou quatro vezes evitou o pior. 

 

Simultaneamente, na narração da SportTV, um recente Director da Formação esboçava um arrazoado sobre a necessidade de entrar alguém desde que não fossem os jovens que anteriormente supervisionara, os quais considerou inexperientes. Sobravam assim o Felipe das Consoantes ou o Wendel. Estava eu a discorrer sobre a mentalidade inerente a tal pensamento quando Silas manda Camacho para a frente de batalha. Mal eu sabia que seguir-se-iam Rodrigo Fernandes (4 minutos) e Pedro Mendes (1 minuto), numa folia total de 22 minutos de uma fortíssima aposta na Academia. O resultado já não seria alterado.

 

Como rescaldo final, devo dizer que Renan voltou a ser providencial. Estou convencido que o único que lhe pode tirar a titularidade é Bruno Fernandes, a quem não me admiraria nada que Silas viesse a entregar numa próxima ocasião as redes leoninas. Aliás, deixo aqui a dica ao Placard para começar a contemplar nas suas apostas em que posição vai Bruno Fernandes actuar e qual o sistema que o Sporting usará. Creio que dificilmente haverá totalistas...

 

Tenor "Tudo ao molho...": Renan Ribeiro. Coates esteve quase lá, não fosse ter sido apanhado em contrapé naquela tentativa de fuzilamento do nosso guarda-redes. Bruno Fernandes e Neto fizeram um jogo competente.

coates rosenborg.jpg

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