Tudo ao molho e fé em Deus - O derby em notas musicais
Pedro Azevedo
Renan - Nos golos, quase sempre toca na bola. Para quem acredite em encarnações, numa outra vida terá sido pianista, ou mesmo, carteirista, tal a delicadeza dos seus dedinhos. Já um guitarrista... Desconfio que, se deixar crescer as unhas, ainda se torna um Manitas de La Plata das balizas...
Nota: Mi
Gaspar - Um suposto Rei Mago que chegou fora da época, trocando o Inverno pelo Verão e o incenso pelo "insonso" (insosso), e contrariou a boa tradição de presentes trazidos anteriormente por Baltazar (campeão de futebol) e Belchior (futebol de praia). Para não falar do Rei Magos: Allison, com certeza!
Nota: Dó Menor
Coates - Ele olha para a direita, e pisca, pisca; ele olha para a esquerda, e pisca, pisca. Deve ser de ficar com os olhos em bico! O que pode um Ministro da Defesa fazer perante umas tropas que parecem estar na "peluda"?
Nota: Fá
Ilori - Uma mistura potencialmente perigosa entre o Zip-Zip e o Professor Pardal. O resultado é geralmente a velocíssima produção de invenções que costumam não funcionar bem (para a equipa).
Nota: Mi
Borja - Pormenores de brinca-na-areia, mas tudo espremido nem um cruzamento para amostra e culpas repartidas nos 2 golos do Benfica.
Nota: Mi
Gudelj - Na misteriosa ordem das coisas, geralmente o mal é apresentado aos pares: são as SS, os NN, o FF (canta mal que dói)... E depois, há também os 2G (Gudelj e Gaspar) que já estão fora de moda (toda a gente sabe que o que está a dar é o 4G), para não falar dos JJ (Jefferson e Jonathan), Ufa, que pesadelo!
Nota: Ré
Bruno Fernandes - Recebeu meia-dúzia de passes para o hospital com a cortesia de Gudelj. Falhou passes, sim, nomeadamente quando tantas vezes necessitou de binóculos para encontrar um colega a quem endereçar a bola, mas ganhou a falta e marcou de forma soberba o livre que permite ainda alimentar a esperança na passagem da eliminatória.
Nota: Sol
Wendel - Mais adiantado do que é costume, teve nos pés uma oportunidade soberana de empatar a partida. Desperdiçou-a com um bico duvidoso para um brasileiro com fama de craque, que isto de ser Romário não é para todos. Deu-se ao jogo, lutou, mas não teve bola. E quando finalmente a teve...
Podia ainda ter marcado num excelente remate de fora da área.
Nota: Fá
Jovane - Do futebol tem estado ausente, mas aparentemente ao churrasquinho tem dito presente. É que as riscas horizontais não mentem e talvez lhe conviesse usar a Stromp. Só para não terem de o comparar ao Rochemback, claro. Ainda assim, o jovem ala tem uma característica que me agrada: mesmo perdendo a bola, vai sempre, olhos nos olhos, para cima do defesa. Sem medos!
Nota: Mi
Luíz Phellype - Fez pressão na frente, desarmou, ganhou faltas, sacou cartões, enfim o possível dada a pouca bola que teve. A continuar assim, o Felipe das Consoantes ameaça ser vogal com papel activo na hora das decisões. A rever...
Nota: Fá
Acuña - Se o abecedário começa por A, e a seguir vem o B, também a equipa do Sporting começa no Acuña, e a seguir vem o Bruno (Fernandes, claro). Na fase de maior pressão benfiquista foi o único jogador que conseguiu reter, passar e cruzar a bola em condições. Se é para brincar aos campeonatos, vendam-no já!
Nota: Lá
Diaby - Procurou a profundidade, mas o melhor que conseguiu foi dar uma pancada profunda na testa de Svilar. Ainda assim, quase ganhou um castigo máximo que nos teria permitido sair da Luz com um empate.
Nota: Mi
Dost - Poucos minutos em campo. "Se fosse em Inglaterra", teria participado da jogada do empate. Godinho não quis assim e nem esperou pelo VAR. (Também era o Capela, não é assim?)
Nota: Ré
Raphinha - Não deu nem para aquecer.
Nota: -
(notas: de Dó Menor a Dó Maior)