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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

19
Jul19

Tudo ao molho e fé em Deus - Juventude inquieta


Pedro Azevedo

A pré-época é pródiga em experiências. Essas experiências normalmente transmitem sinais. Se temos um lateral direito de raíz no banco (Thierry) e adaptamos um central (Ilori) à posição, então não é preciso ser-se o (Detective) Correia para compreender o que se irá passar no futuro. 

 

A primeira parte foi muito má. Na ala, Vietto não desequilibrou nada à frente e também não equilibrou atrás, pelo que a continuar assim promete só fazer a diferença nas contas. Sobrou para Abdu Conté, que muitas vezes apanhou com 2 adversários pela frente, um dos quais um diabrete com nome de Dennis (o Pimentinha?) e enganador apelido de Bonaventura. A custo, Neto e Mathieu lá foram colando os cacos, contando também com a falta de pontaria dos avançados do Brugge. Numa jogada de insistência, os belgas adiantaram-se no marcador, com um jogador deixado completamente solto na área, por a defesa dos leões o ter tentado pôr em fora de jogo esquecendo-se que Abdu Conté tinha ficado para trás na tentativa de um corte de carrinho. Em cima do intervalo, e contra a corrente do jogo, de mais uma combinação entre Bruno Fernandes e Raphinha resultou novo golo leonino nesta pré-época, o terceiro com a assinatura exclusiva desta parceria. 

 

Para o segundo tempo, Vietto e Dost ficaram de fora. O argentino, que passou a primeira parte toda a sobrevirar para a direita (procurando o centro do terreno, sua posição natural, ele que é um segundo ponta de lança e portanto nunca recuará para pegar na bola onde Bruno Fernandes muitas vezes inicia a contrução), recebeu ordem para sobrevirar para a esquerda, que é como quem diz para sair do campo, porventura tornando-se assim mais útil à equipa. Entraram Jovane e o Felipe das Consoantes. Ter um ala que vai para cima deles (defesas) faz sempre alguma diferença, e o miúdo começou logo a dar nas vistas: primeiro, serviu Luíz Phellype para um remate venenoso, depois marcou o segundo dos leões. Na origem da jogada estiveram mais uma vez Raphinha e Bruno Fernandes (assistência). O cabo-verdiano deverá, no entanto, refrear os ânimos quando na sua área, evitando assim penalidades escusadas como a que resultou no golo do empate dos belgas. Renan mostrou mais uma vez porque não merece ser um patinho feio, pese embora Max seja muito promissor. O brasileiro salvou por duas vezes na mesma jogada o golo dos belgas. À terceira, Ilori mandou para canto. A partir daí massificaram-se as substituições. Bruno ainda teve um remate que quase ia dando golo e depois ficaram quase só miúdos em campo. E a verdade é que se mostraram mais à altura do que muitos dos reforços, em especial o Daniel Bragança, hoje a jogar como médio de ataque e a dar sempre ritmo ao jogo, o Nuno Mendes, que mostrou segurança, e o Plata, desta vez menos trapalhão e a libertar a bola na altura certa. Tempo ainda para Luíz Phellype encenar a fábula da lebre e da tartaruga. desta vez com uma conclusão bem mais lógica. (O brasileiro é daqueles jogadores que não estando em forma física é um a menos quando o Sporting tem a bola.)

 

Ao terceiro jogo da pré-época a sensação que fica é que estamos no mesmo patamar do fim da época passada. Não se consegue neste momento determinar se os reforços justificam o nome, para além de Neto (provável suplente de Coates e Mathieu) que promete vir a ser útil (Eduardo tem potencial, mas ainda é cedo para perceber até onde pode chegar). Os outros não tem feito a diferença, não havendo ninguém que se perspective um titular indiscutível. Em sentido contrário, Jovane mostrou que se tem de apostar mais nele, não só pelo que fez no ataque mas também pela cobertura que deu a Abdu Conté e que não existiu no primeiro tempo, e Daniel Bragança deixou água na boca, ficando à espera de o ver jogar com Wendel e Bruno Fernandes. Doumbia esteve mais solto e Eduardo Quaresma, que está connosco há oito anos, continua a deslumbrar pela personalidade que demonstra jogo após jogo, tendo hoje mostrado estar completamente à vontade contra uma equipa formada por jogadores experientes e de bom nível. O que parece óbvio é que nos falta um ponta de lança que tenha mobilidade e simultaneamente seja decisivo na área. Uma pecha não colmatada desde a saída de Slimani, embora um jogador com um pouco de mais tecnica, que combinasse melhor com a equipa, na linha de um Liedson, igualmente capaz de pressionar a saída de bola adversária, fosse uma grande contratação. O problema é que essa deveria ter sido uma prioridade antes da contratação dos 5 jogadores do Mercado de Verão.

 

Para terminar, nos desequilíbrios atacantes a equipa parece totalmente dependente de Bruno Fernandes e de Raphinha: tendo o Sporting até agora marcado 5 golos nestes 3 jogos, Bruno marcou 3 e produziu duas assistências; já Raphinha participou até agora em 4 golos. Como tal, não é preciso ser "Brugge" (nem Ristovski) para adivinhar o que seria esta equipa sem o Bruno. 

 

P.S. Os meus sentimentos pelo falecimento do nosso antigo treinador Robert Waseige, por quem hoje foi respeitado um minuto de silêncio antes do início do jogo. 

 

Tenor "Tudo ao molho...": Bruno Fernandes

brugge.jpg

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