Tudo ao molho e fé em Deus
Ser ou não ser, eis a questão
Pedro Azevedo
Os adoradores de Paulinho tiveram ontem um dia em cheio, ao vê-lo ser finalmente determinante na vitória do Sporting. Para tal bastou apenas um par de minutos, tempo suficiente para os pitões das suas chuteiras efectuarem dois apoios frontais sobre os joanetes de jogadores leoninos. Em consequência, voltou com classe as costas ao jogo. E desceu como nunca no terreno, nomeadamente quando se deparou com os degraus de acesso aos balneários, eram decorridos 38 minutos de jogo. Outro jogador em destaque foi o ponta de lança Coates, que voltou a marcar e assim justificou a titularidade absoluta conferida pelo treinador. Mas no primeiro tempo foi Gonçalo Inácio o melhor em campo, dobrando frequentemente Arthur, o jogador com nome de cavaleiro da távola redonda (Santos soaria a plebeu) que Amorim lançou para contrapor ao príncipe dos dinamarqueses (Isaksen). Como não se fazem Hamlets sem ovos, os nórdicos caíram no segundo tempo, momento ideal para emergir o goleador Pote. O que é natural é o Pote pisar terrenos perto da baliza dos nossos adversários, pelo que o restaurador Olex Amorim devolveu-o à posição de interior. E foi um sucesso, aliás atestado por mais dois golos de Art-Deco, em souplesse. Um craque! Todavia, o Pote e o Coates que se ponham a pau, porque Castigo Máximo soube que o Scouting dos leões ficou muito bem impressionado com o dinamarquês que apontou o nosso quarto golo, capaz de um remate com paradinha (cerebral) que deixou o guarda-redes sem reacção.
Tenor "Tudo ao molho...": Pote