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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

03
Jan19

Tudo ao molho e fé em Deus - Jogo empastelado


Pedro Azevedo

Em Alvalade, um clube com SAD recebia uma SAD sem clube. Confusos? É o futebol português na sua singularidade. O jogo, num dia de semana, tinha início às seis da tarde e o trânsito em Lisboa estava um inferno. Vai daí, cheguei ao estádio no preciso momento em que a SAD que não tem o (J)amor do clube mostrava personalidade (jurídica?) e rematava ao poste da baliza de Renan. Ainda haveria recarga, mas Acuña sacudiria o perigo. Estava decorrida meia-hora.  Um rápido visionamento posterior da gravação do período que não vi "in loco" viria a mostrar que a SAD vestida de azul havia suplantado os leões no número de oportunidades na razão de três contra uma (remate de Acuña).

 

O Sporting exibia-se orfão do seu maestro (Bruno Fernandes), o único jogador do meio-campo que leva a bola para a frente sem tergiversar. Gudelj cobria magnificamente um "latifúndio" de exactamente um metro quadrado de terreno, Miguel Luís passava a bola para trás e para o lado e Wendel, apesar de ser o único sem a marcha-atrás engatada, revelava-se impotente perante os azuis que o cercavam. Sem soluções ao centro, Nani e Acuña (os melhores no primeiro tempo) tentavam combinar e pôr a equipa a jogar para a frente a partir da ala esquerda, enquanto o flanco oposto era pouco mais do que inoperante. Numa das poucas oportunidades nesse período, Nani remataria à trave.

 

Para o segundo tempo, talvez por osmose com os outrora de Belém, o Sporting continuou a empastelar pelo centro, mas a ala direita finalmente apareceu: Nani procurou o envolvimento central de Diaby. Este, não pressionado, temporizou na meia-lua da área e abriu à direita para o remate de Bruno Gaspar. O lateral optou pelo centro, mas a bola embateu em Sasso (sim, não são só os defensores do Benfica os ases dos auto-golos) e por sortilégio foi beijar o véu da baliza à guarda de Muriel, o irmão do milionário Alisson do Liverpool. Estava desfeita a igualdade e o Sporting parecia ganhar confiança. Nem as saídas dos regressados Nani e Wendel, rendidos por Raphinha e Petrovic, respectivamente, esmoreceu o suplemento de alma ganho pelos leões, tanto que Miguel Luís, servido por um passe curto de Gudelj e com tempo e espaço para pensar, executou um fantástico remate que permitiria ao Sporting reforçar a sua vantagem no marcador, o segundo golo do jovem leão nesta sua época de estreia. O jogo caminhava para o fim, mas já com Jovane em campo (saiu Diaby) o Sporting voltaria a sentir-se pressionado, após um golo dos azuis causado pela falta de pressão sobre o portador da bola no momento do passe de ruptura e pela lentidão na recuperação defensiva de Coates. Entrando no período de compensação, este acabaria marcado por um sururu com epicentro em Acuña e Diogo Viana, não havendo mais nada digno de registo.

 

No fim do jogo, Keizer afirmou estar satisfeito com o resultado, dado o mau jogo dos leões. Sempre muito lúcido na hora das entrevistas, o treinador holandês não deixou de reconhecer a importância de Bruno Fernandes (sê-lo-ia para qualquer clube), mas revelou esperar, ainda assim, mais da equipa. Tudo isto na noite em que o Sporting ascendeu ao segundo lugar e no seu vizinho apagou-se a luz. Afinal, era um pirilampo...

 

P.S. Até à hora do fecho deste comentário ainda não houvera qualquer reacção da ANTF sobre a rescisão com Rui Vitória e nenhum comentador televisivo rasgara as vestes perante tal ofensa. Exactamente como quando Peseiro saiu do Sporting. Ou não?

 

Tenor "Tudo ao molho...": Nani

miguel luis sporting belenenses.jpg

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