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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

Castigo Máximo

24
Fev23

Tudo ao molho e fé em Deus

Ser ou não ser, eis a questão


Pedro Azevedo

Os adoradores de Paulinho tiveram ontem um dia em cheio, ao vê-lo ser finalmente determinante na vitória do Sporting. Para tal bastou apenas um par de minutos, tempo suficiente para os pitões das suas chuteiras efectuarem dois apoios frontais sobre os joanetes de jogadores leoninos. Em consequência, voltou com classe as costas ao jogo. E desceu como nunca no terreno, nomeadamente quando se deparou com os degraus de acesso aos balneários, eram decorridos 38 minutos de jogo. Outro jogador em destaque foi o ponta de lança Coates, que voltou a marcar e assim justificou a titularidade absoluta conferida pelo treinador. Mas no primeiro tempo foi Gonçalo Inácio o melhor em campo, dobrando frequentemente Arthur, o jogador com nome de cavaleiro da távola redonda (Santos soaria a plebeu) que Amorim lançou para contrapor ao príncipe dos dinamarqueses (Isaksen). Como não se fazem Hamlets sem ovos, os nórdicos caíram no segundo tempo, momento ideal para emergir o goleador Pote. O que é natural é o Pote pisar terrenos perto da baliza dos nossos adversários, pelo que o restaurador Olex Amorim devolveu-o à posição de interior. E foi um sucesso, aliás atestado por mais dois golos de Art-Deco, em souplesse. Um craque! Todavia, o Pote e o Coates que se ponham a pau, porque Castigo Máximo soube que o Scouting dos leões ficou muito bem impressionado com o dinamarquês que apontou o nosso quarto golo, capaz de um remate com paradinha (cerebral) que deixou o guarda-redes sem reacção. 

Tenor "Tudo ao molho...": Pote

dinamarca.jpg

sportingmidtyjland.jpg

17
Fev23

Tudo ao molho e fé em Deus

Ornatos de Ponta de Lança


Pedro Azevedo

"Ouvi dizer que o nosso amor acabouPois eu não tive a noção do seu fimPelo que eu já tenteiEu não vou vê-lo em mimSe eu não tive a noção de ver nascer um homem (Chermiti) (...)

 

(...) (Agora a parte em que entra o Espadinha, desconhece-se se à estalada)

O estádio está desertoE alguém ecoa o teu nome (Paulinho) em toda a parteNas casas, nos carros, no (Leonel) Pontes, nas ruasEm todo o lado essa palavraRepetida ao expoente da loucuraOra amarga, ora docePra nos lembrar que o amor é uma doençaQuando nele julgamos ver a nossa cura" - adaptação livre de "Ouvi Dizer", dos Ornatos Violeta

 

Desde a "Antiguidade Clássica" de Rúben Amorim no Sporting que a nossa equipa se vê grega em inferioridade numérica no meio campo. Primeiro com Matheus e Wendel, depois (época do título) com Palhinha e João Mário (34 jogos) e Matheus (39 jogos) sempre pronto a entrar quando o diesel do agora benfiquista chegava ao fim (o que não acontece agora quando Morita "dá o berro"), na temporada passada com Palhinha e Matheus (e Ugarte como opção). Mas havia Palhinha e/ou Matheus, dois super-heróis com poderes especiais que valiam por três jogadores, pelo que a aritmética desfavorável só era absolutamente nítida quando enfrentávamos outros super-poderes na Europa. Havia risco, sim, mas controlado. Só que agora não há Palhinha. Nem Matheus. Há Ugarte e Morita, que são bons mas humanos, não caíram no caldeirão da poção mágica em pequeninos como o Obelix nem foram banhados no rio sagrado como o Aquiles. Sem Morita, Amorim decidiu desafiar ainda mais os deuses e as probabilidades e deixou o uruguaio sozinho no centro do campo. Muitos vê-lo-ão como uma imprudência, eu tomo-o como uma tentativa de homicídio. Passo a explicar: a esforçar-se desta maneira, se não morrer entretanto, o Ugarte acabará a carreira como um ancião aos 25 anos. E, até lá, não haverá uma companhia de seguros disposta a vender-lhe sequer uma apólice de saúde, quanto mais de vida.   

Vem a "Antiguidade Clássica" de Amorim no Sporting a propósito do seguinte silogismo aristotélico: Rúben afirma frequentemente que o futebol é o momento. Ora, em grande momento estava o Chermiti, com golos, assistências e arrastamentos para golo. Assim sendo, o Chermiti deveria ontem ter sido titular. Mas não, em vez do silogismo triunfou o associativismo. E o Paulinho é que foi a campo. É o amor de perdição de Amorim, o Camilo até já escreveu sobre isto. Restará saber se em prol do associativismo não os veremos em simultâneo a deixar Alvalade. Com o Esgaio e o Trincão a transportarem as malas à saída. Talvez então o Rúben se liberte da escuridão e não mais renegue a realidade como ela é, embora quem despreze Aristóteles também possa nada aprender com um  seu mentor (Platão, aluno de Sócrates e autor da Alegoria da Caverna).

 

Outra coisa que me intriga é o início de construção da nossa equipa. Há quem lhe chame saída de bola, mas no nosso caso é mais "saída de barra". É que as chuteiras do Adán devem ter sido feitas na Lisnave, ali bem perto de onde o rio desagua no mar...(Temos aqui um caso paradigmático de construção naval, tanta é a água que se mete no processo, razão pela qual esta temporada vamos permanecer em doca seca... de títulos.)

 

Andamos quase todos aqui às voltas com a vontade de recuperar o melhor Amorim (esse pelo menos fez-nos campeões, que garantias nos darão os que se seguirão?) que até nos esquecemos das responsabilidades de Frederico Varandas. É que bom presidente não é o que passa a perna ao treinador ao vender-lhe o Matheus, bom presidente, sim, é o que estende a mão ao treinador e despacha o Paulinho para longe, para as arábias ou assim, onde se poderá associar com os camelos de duas e uma bossa (dromedários) e assim aprender como armazenar energia, conhecimento que lhe poderá ser muito útil na hora de rematar à baliza. [Em tirocínio, ontem até me pareceu vê-lo a transportar qualquer coisa (seria a bola?) nas costas.] Com a ajuda do super-empresário Mendes, pois claro, que vender seca (de golos) no deserto não deve ser tão fácil quanto "enganar ingleses" com o Bruno e o Matheus, ao melhor estilo do Zezé Camarinha. 

 

Tenor "Tudo ao molho...": Manuel Ugarte, qual Atlas a levar às costas o mundo do leão. 

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16
Fev23

Antevisão da Liga Europa


Pedro Azevedo

O Sporting recebe hoje à noite o Midtjylland, em jogo a contar para os dezasseis-avos de final da Liga Europa. Aqui ficam algumas notas sobre os dinamarqueses: o Midtjylland joga num sistema de 4-3-3. Defensivamente, a equipa é bastante permeável. A presença dos interiores bem por dentro e próximo do seu ponta de lança deverá garantir aos leões a vitória, atraindo o Midtjylland para o centro e libertando os alas (ou o ponta de lança, se o nosso médio mais ofensivo chegar em condução às imediações da área dinamarquesa) para entrarem e finalizarem no espaço compreendido entre os centrais e os laterais. São vários os exemplos de sucesso deste tipo de estratégia usada pelos adversários do Midtjylland. Outra situação que os leões poderão aproveitar é a deficiente cobertura defensiva dos dinamarqueses nos cruzamentos. Não só deixam-se frequentemente antecipar ao primeiro poste como o segundo poste fica quase sempre desguarnecido. (Aspecto que poderá também jogar a nossa favor são as bolas de ressaca, pois os dinamarqueses geralmente não deixam ninguém na cobertura à entrada da área, antes se amontoando à frente do seu guarda-redes de uma forma muitas vezes ineficiente.) Recomendar-se-á, assim, largura nas alas e a aproximação dos interiores à pequena área na altura dos cruzamentos (desejavelmente efectuados pelos alas). Como nota positiva nos nórdicos, o seu guarda-redes, Jonas Lossl, é muito experiente, com passagens pelos campeonatos francês e inglês, e tem excelentes reflexos. Ofensivamente, o Midtjylland tem o seu ponto forte. É uma equipa muito perigosa quando faz chegar a bola ao seu melhor jogador, Gustav Isaksen (número 11), de apenas 21 anos, um esquerdino que parte do lado direito, tanto fintando por fora e para dentro como procurando encontrar um colega no segundo poste. Outro jogador interessante é o uruguaio Emiliano Martinez (número 5), que conduz bem em posse e tem um bom remate de fora da área. De destacar também a presença do central e capitão, Sviatchenko, nas bolas paradas ofensivas, com bom aproveitamento. Ultimamente, a equipa perdeu algum do seu poder de fogo com as vendas de Dreyer, o seu goleador, para o Anderlecht, do médio ofensivo, Evander, que saiu para a MLS (Portland), e do guineense Kaba (Cardiff), sendo uma relativa incógnita quem acompanhará Isaksen no trio da frente, embora o zambiano Chilufya seja uma opçao a ter em conta.

 

Em resumo, temos aqui um adversário perfeitamente ao nosso alcance, assim a nossa equipa consiga explorar os seus pontos mais fracos e não permita grandes veleidades ao extremo Isaksen. Mas, certamente, Ruben Amorim já viu isto tudo que aqui descrevi, e muito mais,  

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