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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

10
Out22

Matemática do título


Pedro Azevedo

À sétima jornada tínhamos um combinado de 26 pontos de atraso em relação a Benfica (11), Braga (9) e Porto (6). Duas jornadas depois, a nossa diferença para este trio diminuiu para 18 pontos, o que é um ritmo encorajador, à custa de 2 pontos ganhos ao Benfica e 6 ao Braga. Não se iluda porém o Leitor, é que a matemática encerra as suas próprias manhosidades. Neste caso, porque agregadamente podemos recuperar todos estes pontos e mais alguns e ainda assim tal não ser o suficiente para ganharmos o campeonato. Basta, por exemplo, que os pontos recuperados em relação a um ou dois dos contendores seja grande. Se o(s) outro(s) contendor(es) não ceder(em) a totalidade dos pontos que leva(m) de dianteira, o título nacional não será possível. 

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10
Mar21

A aritmética do campeonato


Pedro Azevedo

pontuação máxima.png

campeonato a 4.png

Cenário Limite 1: Sporting ganha os jogos com Braga e Benfica

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Cenário Limite 2: Braga vence Sporting e Benfica

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Cenário Limite 3: Porto vence Benfica

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Cenário Limite 4: Benfica vence Braga, Porto e Sporting

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Worst Case Scenario para o Sporting: perde com Braga e Benfica

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Não esquecer que entre Braga, Porto e Benfica só 1 no melhor cenário possível poderá amealhar o máximo de pontos possível definido na tabela. Para ser campeão com toda a certeza o Sporting precisará de fazer 86 pontos, o que significa que tem uma pequena margem de 1 empate nos restantes jogos do campeonato (admitindo o worst-case-scenario conjugado de perder com Braga e Benfica e o Braga vencer todos os seus jogos até ao fim).

 

Faltam disputar 4 jogos entre os 4 primeiros classificados. A saber (por ordem cronológica): Braga-Benfica, Braga-Sporting, Benfica-Porto e Benfica-Sporting. Havendo 4 jogos, cada um com 3 resultados possíveis, existem 81 combinações possíveis de resultados entre eles, o que seria exaustivo elencar aqui. Assim, optei por apenas considerar cenários limite. 

08
Fev21

A aritmética do título (2)


Pedro Azevedo

Sobre a aritmética do título já falei aqui em 4 de Janeiro. Basicamente, sempre que uma nova época se inicia traço o seguinte cenário: o Sporting vence todos os jogos contra as equipas denominadas de "médias" e "pequenas" e perde os jogos contra os outros 2 denominados de "grandes". No fim, obtém 90 pontos, mais 2 do que qualquer equipa - Benfica em 15/16, Porto em 17/18, com 88 pontos - já conseguiu desde que o campeonato é disputado por 18 equipas e a vitória vale 3 pontos.

 

Dito isto, há um facto novo no horizonte. Com o empate consentido ontem pelos portistas em Braga, a equipa de Sérgio Conceição já só poderá somar 88 pontos finais. Como Benfica e Braga apenas poderão matematicamente ambicionar chegar aos 85 pontos, o Sporting, mesmo que venha a perder com o Benfica e Porto, se ganhar todos os jogos contra as equipas "pequenas" e "médias" somará sempre 90 pontos (podendo até chegar aos 96 com os pontos bónus), um cenario que pode servir de motivação extra a todos os nossos jogadores. 

 

E como chegámos aqui? Assumindo o pressuposto inicial, 4 derrotas e 30 vitórias significariam 90 pontos. Ora, é sabido que no entretanto perdemos 4 pontos contra "pequenos" e "médios", empatando em Famalicão e em casa contra o Rio Ave. Ora, tal deveria limitar o nosso horizonte final a 86 pontos. Acontece que o empate e a vitória caseira contra Porto e Benfica, respectivamente, foram 4 pontos de bónus face ao cenário esboçado de início. Assim sendo, o Sporting mantém-se na rota dos 90 pontos.

 

Evidentemente, a meio de uma maratona não se pensa na meta final. Pelo contrário, sendo natural até que surja a "dor de burro" provocado pela acumulação de ácido láctico, a concentração deverá estar no quilómetro seguinte. Estabelecem-se assim metas intermédias que é preciso superar. E é de ir vencendo cada uma que depende o êxito final. Assim também acontece no futebol, tal como tem sido exemplarmente explicado por Rúben Amorim através da frase "jogo a jogo". Façamos então de cada um desses jogos uma final, sendo certo que a partir de ontem ficámos a saber que superando 15 deles seremos de certeza campeões. Mas isso ainda vem longe, pensamos sim em Barcelos. É que olhar muito prospectivamente pode dar galo, melhor mesmo será pensar sempre no futuro próximo. 

aritmética.png

04
Jan21

A aritmética do título


Pedro Azevedo

O caminho para se ser campeão é em teoria muito simples, matematicamente falando. Assim, todos os anos faço o mesmo exercício que consiste em atribuir 30 vitórias ao Sporting contra os clubes ditos "pequenos" e com muito menor orçamento. Adicionalmente, por motivos prudenciais relacionados com o tratamento do risco, considero sempre o "worst-case-scenario" nos nossos embates com os "grandes" (Benfica e Porto), ou seja, a derrota. Deste modo chego ao número mágico de 90 como objectivo pontual para se ser campeão, meta nunca até hoje atingida por qualquer clube num campeonato a 18 e com 3 pontos por vitória (o recorde pertence ao Benfica de 15/16 e ao Porto de 17/18, com 88 pontos). 

 

Partindo destas assunções iniciais, vou actualizando os resultados dos diferentes candidatos. Ora, à 12ª jornada a realidade é esta: o Sporting perdeu apenas 2 pontos contra os denominados "pequenos", correspondentes ao empate em Famalicão. Assim sendo, substraindo ao objectivo de 90 pontos, o Sporting poderia ainda fazer 88 pontos. Acontece, porém, que já empatámos um jogo com o Porto, o que nos dá 1 ponto de bónus face ao cenário traçado inicialmente. Feitas as contas, o nosso objectivo concretizável passa a ser de 89 pontos, marca ainda assim suficiente para se ser campeão, pelo menos à luz do histórico de campeões neste formato de competição. 

 

Vejamos agora os outros 2 candidatos pelo mesmo prisma: o Porto já perdeu 6 pontos contra os "pequenos" (Marítimo e Paços de Ferreira), mais 4 que o Sporting. Além disso, empatou contra nós, o que significa uma redução adicional de outros 2 pontos. Assim sendo, no máximo os dragões poderão somar 94 pontos no total do campeonato. Já o Benfica perdeu igualmente 6 pontos contra os "pequenos" (Boavista e Braga), estando assim limitado a 96 pontos nas contas finais. Acontece que Porto e Benfica ainda se terão de encontrar duas vezes e esses eventos serão mutuamente exclusivos, isto é, Porto e Benfica não poderão ganhar simultaneamente a totalidade dos pontos em disputa. Nesse sentido, vários cenários se poderão perspectivar. Imaginando o Cenário 1, em que o Porto perde os dois confrontos, então os portistas ficariam limitados a um máximo de 88 pontos nas contas finais do campeonato, logo 1 ponto abaixo do Sporting (caso este cumpra com as assunções iniciais). Imaginando o Cenário 2, em que o Benfica perde os dois confrontos, então as águias não poderiam somar mais do que 90 pontos no final, ficando assim à mercê de um desaire adicional para serem ultrapassadas pelo Sporting. Num Cenário 3, em que ambos os confrontos terminam com o empate, águias e dragões não poderiam realizar mais do que 92 e 90 pontos no total. Caso prevaleça o Cenário 4, em que cada equipa vence e perde 1 jogo, então encarnados e azuis-e-brancos teriam um potencial máximo de 93 e 91 pontos, respectivamente. Temos ainda mais 2 cenários, um em que o Porto vence 1 jogo e empata o outro, ficando os dragões com um potencial máximo de 92 pontos e os encarnados de 91, e um outro em que o Benfica vence 1 jogo e empata outro, deixando as águias com um potencial máximo de 94 pontos e os portistas com o horizonte de 89.

 

Como se poderá ver pelos diferentes cenários, Benfica e Porto caminham sobre fino gelo, qualquer novo desaire podendo resultar num acréscimo de pressão em relação aos chamados "jogos do título", aqueles embates entre os "grandes" que, como se pretende provar, não decidem efectivamente nada. Nesse sentido, o Benfica parte em desvantagem na medida em que ainda não realizou qualquer jogo "grande". Em contraposição, o Sporting, estando na frente e já tendo jogado contra o porto, está em clara vantagem, situação que ainda poderá melhorar quando Benfica e Porto se vierem a defrontar, evento que, como expliquei anteriormente, será mutuamente exclusivo no que concerne aos 3 pontos em disputa. Quanto ao Sporting, cumpre-lhe continuar a ganhar todos os jogos aos "pequenos". Se isso ainda não lhe dá (à 12º jornada) matematicamente a garantia de ser campeão, pelo menos garantir-lhe-ia uma pontuação final que dificilmente seria batida, na medida em que até hoje nunca um campeão conseguiu obter 89 pontos. Sigamos, portanto, o nosso caminho. Um jogo de cada vez, tal como os maratonistas que se concentram em ir vencendo Km a Km até à meta. 

04
Jun20

A álgebra do futebol


Pedro Azevedo

Quando oiço falar em Sistema Táctico vejo isso sempre explicado através de linhas estáticas no terreno. Bem sei, os treinadores sempre vêm avisando que o futebol é dinâmica, mas o adepto comum tem tendência a simplificar as coisas como elas se desenham no papel. 

 

Em boa verdade o futebol é um jogo matricial em que se torna necessário preencher várias zonas do relvado a que vou chamar de pontos. Nesse sentido, esses pontos não advêm só de linhas mas também de colunas (corredores), pois o futebol é largura e comprimento. (A profundidade a meu vêr é erradamente chamada à colação, a não ser que estejamos a falar de jogo de toupeiras.)

 

Imaginemos, por exemplo, uma equipa que jogue em 4-4-2 clássico, ou, mais concretamente, num 4-1-3-1-1, com um "6", um "8", um "meia ponta" e um "ponta de lança". Se pensarmos em termos de colunas, teremos uma formação disposta em 2-1-4-1-2, onde, da direita para a esquerda, existirão lateral e ala direito, central pela direita, posição 6, 8, meia ponta e ponta de lança, central pela esquerda, lateral e ala esquerdo. Ora, conjugando com as 5 linhas, teremos como resultado final uma matriz de 5 por 5, isto é, de 5 linhas e 5 colunas, onde há 25 pontos de intersecção que representam espaços a preencher. 

 

Continuando no mesmo exemplo, o espaço (1,1) seria o do lateral direito, (1,2) seria o do central do lado direito, (1,3) não estaria ocupado, (1,4) seria o do central pela esquerda e (1,5) seria o do lateral esquerdo. Avançando nas linhas, (2,3) seria o espaço da posição 6, ficando (2,1), (2,2), (2,4) e (2,5) por preencher. Na terceira linha teríamos (3,1) equivalente ao espaço do ala direito, (3,3) a posição 8 e (3,5) o ala esquerdo, não sendo ocupados (3,2) e (3,4). As quartas e quintas linhas seriam apenas ocupadas pelas posições (4.3) e (5,3).  Como se pode comprovar, as 10 posições à frente do guarda-redes estão preenchidas por esses pontos de intersecção. Ficam, no entanto, por ocupar 15 pontos estratégicos. Como resolver isso?

 

O futebol é um jogo de estratégia que tem as suas semelhanças com o xadrez. Não se trata só de ocupar o espaço da melhor maneira sabendo de antemão que a dimensão do "tabuleiro" de jogo é grande de mais para o número de "peças", mas também pensar para (e por) onde queremos desviar (dissuadir) as "peças" do adversário para melhor podermos ocupar espaços futuros de conquista. Porém, independentemente da estratégia definida por um treinador, o futebol não é só ocupação de espaço, ou dinâmica. É também tempo. Assim, tal como numa partida de "rápidas" de xadrez, executar rápido e bem torna-se decisivo. E essa é a razão pela qual recepção e passe são o mais importante num jogo de futebol. Quando conjugados com a qualidade de remate, então tornam-se letais. 

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03
Abr19

Contas de matemática


Pedro Azevedo

A matemática, que é uma ciência exacta e não esotérica como a arbitragem, ensina-nos quase tudo: o que nos divide, diminui-nos, excepto quando o fraccionamento é pela unidade, situação em que a nossa força se mantém exactamente igual, ou quando o divisor é zero, ocasião em que o nosso poder se torna infinito. Hoje, durante o jogo com o Benfica, todas as desavenças têm de ficar para trás. Apenas uma coisa interessa: somar uma vitória que nos permita vingar o que se passou o ano passado no Jamor. Para que tal aconteça, logo à noite, no estádio ou à frente do televisor, temos de multiplicar o nosso apoio.

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