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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

07
Dez20

Killer Instinct


Pedro Azevedo

Os melhores plantéis do Sporting de que tenho memória reportam ao tempo da primeira passagem do presidente Sousa Cintra pelo clube. Nesse período chegámos a ter uma linha média constituída por Paulo Sousa, Figo, Balakov e Cherbakov, secundada por uma reserva onde constavam Peixe, Filipe, Capucho e Pacheco (mais tarde, Amunike). Ganhámos zero, nem uma tacinha (a Taça de Portugal conquistada frente ao Marítimo já "viu" Santana Lopes como presidente). Também aí muito se falou de arbitragens e de como isso nos foi letal, porventura de uma forma bem mais clara e desenvergonhada do que hoje. Todavia, dessa era emerge também a profética frase de Bobby Robson: "Ao Sporting falta killer instinct". Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, e precisamos de nos focar no que depende de nós. Nesse sentido, é preciso que aliemos a nossa boa qualidade de jogo à eficácia. E que desenvolvamos o sentido predador inato ao leão. O da savana, não aquele domesticado e cheio de tranquilizantes do circo do futebol português. Procurando de forma insaciável matar os jogos o quanto antes.

 

P.S. O problema de um discurso para o exterior exclusivamente a pôr o ônus do erro (aliás indiscutível) em outrém é que cria, mesmo que sub ou inconscientemente no jogador (como em qualquer ser humano) que o ouve, a desculpa ideal para o insucesso (vidé a "troca de galhardetes" no Instagram entre Adán e Casillas). Evidentemente, não desprezo o efeito positivo que as sensações de protecção e reconhecimento que emergem de um profissional se sentir defendido pela sua instituição provocam. Mas, se essa almofada de conforto for muito grande, isso obrigará posteriormente a um trabalho redobrado de mentalização por parte do treinador, a fim de que o foco volte a estar exclusivamente no desempenho individual do jogador e colectivo da equipa. Por isso, não deixando de ser importante a denúncia de situações de prejuízo claro para o clube como as que ocorreram anteontem, tal deverá ser sempre acompanhado pelo reconhecimento dos erros próprios. 

robson 1.jpg

(ÉPOCA 93/94: FOTO WIKI SPORTING)

13
Fev19

Killer instinct


Pedro Azevedo

Ouvi e li muita coisa na sequência da recepção do Benfica ao Nacional da Madeira do último fim de semana. Inclusivé, de alguns consócios sportinguistas que aludiam à falta de respeito dos encarnados pelos alvinegros. E, essencialmente, gostaria de retirar uma ilação para o meu próprio clube: há 25 anos atrás, Bobby Robson queixava-se da falta de "killer instinct" do Sporting. O que o treinador inglês pretendia dizer é que, quando tínhamos o adversário ali à mercê, perdoávamos e tirávamos o pé do acelerador. Ontem como hoje.

 

Um clube grande como o Sporting tem de incutir respeito nos seus competidores. E deve respeitar quem paga o bilhete, muitas vezes com grande sacrifício pessoal e familiar. Por isso, reajo com incredulidade à conversa sobre uma alegada falta de "fair-play" benfiquista na goleada, porque não há melhor maneira de respeitar o adversário e o público do que uma equipa e os seus jogadores gastarem todas as energias num campo de futebol. E tentarem marcar o máximo de golos, o objectivo do jogo. Tudo o resto que se diga sobre isto é tão simplesmente premiar a mediocridade e alinhar numa cultura de falta de exigência. Por isso, eu também teria gostado que o Sporting tivesse ganho por 10-0, da mesma forma que teria adorado ver os 14 golos sem resposta que os nossos leões deram ao Leça (com 9 golos de Peyroteo), ainda hoje record do campeonato nacional da 1ª Liga. Um tempo em que, em vez de conversa da treta, nos preparávamos para uma conversa de Tetra...

 

P.S. O Sporting possui todos os records de golos num jogo, tanto a nível nacional como europeu. Assim, para além da supracitada goleada no campeonato, batemos o União Micaelense por 21-0 na Taça de Portugal. O maior "score" até hoje nas competições europeias dura há 55 anos e foi obtido na caminhada para a conquista da extinta Taça dos Vencedores das Taças: na recepção aos cipriotas do Apoel Nicósia, os leões venceram por 16-1. E temos a maior vitória em derbies, o célebre 7-1 ao Benfica. Para que fique claro, embora eu prefira visitar o Museu do Sporting do que ler o Guinness Book, isto é um motivo de orgulho. Só faltava mesmo acusarem o "Manél" de falta de "fair-play" por ter enfiado 4 “batatas” nas redes do Silvino...

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