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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

Castigo Máximo

17
Jul23

Esclarecimento


Pedro Azevedo

Interrompo circunstancialmente uma hibernação voluntária apenas para contrariar uma ideia que com enfado vou lendo e ouvindo em jornais e televisões: o ADN do Sporting não é a Formação, é vencer, é ser "tão grande como os maiores da Europa". A Formação é, sim, um meio (sustentabilidade) complementar para se atingir um fim, desejando todos nós que não seja instrumentalizada politicamente, descaracterizada da essência própria do clube ou despovoada de competências específicas. Uma linha de montagem (de competências) deste tipo deve compreender diversas estações e nela conter artífices com a experiência, a vocação e o conhecimento suficientes para que o produto final não perca as suas características inatas e apure outros atributos. Como se de um diamante e sua lapidação se tratasse. Tudo o que não obedeça a estes princípios, sirva para a promoção de carreira de treinadores jovens com ambição de orientar seniores, desvirtue o talento natural ou indiferencie (formate) o jogador não serve.  

18
Jan23

Aposta na Formação


Pedro Azevedo

Na época de 81/82, Malcolm Allison pegou em jogadores essencialmente sub-23 formados no clube (1 central, 1 defesa esquerdo, 2 médios e 2 avançados), todos eles anteriormente emprestados, nunca antes utilizados ou com apenas esporádicas aparições na equipa principal, e o resultado foi este: um total de 187 jogos realizados e 17 golos apontados. (Ah, e fomos campeões, com Manuel Fernandes, Oliveira, Jordão, Eurico e Meszaros, mas também Marinho e Nogueira.) De notar que apenas Alberto tem um número de jogos nessa época inferior à dezena, mas isso tem uma justificação: o jogador foi chamado durante a temporada para cumprir o Serviço Militar Obrigatório. Dados a reter quando se fala em aposta na Formação, a qual deve pressupor consistência na utilização dos jovens e não "fogachos". (Nenhum jogador deve ser promovido à equipa principal se não houver uma convicção razoável sobre a sua capacidade. E nenhum jogador após a sua promoção deve ser despromovido, aceitando-se porém o seu empréstimo.)

 

Nota: aos 15 anos, Paulo Futre já treinava com o plantel principal e Big Mal planeava lançá-lo na temporada seguinte (82/83). Venâncio era outro que estava na calha e Brandão só não foi aposta por ter tido uma lesão traumática na pré-época. Litos chegou ao clube na época seguinte, proveniente da Sanjoanense. Como teria sido o contributo destes jovens no Sporting, se Allison não tem sido despedido? Para mim, Allison foi, entre todos os treinadores que por cá passaram, quem verdadeiramente apostou na nossa Formação. E ganhou, apesar de (ou devido a) isso. 

 

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12
Jan23

O estado da Formação


Pedro Azevedo

O Sporting teve uma boa geração de jogadores da sua Formação que aproveitou a conjugação entre os constrangimentos de tesouraria e a chegada de um técnico à época ousado e destemido (Rúben Amorim) para se impôr na equipa principal do clube. Desse lote destacaram-se essencialmente Gonçalo Inácio e Nuno Mendes, tendo Tiago Tomás igualmente uma presença relevante, sem esquecer Matheus Nunes, que veio completar a sua formação na equipa de sub-23 antes de chegar muito rapidamente ao topo da pirâmide, e Daniel Bragança, que finalmente teve a sua oportunidade. Entretanto, investimentos importantes em infraestruturas, recursos humanos e equipamentos de apoio ao desempenho foram ocorrendo na Academia. Acontece que os frutos desse investimento ainda não são visíveis, em parte porque as reestruturações levam o seu tempo a produzir resultados mas também por algumas incongruências do processo formativo. Nesse sentido, embora entenda ser interessante o conceito da Formação estar centrado no desenvolvimento individual de cada jogador, vejo com maus olhos que a aplicação prática disso não esteja a produzir jogadores altamente diferenciados do ponto de vista técnico, antes, sim, jogadores bastante formatados e que se poderiam encontrar em qualquer outro centro de formação de clube. Não há craques, isso parece-me claro, e eu não sei se isso terá a ver ou não com a capacidade dos formadores e a não-recriação dos fundamentos do futebol de rua (os relvados são perfeitos, mas os desníveis e buracos dos passeios e estradas que geram ressaltos inesperados moldaram a técnica de muitos jovens ao longo dos anos). O que vejo é aposta no desenvolvimento físico dos jogadores, mas talento puro não o sinto a emergir. Além de que há óbvias dificuldades na integração de jovens na equipa principal quando o sistema táctico induzido na Formação (o 4-3-3) não é depois reproduzido na equipa principal (vigora o 3-4-3), ocorrendo os maiores problemas de assimilação em jogadores que ocupam o centro nevrálgico do jogo, o meio-campo. É que o sistema de dois médios centro exige um tipo de jogador com uma morfologia específica, e por causa disso Bragança nunca foi uma aposta consistente de Rúben Amorim. No que diz respeito ao plano mental, uma dimensão do jogo que não deve ser dissociada da técnica, táctica ou física, compreendo que se estejam a estabelecer patamares de dificuldade que apelam à superação, subindo jogadores prematuramente para o escalão superior, mas isso tem de gerar mais tarde oportunidades na equipa principal. Se esta estiver fechada, a promoção antecipada de míudos entre os escalões poderá ser um factor de desmotivação. Nesse sentido, não é boa a percepção que se pode retirar da situação de Rodrigo Ribeiro. Ainda mais, quando Rúben Amorim defendeu durante a pré-época que não necessitaríamos de recrutar um segundo ponta de lança para fazer companhia a Paulinho, visto termos o Rodrigo, algo que só poderá ter sido encorajador para o próprio e seus companheiros das equipas jovens. Acontece que entre as palavras e a prática as coisas não vêm acontecendo exactamente assim, e quando Paulinho esteve lesionado o Rodrigo nunca foi opção. Poder-se-iam alegar constrangimentos ligados a questões contratuais por resolver, mas no Domingo, na Madeira, tendo a renovação já ocorrido, o Rodrigo ficou a ver o jogo na bancada. Um jogo que, curiosamente, o Sporting perdeu e em que não teve um ponta de lança no banco quando se tornou necessário ir a correr atrás do resultado. Como as dificuldades que são impostas aos jovens devem ter um objectivo e este deve ser percepcionado por todos, convém que os próprios jovens não o considerem como inatingível, para que com maior estímulo possam procurar contornar os obstáculos que se lhes apresentam (deve haver um equilíbrio, sabendo-se de antemão que a facilidade nunca é boa conselheira). Enfim, tinha aqui muitos outros pontos a levantar sobre a Formação, nomeadamente sobre como e por quem é avaliado o desempenho de Çelikkaya e de João Pereira, que estão nos escalões afluentes à equipa principal, mas para já vou ficar-me por aqui. 

19
Jun22

Homenagem a Aurélio Pereira


Pedro Azevedo

A Comissão de Veteranos do Sporting homenageou ontem Aurélio Pereira. O palco escolhido para o evento foi o Estádio José Martins Vieira, na Cova da Piedade. Entre os convidados para a justa homenagem ao homem que descobriu Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo (e ajudou a deixar muito dinheiro nos cofres leoninos) estiveram não só os seus ex-pupilos Venâncio, Morato, Carlos Xavier, Litos, Beto, Dani, Lourenço e Marco Caneira mas também o antigo capitão Oceano. Boa iniciativa, mas o Senhor Formação merecia um Estádio de Alvalade lotado para o acolher. Para o efeito, que tal um jogo entre jogadores internacionais formados no clube e um conjunto de velhas glórias mundiais que nos representaram já em idade sénior? A acontecer antes da apresentação oficial aos sócios da equipa para 2022/23. Sem restrições de convites, que o Senhor Aurélio deverá estar acima de conjunturas e politiquices do momento. Fica a sugestão. 

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15
Set21

Espelho mágico


Pedro Azevedo

O jogo desta noite em Alvalade colocará frente a frente duas escolas de Formação de renome na Europa. Dois projectos semelhantes na sua concepção, porém diferentes na sua adequação prática. Isto porque os leões têm-se dedicado à vã glória de precocemente desperdiçar talentos que mais tarde se vêm a impôr ao mais alto nível noutros clubes, enquanto os lanceiros se destacam pela optimização das sucessivas fornadas de jogadores saídos das suas camadas jovens, aliando o sucesso desportivo com a sustentabilidade económica e financeira. Embora os mais recentes ventos de mudança indiquem que as coisas estão a modificar-se para melhor em Alvalade, este jogo com o Ajax deverá ser encarado também como o nosso encontro com a realidade. Porque o Ajax de Janny van der Veen, Rinus Michels, Cruijff, van Basten e outros deverá ser um exemplo duradouro para nós, o paradigma das convicções fortes e da consistência das ideias acima das conjunturas de curto/médio prazo. Por isso, mais do que um adversário, do outro lado teremos um espelho mágico, que nos dirá que a mais bela Formação reside em Amesterdão. Mais do que invejar tal ou ser roídos pelo ciúme, a nós caberá perceber que há um caminho pela frente cheio de obstáculos que cumpre continuar a percorrer. Se o fizermos, talvez um dia o espelho nos venha a dizer que a mais bela Formação estará localizada em Alcochete. E assim viveremos felizes para sempre, tal como nos contos de fadas. 

 

P.S. Os irmãos Grimm estão para o Grimi como o Germano está para o género humano. 

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07
Set21

Sporting vence prémio


Pedro Azevedo

O Sporting venceu o prémio de "Melhor Projecto de Formação" atribuído pela Associação Europeia de Clubes. Tomaz Morais, director da Formação, enalteceu o "modelo centrado no jogador", uma abordagem holística (o todo maior do que a soma das partes) e científica aos jogadores e equipas, que abrange áreas como a táctica, técnica, tecnologia e ciência, realçando o facto de 11 jogadores formados na Academia de Alcochete terem sido campeões nacionais na última época. 

26
Mar21

A ilusão do $upporter


Pedro Azevedo

Há um certo tipo de adepto do futebol português para quem o milhão exerce muito mais fascínio que o golão. Para este $upporter, a Formação é vista como o porco que é preciso apressadamente entoirir até ao cachaço para a matança, afiando o dente de cada vez que a imprensa o encandeia ao dar eco de valores miríficos que até as melhores lavandarias ou estratégias geopolíticas de estados soberanos têm pudor em acompanhar. A coisa cria alguma perplexidade, desde logo por não se entender que o adepto pretira a degustação de um menu de Guia Michelin ao deslumbramento sobre um evento onde não tem sequer lugar à mesa. É que no dia da matança quem habitualmente se empaturra à grande e à inglesa (o equivalente à francesa quando o menu é futebolístico) nem é afecto ao clube (empresários de jogadores), apenas quer ter um "Good Year". Sendo assim, em termos de analogias que envolvam recos eu prefiro a do porquinho-mealheiro. Não há nada como ir poupando cêntimo a cêntimo e não ter de vender. Não gastando superfluamente em compras na Feira de Carcavelos, não se endividando, tirando rendimento daquilo que desde cedo se foi produzindo com um controlo de qualidade que ao longo do tempo se foi monitorizando e atestando. 

 

Alegorias à parte, formar para ganhar e nesse processo manter custos controlados deve ser o paradigma. Formar, pensando na lógica da venda posterior, é apenas uma construção falaciosa e novo-riquista que como abundantemente se tem visto não garante a sustentabilidade no futuro nem cria no jogador um compromisso com o clube. Um jogador de futebol contabilisticamente é um activo. Tem um valor (preço, aquando da compra/venda), um rendimento e uma data de expiração. Mas não é uma acção, uma obrigação ou um sobreiro, tem pensamento próprio, expectativas. Saber gerir o momento de saída de um jogador será uma ciência. Mas a venda deverá sempre ser suscitado por ser uma boa oportunidade para ambas as partes e haver quem substitua o atleta com um custo salarial igual ou menor, e não por a tesouraria necessitar da venda para pagar salários. Até porque os jogos ganham-se com os melhores e a economia está cheia de exemplos que nos mostram que a produção não é infinita e há custos de oportunidade. Para além de que o que verdadeiramente mata do ponto de vista financeiro os clubes é o desequilíbrio entre custos e proveitos ordinários, e isso é uma ilusão pensar-se que se resolve sucessivamente com vendas de jogadores. A história está aí para o provar, pelo que nenhum clube será capaz de sobreviver a médio/longo prazo se não tiver custos de estrutura eficientes e um sólido crescimento dos proveitos fora da actividade de trading de futebolistas. Esse aliás é o único caminho para a perenidade de equipas competitivas no plano desportivo. E para continuar a vencer no futuro. 

P.S. A única equipa fora das Big5 que se conseguiu apurar para umas meias-finais da Champions (esteve a 1 segundo da final) desde 2010 foi o Ajax. A época foi a de 18/19. Dois anos antes o mesmo Ajax havia sido finalista da Liga Europa contra o Manchester United de Mourinho. A base da equipa era a mesma. 

24
Mar21

Dário, Isnaba, Guilherme, Octávio...


Pedro Azevedo

A surpreendente chamada de Dário Essugo ao plantel principal do Sporting veio mais uma vez chamar à atenção para o talento que existe nos escalões de formação do Sporting. Para quem não acompanhe tanto, junto aqui mais alguns nomes que têm estado desaparecidos no radar dos adeptos em virtude da interrupção dos campeonatos jovens: Guilherme Santos, Saná Fernandes, Francisco Silva, Salvador Gomes, Tiago Octávio, Isnaba Mané, Martim Marques ou Mateus Fernandes. O Guilherme é aquele jovem que um dia a todos surpreendeu na Pontinha quando revelou um discurso muito maduro e com todos os valores Sportinguistas presentes. Habitualmente escolhido como capitão, o Guilherme é um médio de grandes recursos técnicos e grande chegada à área (pode também jogar como segundo avançado, ao estilo de João Vieira Pinto), a quem faltará porventura um crescimento físico ao nível do seu talento. De apenas 15 anos, Saná é um jovem extremo muito forte no drible, característica aliás comum ao seu irmão Joelson. Chamo também a atenção para os guarda-redes Francisco Silva (só perfaz 16 anos em Novembro) e Salvador Gomes, ambos muito fortes na mancha e com excelente presença entre os postes. Um pouco mais velhos (7, 8 meses), Tiago Octávio e Mateus Fernandes são dois médios de excelente técnica. Octávio destaca-se mais pelos deslocamentos frontais com bola, Mateus é um organizador que revela excelente leitura de jogo e circula mais o esférico, juntos reeditam um pouco as características da dupla Matheus Nunes/Daniel Bragança. Mané é um quebra-cabeças na ala esquerda, um jogador de desequilíbrios. Martim Marques é um lateral esquerdino que sobe muito, com excelente técnica, habilidade na finta e qualidade no cruzamento. Outros miúdos como Mamadu Djaló ou Pedro Sanca poderiam também merecer destaque. Queremos vê-los muito mais e vamos certamente ouvir falar deles no futuro, assim as condições sanitárias o permitam. Mantendo a estratégia de aproveitamento da sua formação, o futuro do Sporting continuará assegurado nestas duas gerações de jogadores.

23
Mar21

NextGen 2021


Pedro Azevedo

O Sporting é o único clube português representado na lista "NextGen 2021: as 50 maiores revelações do futebol mundial" publicada hoje pelo portal Goal.com. E logo com 3 jogadores: Nuno Mendes, Eduardo Quaresma e Joelson Fernandes. Nesta lista, que contempla apenas jogadores nascidos a partir de 1 de Janeiro de 2002, onde surpreendentemente não consta Tiago Tomás (Gonçalo Inácio nasceu em Agosto de 2001), Nuno Mendes é o mais bem classificado dos leões, aparecendo na 23ª posição. Dos restantes, Quaresma figura no 36º posto e Joelson é o 44º colocado. O pódio é composto por Ansu Fati (1º, Barcelona), Eduardo Camavinga (2º, Rennes) e Gio Reyna (3º, Borussia Dortmund). Mais um bom sinal de valorização da Academia Sporting e da sua formação. 

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01
Mar21

Não há coincidências...


Pedro Azevedo

O que têm em comum Carlos Xavier, Ademar, Virgílio, Freire, Alberto e Mário Jorge? Em 1981/82 eram jovens da nossa Formação que Malcolm Allison não hesitou em aproveitar nessa campanha gloriosa que terminou em dobradinha. No total, os seis realizaram 187 jogos nessa época (que incluiu também jogos europeus e Taça de Portugal), 123 deles a contar para o campeonato. A enquadrar estes, com mais experiência, estavam outros 4 jogadores formados no clube. A saber: Zezinho, Barão, Inácio e Bastos. Realizaram 71 jogos nessa temporada, 42 para o campeonato. Juntando todos (10!), tivemos um total de 258 jogos (165 para o campeonato) disputados nessa época por jogadores formados no clube.

 

O que têm em comum Max, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Daniel Bragança, Jovane Cabral, Gonzalo Plata, Tiago Tomás e Pedro Marques? São jogadores formados no clube (Matheus e Plata no último estádio de desenvolvimento) que Rúben Amorim não tem hesitado em desenvolver e apostar no decurso desta ápoca. Todos juntos, até agora realizaram 152 jogos, 98 deles a contar para o campeonato. Enquadrando-os, com mais experiência, estão também Palhinha e João Mário, igualmente formados no clube, que combinadamente já jogaram por 48 vezes, 36 das quais referentes a jogos de campeonato. Somando ambos os grupos, temos (até agora) um total de 12(!) jogadores formados no clube com 200 jogos (134 para o campeonato) de utilização.

 

Os números, muito semelhantes, serão certamente chocantes para quem habitualmente não valoriza a nossa Formação ou pensa que não se ganham títulos com plantéis com muitos jogadores formados no clube. Aceitemos assim que a Formação é um bom ingrediente para manjares epicuristas condenados ao sucesso, porém não esqueçamos que o tempêro faz toda a diferença. É que a equipa de 81/82 tinha uma espinha vertebral de luxo formada por solistas como Meszaros, Eurico, Oliveira, Manuel Fernandes e Jordão e carregadores de piano de primeira água como Nogueira e Marinho. Já a actual, não possuindo tanto génio como aquela com que Allison contou, teve até agora em Amorim o artífice do todo, o Chef, que como sabemos na boa cozinha produz resultados superiores à soma das partes.  

Aproveitar a Formação é o único caminho para se ganharem campeonatos? Seguramente que não, mas não há outro que simultaneamente garanta tanto a sustentabilidade de um clube como este. 

14
Dez20

Fábrica de golos


Pedro Azevedo

Pedro Marques voltou a bisar, desta vez contra o Fabril, numa vitória do Sporting B por três bolas a zero, um golo a mais do que o conseguido pelo FC Porto quando derrotou o outrora primodivisionário clube do Lavradio (Barreiro) em anterior eliminatória da Taça de Portugal. Deste modo, o ponta de lança leonino eleva para 9 golos em 7 jogos os seus números na presente época desportiva. A Pedro só faltou mesmo o golo de cabeça, marcando alternadamente de pé direito e de pé esquerdo. O seu primeiro resultou de um remate forte e colocado que não deu tempo ao guardião adversário de esboçar a defesa. Já o segundo foi uma pequena obra de arte, mudando de pé à última hora e colocando a bola lentamente e em jeito no poste mais distante. Não assisto aos treinos e portanto desconheço a prestação do Pedro nos mesmos e a forma como se está a entrosar com a equipa, mas parece-me óbvio que os jogos realizados até agora indicam que vai justificando mais minutos de utilização numa equipa principal onde terá potencialmente golos servidos em bandeja de prata por Pedro Gonçalves, Nuno Santos, João Mário e demais jogadores. Não será ainda certamente na terça-feira - uma pena! - devido ao pouco tempo de recuperação do esforço, mas se Ruben Amorim assim o entender talvez possamos ver o Pedro no banco como alternativa ao TT no jogo contra o Farense. Se o futebol é o momento na medida em que a componente anímica é tão importante quanto a táctica, técnica e física, entre Sporar e não Sporar melhor mesmo será o Pedro não desesperar e começar a ir a jogo. Temos (mais um) Ponta de Lança na cantera.

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05
Dez20

Sporar ou não Sporar


Pedro Azevedo

O tema do momento no futebol do Sporting versa sobre a titularidade ou não de Sporar. De facto, para quem olhe apenas para os golos e assistências, os números do esloveno estão longe de impressionar. Como tal, há quem legitimamente defenda que um ponta de lança tem obrigatoriamente de apresentar mais acções decisivas por jogo. Porém, o futebol está longe de ser apenas aquilo que os nossos olhos retêm num primeiro momento, sendo certo até que muitas vezes o que nos agrada à vista não nos enche a barriga. Quando há 3 anos criei o Ranking GAP, fi-lo para ajudar  a uma melhor compreensão do jogo e também para reparar a injustiça de não se verem plasmadas nas estatísticas ofensivas uma série de acções que conduzem ao golo. Desse modo, comecei a considerar passes de ruptura e participações em lances de ataque que são determinantes para golo. Assim, um passe de 30 metros a isolar o jogador que depois faz a assistência, ou o jogador que é carregado em falta dentro da área passaram a constar dessas minhas estatísticas enquanto participação importante para golo. Adicionalmente, incluí essas acções, conjuntamente com os golos e assistências, na medição da influência de um jogador. Foi isso, por exemplo, que me levou a concluir ser Bruno Fernandes o jogador mais influente do Sporting na época 17/18, a última de Jesus. Ora, olhando para o Ranking GAP, é possível verificar que apesar do seu número de golos (2) e de assistências (1) ser modesto, Sporar participou de forma importante em outros 5 golos. Assim sendo, não é para mim consensual que não esteja a cumprir com os objectivos. Há, porém, algo que me suscita apreensão e que creio diluirá a sua importância na equipa: a esmagadora maioria das acções que o revelaram influente resultaram de lances de transição. Ora, é minha convicção que, passado um primeiro momento em que beneficiou de algum menosprezo dos adversários, a nossa equipa encontrará muito menos espaços para transição nos próximos jogos, tendo de percorrer estradas secundárias e itenerários complementares com muito tráfego em detrimento das autoestradas em que se sente particularmente confortável. Provavelmente ainda não em Famalicão, equipa que assume o jogo e pretende construir desde trás, mas definitivamente no que virá para diante. Assim sendo, teremos muito mais jogos como o do Moreirense e muito menos como o de Guimarães. Nesse sentido, sem espaço, Sporar torna-se um jogador mais banal. Ele não é o ponta de lança clássico, mas sim um jogador essencialmente de transições, inteligente na movimentação de procura dos espaços (para si ou para os colegas) que se abrem entre os defesas contrários. Quando esse espaço lhe é retirado, Sporar vê expostas imediatamente duas debilidades: o seu fraco jogo de cabeça na área e a falta de faro de golo, características importantes para um "9". Assim, não sendo um cabeceador nato e não antecipando os lances, o esloveno tem muita dificuldade em contribuir para a equipa. É possível que com a idade que tem ainda possa haver alguma evolução, mas dificilmente Sporar será algum dia aquilo que se designa como um "Matador". Assim, antecipando as dificuldades que os autocarros estacionados à volta de Palhinha prometem avolumar, creio ser tempo de começar a dar algum tempo de jogo ao jovem Pedro Marques, o qual possui características mais híbridas, revelando dons que o esloveno não tem na área e mostrando-se igualmente competente em transições no que a acções de finalização diz respeito (vidé os golos obtidos recentemente na Holanda ou pela nossa equipa B), embora porventura não tão forte na associação com a restante equipa como o esloveno. Talvez ainda não com o Famalicão, pelos motivos que acima descrevi, mas em breve. É que, caso contrário, a pouca eficácia do ponta de lança acabará por induzir situações de risco máximo do tipo das utilizadas contra o Gil Vicente (3-2-5), o que nos poderá ser fatal quando do outro lado houver um "10" com bom tempo de passe a lançar a transição face a um equipa toda adiantada no relvado. 

 

P.S. Não descartar Tiago Tomás. Apesar de mais utilizado sobre a direita, TT mostrou contra o Gil Vicente uma qualidade essencial num ponta de lança: o timing de ataque à bola e remate. Nesse sentido, esse lance foi de compêndio.

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25
Nov20

Pedro, o perseverante


Pedro Azevedo

Pedro David Rosendo Marques é a nova coqueluche proveniente da Formação do Sporting. Uma colheita tardia, vintage, como tal delicada e de grande qualidade. Ouvi falar no Pedro pela primeira vez através de um primo "belém" (eu sei, acontece nas melhores famílias haver quem escape ao desígnio do leão) que, entusiasmado, me ia relatando o impacto tremendo que estava a ter nas camadas jovens do Belenenses. O Sporting contratou-o no seu primeiro ano de junior e logo se distinguiu pela profusão de golos que marcou. Recordo em especial um golo de belo efeito contra o Real Madrid na Youth League: servido por Abdu Conté, Pedro imitiu o movimento dos alcatruzes de um engenho hidráulico trazido para a península pelos muçulmanos para deixar o guardião madridista à nora, afagando primeiro a bola no ar com o seu pé esquerdo para depois rodar e chutar, sem deixar cair a bola, com o pé direito. Um golo de elevadíssima execução, porém não suficiente para chamar a atenção do juiz da nota artística que por essa altura embora já patinando ainda era rei em Alvalade. 

À míngua de oportunidades, o Pedro foi sendo condenado à irrelevancia. Ressurgiu por momentos numa outonal noite europeia quando as goleadas se sucediam, a esperança se vestia de verde e Keizer era ainda um encantador  de leões. Durou pouco, e a estrelinha do Pedro voltou a ofuscar-se. Na época passada foi para a Holanda onde jogou na Segunda Liga. Primeiro no Dordrecht, um clube que lutava para não descer de divisão. A equipa não era boa, levava grandes cabazadas, a bola não chegava lá à frente. Ainda assim, marcou 6 golos e fez 8 assistências, o suficiente para suscitar o interesse do Den Bosch, um clube do mesmo escalão mas com aspirações à subida. A sua estrela voltou a brilhar, terminando a época com 8 golos em 7 jogos realizados na sua nova equipa até à suspensão do campeonato devido à pandemia. Mais uma vez a conjuntura parecia estar contra o Pedro, e logo quando se estava de novo a afirmar. Regressou então ao Sporting e foi integrar a recém (re)criada equipa B. O cenário era o do Campeonato de Portugal. Em 4 jogos fez 4 golos, destacando-se não só como matador na área mas também nas transições. Nesse aspecto, o Pedro engana muito. Sempre composto, com o tronco muito direito, transmite a falsa ideia de ser lento. Mas só até começar a correr com a bola, momento em que a sua velocidade associada à boa articulação dos movimentos provoca imediatamente danos nos adversários que anteriormente o subestimaram. Dadas as suas boas prestações, o Pedro já "reclamava" uma oportunidade de jogar com gente grande. Foi convocado duas vezes, mas em ambas não saiu do banco. Até que, a pretexto da Taça de Portugal , finalmente teve a sua chance. Foram apenas 18 minutos, mas o seu impacto dificilmente poderia ter sido mais impressionante. Dois golos, a confirmação dos seus dotes de matador e uma sede de golo que não deixou nenhum Sportinguista indiferente foram a sua assinatura no jogo. E, do quase nada, em pouco tempo, tal como no anúncio publicitário todos ficámos cientes de que se calhar a solução (ponta de lança) estava no banco. Boa sorte, Pedro! E muito trabalho. 

(Golo ao Real Madrid aos 23 segundos do vídeo. Aos 46 segundos repete a dose.)

28
Set20

Para a imortalidade


Pedro Azevedo

Se o épico combate travado por "El Patrón" Sebastián Coates em Paços de Ferreira deveria inspirar os poetas homéricos, o lençol protagonizado por Daniel Bragança sobre Eustáquio (o da Tessalónica foi grande estudioso de Homero) mereceria passar à imortalidade num tríptico em pintura a óleo e têmpera sobre madeira (o jogo foi na capital do móvel). 

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29
Ago20

Gonçalo Inácio


Pedro Azevedo

Há já algum tempo que venho pondo os olhos em Gonçalo Inácio, central canhoto que também fez parte da sua formação a lateral esquerdo. E gosto. Muito. Nomeadamente como central, onde a sua visão de jogo, encurtamento rápido dos espaços e superior capacidade técnica dão diferentes tipos de soluções, desde passe à distância e bloco alto até superioridade numérica em zonas mais avançadas do campo por via da sua boa saída de bola de trás. Para continuar a ver...

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20
Jul20

Joelson, empresários e os vendilhões do templo


Pedro Azevedo

Mais uma vez o Sporting encontra inesperadas dificuldades na renovação de contrato com um seu jovem jogador. Mais do que pensar no Joelson, em seu pai ou nos empresários, veio-me à memória uma entrevista do ex-jogador Poejo em que este se confessou ostracizado por alegadamente ter recusado a sugestão de alguém na época pertencente à estrutura do Sporting para assinar com um determinado empresário. Sendo este um ângulo oculto para a generalidade das pessoas, fica a pergunta: de onde vem a influência de certos empresários junto dos miúdos? São exclusivamente os pais dos miúdos que a promovem? O Sporting precisa de ter a certeza que na sua estrutura do futebol juvenil não existem conflito de interesses sob a forma de angariação para qualquer tipo de empresários, nomeadamente aqueles que sistematicamente colocam inúmeros problemas ao clube aquando da renovação de contrato dos nossos jovens jogadores. A haver, os prevaricadores têm de ser afastados, processados (para servirem de "exemplo") e ver o resultado das suas acções tornado público a bem do bom nome da esmagadora maioria de valorosos técnicos e staff da nossa Formação que ao longo dos anos se têm dedicado com profisionalismo e brio à causa leonina. É que no Sporting não pode haver espaço para vendilhões do templo. 

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06
Jun20

Formar para rendimento


Pedro Azevedo

O lançamento por Ruben Amorim de vários jovens da nossa Formação tem de ser encarado como um sinal de esperança. No entanto, para que esse presságio se venha a mostrar consistente ao longo do calendário gregoriano é necessário mudar de paradigma. Não podemos formar jovens para os vender antes do tempo em nome da urgência de suprir o défice substancial da Demonstração de Resultados, o que acabará por suscitar novas investidas ao mercado como forma de reposição de activos e concomitantes custos associados. Não, esse paradigma está totalmente errado. O que deverá ser promovido, isso sim, é o aproveitamento desses jovens em nome do seu rendimento desportivo individual e contribuição para o rendimento desportivo colectivo.

 

Nos primeiros anos, o custo em salários desses jovens é reduzido. Isso ajuda a manter a folha de pagamentos da SAD em níveis sustentáveis. Tendo esse jogador rendimento desportivo, a sua relação custo/benefício será muito interessante para nós. Acresce que, dado o tempo passado connosco, o conhecemos bem. Sabemos como treina, como se comporta extra-futebol, o que precisa de ser desenvolvido. Logo, vender esse jogador prematuramente será um erro, ainda que possa proporcionar um proveito no imediato. Acresce que a nossa história está cheia de exemplos de má utilização do dinheiro proveniente da venda de jovens promissores, geralmente usado em "contratações cirúrgicas" que são como operações de coração aberto ao leão. Por isso, formar para rendimento (desportivo) deve ser o nosso paradigma. Depois, sim, a partir do momento em que o jogador mostre um rendimento superlativo e atraia a cobiça de grandes clubes, deveremos equacionar a venda. Nesse estádio do seu desenvolvimento o ordenado poderá já ser pesado para nós e haverá novas soluções na linha de produção prontas a serem testadas, pelo que um proveito extraordinário será bem-vindo. Igualmente, será uma forma de proporcionar a oportunidade de independência financeira a esse produto da nossa formação. 

 

A aposta na Formação tem de ser estratégica e não aquilo a que se recorre quando já falharam todas as outras soluções. Se for este último o caso, verão que tal aposta não perdurará no tempo. Desde logo, porque será necessário vender rapidamente para fazer dinheiro e assim colmatar o buraco de tesouraria (e da conta de exploração) deixado por políticas anteriores. Também porque acabarão por chegar jogadores de fora para substituir os nossos formandos, voltando-se à situação inicial.

 

Uma política desportiva estrategicamente assente na Formação assegura custos controlados. Esse é um ponto de partida muito importante. Depois, permite que se vá ao mercado apenas procurar qualidade extra (2-3 contratações) e não comprar em quantidade. Tal manterá os custos com pessoal em níveis saudáveis/sustentáveis, fará baixar as Amorizações e reduzirá os custos financeiros inerentes ao Passivo ou a operações de antecipação de receitas (proveitos). Também tornará gerível a dívida a Fornecedores. Além disso, esse núcleo duro de jogadores que conhecemos bem, mesclado com a qualidade importada, com alguns anos de amadurecimento poderá assegurar o sucesso desportivo. Ora, o segredo do negócio é a manutenção de custos controlados, pois é isso que nos permitirá ir consolidando, ano após ano, uma equipa e não ter a pressão de alienar direitos económicos de jogadores. Vendendo prematuramente e não deixando crescer os nossos leõezinhos, não será possível que o seu crescimento individual se traduza no crescimento da nossa equipa de futebol e nos seus resultados desportivos. Por isso, formar para rendimento (e para ganhar) é a opção. Formar para venda, aquilo que se retira de cada nova intervenção pública dos nossos dirigentes, será redutor e acabará por traduzir toda a aposta desde cedo (na Academia) na Formação num castigo de Sísifo. E já nem toco aqui com desenvolvimento no efeito nefasto para a nossa Cultura ou identidade de se enraizar nos nossos jovens a ideia de que estão a prazo e que o Sporting é apenas um trampolim para outros voos, o que talvez justifique uma relação dos nossos formandos com o clube que os adeptos gostariam que fosse de outra forma. 

 

P.S. Se muitos ficaram surpreendidos com o valor de venda de Thierry Correia, talvez o sentimento não tenha sido o mesmo após a chegada, por empréstimo, de Fernando, Bolasie e Jesé. Façam as contas todas, ordenados, comissões e pagamentos a clubes incluídos, e depois vejam qual foi o resultado líquido (financeiro) destas operações, já que quanto ao resultado desportivo estamos conversados.

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05
Mai20

Opinião: Nuno Saraiva


Pedro Azevedo

Num artigo de opinião no Record, Nuno Saraiva deixa algumas importantes pistas para o futuro. Aqui ficam excertos das principais ideias do nosso antigo director de comunicação:

 

  • "Há um único caminho possível em matéria de política desportiva e uma única estratégia de comunicação aceitável para enfrentar os próximos anos";
  • "A Formação do Sporting, na próxima época, tem de ser encarada por todos como uma oportunidade e nao como uma fatalidade";
  • "Mesmo não havendo petróleo, há talento em Alcochete. Se não apostarmos nele, jamais o conseguiremos comprovar";
  • "Em nossa casa, ou espalhados pelo mundo, temos ovos para somar à omelete de experiência de outros";
  • "Jogadores como Luís Maximiano (hoje titular indiscutível), João Palhinha, Francisco Geraldes, Daniel Bragança, Ivanildo Fernandes, Diogo Sousa, Rafael Barbosa, Leonardo Ruiz, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Dimitar Mitrovski, Joelson Fernandes, Diogo Brás, Pedro Mendes ou Pedro Marques têm de ser vistos como o nosso investimento e os nossos maiores reforços";
  • "É fundamental regressar ao tempo pré-Academia, em que os miúdos eram bem tratados no centro de estágio que existia por baixo das bancadas do velhinho e saudoso Estádio José Alvalade, e em que os treinos aconteciam no pelado. Nesse tempo todos queriam jogar no Sporting e foi dessas fornadas que saíram os Cristianos, os Figos, os Futres, os Quaresmas ou os Nanis";
  • "Temos de voltar a formar homens e atletas de excepção. (...) Do que precisamos é de ter novos Aurélios";
  • "Seja quem for Presidente do Sporting Clube de Portugal não pode seguir uma política de comunicação que sirva para iludir e enganar os sócios e adeptos, com frases feitas e chavões mobilizadores. Não! O que é preciso, repito, é ter a coragem de falar VERDADE, por mais dura e dolorosa que ela seja";
  • "Aquilo que pode e deve ser prometido é trabalho, empenho, compromisso e esforço para atingir um objectivo que é o único que, realisticamente, pode ser atingido: assegurar um lugar na edição de 2021/22 da Champions";
  • "(...) Isto é o princípio de um caminho. Porque eu acredito que este clube é viável e que tem futuro".

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