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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

11
Fev19

Tudo ao molho e fé em Deus - Echo da Feira


Pedro Azevedo

Só pude ver a primeira parte do jogo da Feira. Os Echo & The Bunnymen tocavam em Lisboa e o concerto era ainda longe do bairro onde moro, pelo que tive de sair de casa ao intervalo. Devo ter perdido a melhor parte, pois o que vi deixou-me à beira de uma ataque de nervos. Os jogadores do Feirense pareciam porcos-espinhos ("Porcupine") que os leões evitavam tocar, ganhando sucessivos duelos individuais e aproximando-se com perigo da nossa baliza. Nesse transe, os fogaceiros conquistavam alguns cantos a seu favor. De um deles resultou o golo feirense: Renan tinha Marco Soares à sua frente, não foi suficientemente efusivo a dar conta de ter sido estorvado na pequena área e a bola acabou por bater no "derrière" do cabo-verdiano e entrar. Porém, antes que eu pudesse esboçar uma sarcástica piada escatológica, o VAR interveio e aconselhou Manuel Mota a visionar o lance. Em sequência, o árbitro anulou o golo. Safámo-nos de boa, pensei eu, e logo troquei o sarcasmo pelo agradecimento a Deus ("Heaven up here"). Logo de seguida, novo canto e desta vez foi Renan, com uma defesa miraculosa, de puro instinto, a evitar que os de Santa Maria da Feira inaugurassem o marcador. Os feirenses, a precisarem de pontos, batiam em tudo o que vestisse de verde-e-branco e numa dessas jogadas Marco Soares mereceu ter ido a banhos mais cedo, após entrada fora de tempo ao tornozelo de Bruno Fernandes. Manuel Mota nem amarelo deu, enquanto Bruno se contorcia no chão com dores. A partida caminhava para o intervalo e a minha impaciência, sabendo que teria de sair, ia aumentando. Paralelamente, ia constatando que, mais do que falta daquele jargão futebolistico de "atitude", aos leões faltavam jogadores de qualidade extra para além de Bruno Fernandes e de Acuña (apesar de uma folha salarial de aproximadamente 70 milhões de euros por ano). Estava eu neste pensamento quando o maiato vê o argentino solto na meia-lua, endereça-lhe a bola e Acuña coloca a bola magistralmente nas costas da defesa feirense, onde apareceu Borja a centrar para um cabeceamento de Wendel que ainda tocou no braço de Briseño antes de encontrar o caminho da baliza de André Moreira. O Sporting desfazia o nulo no marcador em cima dos primeiros 45 minutos. 

 

O início da segunda parte ouvi-o já no carro. O locutor da Antena 1 dizia que agora o Feirense tinha mais posse de bola e comecei a temer o pior. De facto, os ecos que me chegavam de Santa Maria da Feira, via rádio, não eram de todo auspiciosos. Enquanto tentava imaginar o que se poderia fazer, o narrador recomendava a troca de Wendel por Idrissa, o qual estaria a aquecer. Subitamente, tudo se alterou: Diaby arrancou um centro da direita do nosso ataque e Bruno Fernandes foi fazer de Bas Dost e marcou de cabeça. Pouco depois, parei para apanhar uns amigos para o concerto no preciso momento em que Bruno se preparava para bater um livre. Perigoso, sugeria a minha companhia radiofónica. Bruno chutou e marcou e, de repente, tudo fez sentido na minha cabeça. É que este concerto dos Echo & The Bunnymen foi premonitório. Eu explico: o Echo inserido no nome da banda resultou do facto de inicialmente não terem um baterista, recorrendo assim a uma caixa de ritmos em sua substituição. Ora, quem marca o ritmo na equipa do Sporting é Bruno Fernandes, daí os ecos dos seus golos que me chegavam da Feira.

Os leões voltavam a ser leões, e não "Crocodiles" a arrastarem-se no terreno de jogo. Com o jogo resolvido, Bruno finalmente lá teve descanso e Xico pôde estrear-se. O Feirense ainda reduziria após uma displicência do brinca-na-areia Borja, mas isso já não importava, a nossa vitória já não fugiria. Lá entrei então para o concerto e o que é que estava no alinhamento? "The game"! Ah pois é, já dizia a Margarida Rebelo Pinto que não há coincidências... Obrigado Ian McCulloch. E, já agora, um pedido: não dá para virem a Lisboa todos os fins-de-semana? A malta do Sporting agradecia...

 

Tenor "Tudo ao molho...": Bruno Fernandes (menções honrosas para Acuña e Renan).

bruno fernandes feirense.jpg

(Imagem: O Jogo)

09
Fev19

A hora do Xico!?


Pedro Azevedo

A convocatória para a nossa deslocação a Santa Maria da Feira trouxe duas surpresas: Francisco Geraldes e Abdu Conté. Produtos da nossa Formação, no mínimo estarão no banco, dado que a lista integra apenas 19 jogadores e três deles são guarda-redes. De destacar também a presença de Idrissa Doumbia, um dos cinco jogadores que integram a convocatória que rumaram a Alvalade em Janeiro. Numa nota negativa, o lamento pela não presença de Miguel Luís e de Montero. A ausência de Jovane justifica-se devido à sua menor prestação na Luz, pese embora goste daquele seu estilo de partir para cima dos defesas. 

Feirense - Sporting Liga NOS.jpg

 

17
Jan19

Tudo ao molho e fé em Deus - À bomba!


Pedro Azevedo

Com o nosso melhor "onze" em campo, o Sporting voltou ao Keizerbol e desperdiçou inúmeras oportunidades. Deu até para o "remake" da adaptação leonina de "A Vida de Bryan", agora com Bas Dost como protagonista de mais um falhanço digno dos apanhados. Sem William...Tell, restou trocar a perícia pelo assalto à bomba, missão de que Wendel e Bruno Fernandes se encarregaram finalmente com sucesso.

Como bem sabemos, no futebol português, o resultado influencia em 99,99% a análise que se faz de um jogo. Na verdade, deveria ser a análise a explicar o resultado, mas não, por cá o resultado é que explica a análise. Vai daí, o Sporting fez, provavelmente, a exibição mais conseguida da era Keizer, mas ouvindo os comentadores ao intervalo não se ficava nada com essa ideia. No entretanto, Raphinha, Wendel e Bas Dost tinham tido a oportunidade de activar o marcador (com um tal Brígido sempre a estorvar) e o holandês chegou mesmo a fazê-lo, mas, à falta de VARíssimo, o Veríssimo decidiu que não. Do outro lado, de realçar apenas uma bola parada terminada com uma defesa de Salin a um remate (fora-de-jogo?) de ângulo difícil de Valência.

 

O segundo tempo começou praticamente com o tal falhanço absurdo de Bas Dost - só essa oportunidade mereceria uma crónica sobre a angústia de um avançado na hora de acertar mal na bola perante uma baliza escancarada - , logo seguido de um cabeceamento de Nani que passou ligeiramente por cima do travessão. Trocando a bola com eficácia, o Sporting ia destruindo as marcações dos fogaceiros, mas faltava sempre qualquer coisa na hora da concretização. Por ironia, acabaria por ser um solo de Wendel a resolver o problema: o brasileiro pegou na bola na meia esquerda, flectiu para dentro, com uma maldade tirou um defensor contrário da frente e decidiu-se por um remate em arco, misto de jeito e força, que só parou no fundo das redes e de uma forma que nem Santa Maria pôde ocorrer aos da Feira. Logo de seguida, uma bola que ressaltou para a entrada da área, após canto tenso de Acuña, foi parar ao pé direito de Bruno Fernandes. O maiato rematou de pronto, tão forte e colocado que nem deu tempo de reacção ao guarda-redes adversário. 

 

Até ao fim, de registar a estreia de Luíz Phellype, o qual se tiver a predisposição para os golos que tem para as consoantes será um caso sério. Para já, mostrou pontaria a mais, num tiro que acabou no poste da baliza feirense. Por último, uma menção especial para a actuação do guarda-redes Salin, o único leão que não entrou em descompressão após o segundo golo do Sporting, o que lhe permitiu evitar por três vezes o golo do Feirense, naquilo que podia ter sido uma inadmissível nódoa na exibição leonina e que envolveu pelo menos mais uma momentânea perda de razão do nosso defesa Coates. 

 

Tenor "Tudo ao molho...": Wendel 

wendel.jpg(Fonte de imagem: Record)

29
Dez18

Tudo ao molho e fé em Deus - Póquer na Feira


Pedro Azevedo

Um Raphinha com um PH ácido começou logo a espalhar azia nuns fogaceiros sem Kompensan. Aos 4 minutos, numa brilhante jogada individual, o brasileiro adiantou o Sporting no marcador. Logo de seguida, Bas Dost foi decisivo atrás(!), salvando um golo certo do Feirense, após um momento bastante insonso de Salin, hoje com alguns momentos "Calamity James" (inicialmente dedicado ao antigo guardião da selecção inglesa, David James, famoso pelos seus falhanços comprometedores). Os papéis continuaram a inverter-se quando Coates fez de assistente para um golo de se levantar o chapéu de Bruno Fernandes. Com dois golos de vantagem parecia que o jogo estava decidido, mas Petrovic fez de elefante numa loja de porcelana e partiu a loiça toda. O árbitro sancionou os estragos causados aos da Feira e condenou os leões a um castigo máximo. Na conversão, Tiago Silva voltou a colocar o Feirense na partida, não permitindo a Salin colar os cacos. Até ao intervalo, Ruben Brígido foi aguentando o resultado, nomeadamente quando defendeu miraculosamente uma cabeçada cheia de malícia de Bruno Fernandes. O árbitro Rui Costa também contribuiu, fechando os olhos a uma falta cometida (expulsão óbvia) sobre Acuña que teve muito que se Diga. 

 

No segundo tempo, o Feirense podia ter empatado, mas Mathieu conseguiu evitar um lance de três para um na área leonina. Não marcaram os fogaceiros, fizeram-nos os leões após mais uma falta cometida por Philipe Sampaio, desta vez na sua área. Na conversão do "penalty" (59 minutos), o inevitável Bas dostou como de costume. Sete minutos depois, uma combinação entre Diaby e Miguel Luís deixou o médio da nossa Formação isolado perante o guarda-redes. O remate saiu prensado num defesa e acabou deflectido por um defensor feirense para a sua própria deserta baliza (4-1). Com larga vantagem no marcador, Acuña e Diga voltaram a encontrar-se, com o argentino desta vez a sair por cima após um bíblico (Êxodo 21:24) "olho por olho, dente por dente", consubstanciado num profano "Diga lá outra vez? Espera aí que já te afinfo uma cotovelada na boca...". Consta que Santa Maria (da Feira) terá fechado os olhos...

Até ao fim do jogo o Sporting foi costurando uma Man(i)ta muito comprida para os de Santa Maria da Feira, mas Diaby, o poste e Ruben Brígido evitaram a mão-cheia de golos. Aliás, o maliano foi especialmente perdulário, primeiro dominando mal a bola na área e desperdiçando a oportunidade, depois permitindo a defesa do guardião adversário, finalmente atirando por cima com a baliza escancarada, após excelente remate de Jovane Cabral (substituiu Raphinha) ao ferro. Caso suficiente para ficar toda a noite a praticar na barraquinha dos tiros lá da Feira...

Destaque ainda para uma oportunidade criada por Petrovic (grande defesa de Brígido) e para outra falhada por Bas Dost. De referir, também, a expulsão de Tiago Silva (palavras).

 

Tenor "Tudo ao molho...": Bruno Fernandes (muito bem a pautar o jogo, excelente no golo e irrepreensível como capitão, evitando o exaltamento de Raphinha e acalmando até Tiago Silva no momento da sua expulsão) 

taçadaligafeirensesporting.jpg

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