Trocas de cromos e alfarrabistas
Pedro Azevedo
O futuro próximo do futebol vai assemelhar-se ao meu tempo de menino, dos bancos da escola, onde para completar as cadernetas de cromos trocávamos os repetidos entre os colegas. Ainda assim, ficavam sempre a faltar dois ou três cromos mais difíceis que, caso o mesada assim o permitisse, só uma visita ao alfarrabista permitiria colmatar (comprar carteirinhas de cromos não era solução, por ser caro, originar mais repetidos e não dar garantia alguma de solução do problema).
O caso do Sporting será paradigmático disso. Com excesso de jogadores que não fazem a diferença, todos muito iguais entre si, e com uma necessidade imperiosa de baixar os custos do plantel, há muitos "repetidos" por colocar e um ou outro "cromo" por adquirir que complemente o que já existe na nossa colecção (boas compras anteriores e aqueles "cromos" gratuitos - Formação - que já vieram com a caderneta). Ir ao mercado comprar de novo por grosso (ou pescar de arrastão) é proibitivo, pelo que o mais certo é este(s) último(s) ter(em) de ser pescado(s) à linha no "alfarrabista". Todavia, recordo sempre aquela troca com o Galatasaray em que cedemos o Mpenza, o Spehar e o Horvath e fomos buscar o Jardel. Que esse seja o exemplo a seguir.