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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

Castigo Máximo

08
Set22

Tudo ao molho e fé em Deus

Duas colheres de Edwards para curar a Kamada de nervos inicial


Pedro Azevedo

Os dois Sporting que há no Sporting teriam tido sempre ontem um dia de glória: o desportivo, porque regressava à maior competição à escala planetária; o do negócio, na medida em que visitava o maior centro financeiro europeu, sede do Banco Central Europeu, da Bolsa de Valores alemã e dos colossos Deutsche Bank e Commerzbank. Se os indicadores eram positivos, a verdade é que a realidade superou as expectativas e saímos da Alemanha com uma vitória importante e o reforço da marca Sporting. Não houve relatórios sobre se Zenha foi convidado ou não para tocar o sino da Bolsa de Frankfurt, mas o carteiro Edwards tocou duas vezes no umbigo dos teutónicos. Aliás, mais do que um carteiro, o inglês foi o remédio para o nosso proverbial problema do mau-olhado, para tal bastando a ingestão germânica de duas colheradas do seu já famigerado veneno. Outro jogador em destaque foi o nosso Oliver Tsubasa, o Morita. Já Vos tinha dito aqui que o homem era muito bom e ontem tiveram a confirmação. Com ele, a bola até pode vir em formato oval que ele logo a cóloca redondinha. Isso é que é técnica, que muitos confundem com habilidade... Gostei também bastante daquele atleta dos 110m barreiras que dá pelo nome de Pedro Porro. Esteve genial na jogada do terceiro golo, com um tempo de reacção à partida muito bom e uma técnica de transposição de obstáculos excepcional. Como os 3 Mosqueteiros na verdade eram 4, não esquecer o Adán. Como na Bíblia, ele esteve no princípio de tudo. A diferença é que não trincou a maçã que o Kamada por várias vezes lhe sugeriu.. [E também não enfiou nenhuma batata (ou salsicha Frankfurt).] 

30
Mai22

“Hala Madrid… y nada más”


Pedro Azevedo

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A Champions League e o Real Madrid andam de mãos dadas desde que o jornal L'Equipe lançou as sementes da criação da extinta Taça dos Clubes Campeões Europeus. Era então o tempo dos astros Di Stefano e Puskas, mas também de Gento, o veloz ala espanhol, tão rápido que cedo se tornou o jogador que mais vezes (6) levantou a "Orelhuda", feito ainda hoje não igualado. Depois, entre outros porventura menos marcantes, houve os ciclos de Zidane e Figo e de Cristiano Ronaldo. Até que chegou a décima quarta, quiçá a mais sofrida de sempre, a fazer lembrar as "remontadas" dramáticas dos loucos anos 80 do Real, onde coabitavam o pequeno Juanito e o grande Santillana com a "Quinta del Buitre", esta última dedicada ao  "abutre" Butrageño e aos seus quatro "compagnons de route" (Michel, Sanchis, Martin Vasquez e Pardeza). Sem esquecer um mexicano malabarista de circo, acrobata da "chilena" e dos pontapés de moinho, que dava pelo nome de Hugo Sanchez. Juanito disse um dia que 90 minutos no Bernabeu podem ser muito longos, e esta época foi paradigma da visão do malogrado ícone do Real. Tudo começou numa reviravolta contra o PSG, continuou quando a eliminatória parecia perdida face ao Chelsea e terminou com a "remontada" epica que deu a vitória com o Manchester City. Por 3 vezes a velha mística do Real encontrou no sortilégio do Bernabeu o antídoto face ao novo-riquismo de clubes adubados com dinheiro proveniente do Qatar, Rússia ou Emirados. A vitória da patine. Todavia, havia ainda que derrotar o Liverpool, uma equipa temível e que, no dizer dos seus adeptos, nunca caminha sozinha. A condizer, os "Reds" fizeram deslocar uma extensa comitiva a Paris, a cidade encontrada pela UEFA para substituir a banida São Petersburgo. E atacaram desde o primeiro minuto. Porém, na final, se ao Real faltou o Bernabeu, sobrou Courtois. O belga foi um polvo na baliza dos merengues e com os seus tentáculos só a Salah tirou 4 golos cantados. No fim, o Madrid fez a festa. Como quase sempre. Dizem que é da mística, mas a mística é ganhar. E o Real fá-lo como ninguém. Mesmo quando claramente não é o mais forte. Ainda que Vini Jr vá a caminho de uma carreira galáctica e que Benzema tenha tido uma época de sonho. Ou que Modric, mesmo que no ocaso da sua carreira, continue a mostrar um futebol de filigrana. Sem esquecer Ancelotti, o Senhor Champions, um fleumático italiano, contradição nos termos que no Real mais do que resultou. Afinal, esse também foi o clube dos zidanes e pavones, que mais contradição quererão vós? 

10
Mar22

Tudo ao molho e fé em Deus

Citizens vs Partisans


Pedro Azevedo

No futebol, quando a equipa teoricamente mais fraca traça um plano de jogo realista a diferença entre as forças tende a esbater-se. Foi o que aconteceu ontem no Etihad, onde os poderosos Citizens foram travados pelos resistentes Partisans. Definindo a zona de pressão em cima da linha de meio campo, e não à saída da grande área adversária como na primeira mão, os leões conseguiram evitar que o City tivesse os habituais latifúndios por onde jogar entre-linhas. Todavia, durante todo o primeiro tempo os leões apenas conseguiram condicionar onde e como o City jogava, nunca criando constrangimentos defensivos ao seu adversário. As acções sucessivas de sabotagem das linhas do opositor estiveram guardadas para a segunda parte, com Marcus Edwards como o elemento da resistência que pôs em constante sobressalto o último reduto dos ingleses, obrigando o City a reorganizar-se e a não sair já com tantos homens para o ataque. Paulinho teve então a melhor oportunidade de golo de todo o jogo, mas a bola embateu no muro chamado Scott Carson, o veterano guarda-redes que substituíra pouco tempo antes o titularíssimo Ederson. Em conclusão, Ruben Amorim mostrou ter aprendido a lição da primeira mão e a equipa cresceu e deu uma outra imagem de si. Porque há ainda um longo caminho a percorrer até poder enfrentar olhos nos olhos um adversário deste calibre. E, sendo assim, mais vale não ter mais olhos que barriga. (Principalmente quando do outro lado está um "Citizen Kane" catalão que tem o mundo dos petrodólares a seus pés.)

Tenor "Tudo ao molho...": Edwards. Menções honrosas para Neto e Slimani.

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16
Fev22

Tudo ao molho e fé em Deus

Pep Rápido e o caloiro


Pedro Azevedo

Por Toutatis, mais do que o céu lhe cair um dia em cima da cabeça, o que o nosso chefe Amorinix mais teme é a alteração das rotinas. Nesse sentido, um jogo da Champions no nosso estádio vem sempre a calhar, na medida em que não há competição que ofereça tanto a possibilidade de manter tudo igual, desde o intemporal hino do Handel que precede a abertura das hostilidades até à "manita" que com uma infalibilidade igual à da DHL sistematicamente nos entregam em casa no fim do jogo. Ainda assim, subsiste o sucesso de já termos umas rotinas. Sistematizadas. Agora só precisamos de saber quando as utilizar... (Nem os irredutíveis gauleses alguma vez venceriam os romanos sem uma poção mágica.)

 

O problema emerge quando os adversários na Champions partilham do mesmo gosto de Amorinix pelas rotinas. E então é vê-los a asfixiar os nossos jogadores, não lhes dando o tempo e o espaço que sobejam no campeonato português. O que nos traz a lição de que as nossas rotinas dependem sempre das rotinas dos outros. Porque não jogamos sozinhos, por muito que no principal torneio tuga haja jogos em que parece que defrontamos uns bidões. Nada tenho contra bidões, diga-se, até porque eles geralmente comportam-se na justa medida, só que tendem a ser pouco comunicativos, empáticos e não se mexem sem ser por influência de uma mão (livra, outra vez!) externa. Ora, da influência de mãos (apre!) externas estão os Sportinguistas precavidos há muitos anos, bastando consultar a literatura e áudio que pululam por aí, pelo que se torna ainda mais importante o cabal desempenho dentro do campo. Nesse sentido eu entendo o Amorinix: se é para viver uma vida inteira de joelhos, então mais vale "morrer" logo de pé, procurando agilizar os processos contra os melhores do mundo. Perdendo, sim, mas tentando jogar como gente grande, sem complexos nem cadeados ou fechaduras das Chaves do Areeiro. Crescendo a cada jogo. A questão é que quando durante 90 minutos não se faz um remate enquadrado à baliza fica-se com a sensação que a única coisa que cresceu foi o campo, demasiado comprido para o poder dos nossos. E isso significa perder sem glória, o que não pode ser considerado uma boa rotina. 

 

No fim do jogo o Guardiola, que há quem diga que percebe alguma coisa de bola, transmitiu aos repórteres presentes que o Matheus Nunes era um dos melhores jogadores do mundo da actualidade. Pois eu ainda sou do tempo em que o Keizer, o Tiago e o Leonel o ignoravam e o Silas nos dizia que o Menino do Rio estava a bater à porta da equipa principal. Ao que consta a coisa durou ainda alguns meses (15, ao todo) e a porta nunca se abriu. Até que chegou o chefe Amorinix e escancarou-lhe as portas. Tal como a outros jovens. Ora, isso para mim é que foi uma bela rotina inaugurada aí. E nunca me esqueço disso nos dias cinzentos. Disso e do resto, dos troféus conquistados. Por isso, errando ou não, a rotina que eu mais quero ver implementada é a do Rúben Amorim se deslocar diariamente a Alcochete. Para o treino, o jogo a jogo. Ano após ano. Forever! (Ou até ele querer mudar as suas rotinas... rodoviárias.)

 

P.S. Aqueles observadores credenciados das Forças de Paz da ONU, que trocaram o capacete pelo colete azul, já apresentaram às autoridades um relatório pormenorizado sobre as ocorrências de sexta-feira no Dragão? É para hoje ou vai colado a cuspo?

 

Tenor "Tudo ao molho...": Matheus Nunes

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Oh para ele a passar pelo De Bruyne...

14
Dez21

Tudo ao molho e fé em Deus

No sorteio da UEFA(?)


Pedro Azevedo

De manhã começa o dia a aviarmos a Juventus para a Champions. De tal forma que à tarde já estamos no Campeonato do Mundo, a jogar contra o campeão dos Emirados Árabes Unidos. Ad(e)mirados? É esta a inebriante vida de um grande clube, o Sporting Clube de Portugal. E contra o Manchester City, que como o nome indica é uma agremiação do Abu Dhabi, marcharemos. Com a Ala dos Namorados, a Padeira Brites, o Quadrado e a Táctica do nosso Condestável (que nunca contestável) Dom Rúben Nuno Álvares Pereira Amorim. Mas também com a Ínclita Geração, os infantes Porro, Inácio, Matheus, Ugarte e Pedro, este último o das Sete Partidas (as necessárias até ao final), um homem tão à frente do seu tempo que tanto redige uma carta de Bruges como é bem capaz de despachar um Manifesto de Manchester enquanto o diabo esfrega um olho. Acompanhados pelos mais experientes, mas nada Velhos do Restelo, que são Adán, Coates, Feddal, Neto, Palhinha, Sarabia, Paulinho e companhia. O City, pois, que se ponha a pau, que da ocidental praia lusitana vem uma gente que não torce e tem a ambição de vencer. Mesmo que do outro lado esteja o mestre do trique-traque, ou tique-taque, ou lá o que é, até porque, não havendo uma segunda oportunidade de deixar uma primeira boa impressão, teremos de "matá-los" logo à primeira oportunidade. Portanto, eles que fiquem com a posse e nós com o passe. O passe social para o sorteio da próxima eliminatória. Que bem poderá passar por de manhã nos calhar uma equipa alemã e de tarde outra de Omã (ou do Qatar). Senhores da UEFA, vós Paris com cada sorteio... Já vos havia falado dos Jogos repetidos com informação incompleta , para aquilo que não vos preparei foi para sorteios repetidos com informação incompleta (não sei se não seria aqui de invocar o João das Regras...). Mas a UEFA educa, oh se educa...

 

P.S.1. Nestas coisas de David contra Golias há que sempre contar com a fisga, quiçá reforçada com a tão aguardada bazuca. Aguardemos então...

 

P.S.2. Os sorteios de ontem foram paradigmáticos destes novos tempos: da Vecchia Signora para os novos-ricos europeus há toda uma nova ordem do futebol a passar-nos pelos olhos. 

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09
Dez21

JJ a olhar pelo retrovisor, Amorim a enfrentar o presente


Pedro Azevedo

O Benfica apurou-se para a fase a eliminar da Champions ao ficar à frente do actual sétimo classificado do campeonato espanhol. O Sporting também atingiu esse patamar, mas para tal teve de superar o presente segundo classificado do campeonato alemão. É certo que historicamente o Barcelona é um colosso, ostentando 5 taças de campeão europeu no seu palmares, mas não esqueçamos que o Borussia Dortmund não é um clube qualquer, também já ganhou a Champions. Aliás, se é para falar de história, então deveremos dar relevo ao facto de o Porto ter terminado o seu grupo à frente do AC Milan, um clube que venceu 7 Champions (o segundo melhor registo, logo atrás do Real Madrid). Assim, atendendo à realidade actual de cada clube e sua equipa de futebol, entendo que o feito do Sporting foi mais relevante que o do Benfica. Mas, claro, posso fechar os olhos e imaginar que o Messi ainda equipa de "blaugrana". (E, já agora, o Sammer, o Moller, o Riedle e o Paulo Sousa de amarelo e preto.) 

 

De qualquer forma, Sporting e Benfica estão de parabéns pela qualificação para a fase seguinte. Assim, Portugal terá 2 equipas na fase a eliminar, uma mais do que a Alemanha, país com um ranking de clubes da UEFA bem superior. De referir ainda que fora do G5 só os Países Baixos e a Áustria conseguiram acompanhar Portugal no apuramento, ainda assim só com uma equipa. Por último, além da Inglaterra (4 concorrentes), só Espanha ou Itália poderão ainda ter mais concorrentes na próxima fase que Portugal. Hoje, Villareal ou Atalanta decidirão qual destes países será representado por 3 clubes. 

08
Dez21

Tudo ao molho e fé em Deus

Derrota com moral


Pedro Azevedo

Com Rúben Amorim ganhamos sempre, mesmo quando perdemos. No passado, o Sporting perder era previsível, hoje passou a ser determinístico, obedece a uma causa. Sabemos quando podemos perder, e até ousamos perder para podermos ganhar diferentes coisas: novos jogadores, experiência, foco, humildade, pés bem assentes na terra. Uma causa assim é justa: perdemos hoje rumo à vitória final. Além disso, deixamos de banalizar a vitória. Vencer exige trabalho, concentração e organização permanentes. As vitórias alimentam-se a si próprias, acrescentam aos factores que conduzem ao êxito porque dão um moral que eleva a parte mental para o nível do físico, técnico e táctico. Mas também podem conduzir à soberba, atribuirmos a nós próprios um valor acima do real. A derrota tem o condão de nos fazer reflectir, rever processos, crescer. Por isso também é importante perder, nomeadamente quando a derrota não tem impacto no atingir de objectivos. Escolhendo criteriosamente o momento da derrota, mais perto estaremos de alimentar o sonho de vitória. E ganhamos tempo. Tempo de recuperação para jogadores fatigados, tempo de jogo para os menos utilizados, antecipação do lançamento de jovens. E prevenimos contratempos: lesões e impedimentos disciplinares. Pensando bem e analisando todos os factores, o Sporting goleou ontem à noite em Amesterdão. É que se há vitórias que são à Pirro, também há derrotas que deixam um sabor doce na boca.  Este, aliás, é o paradigma do novo Sporting: deixámos para trás o tempo das vitórias morais (derrotas injustas) e encaramos o novo tempo das derrotas justas e que dão moral (e ensinamentos). Procurando nas derrotas identificar os problemas que depois de solucionados nos levam às vitórias. Se isso só pode acontecer perdendo, percamos então com estilo. O que me leva à seguinte interrogação: não terá sido o 1-5 com o Ajax a nossa maior vitória da época? No fim se verá, mas hoje tudo leva a crer que sim...

 

Tenor "Tudo ao molho...": Ugarte

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25
Nov21

Tudo ao molho e fé em Deus

A alegria do povo


Pedro Azevedo

De Mané Garrincha se dizia ser a "Alegria do Povo". Com o estádio cheio e contra adversários difíceis, Garrincha jogava como se estivesse numa peladinha entre amigos. Nunca acusava a pressão, nem tão pouco temia o circunstancial opositor de um determinado dia. Todos para ele eram "Joões", fossem eles do Flamengo, Fluminense, Vasco, ou da Checoslováquia ou Suécia. Movia-se por puro instinto, e só isso. Todos conheciam a sua finta, mas ninguém o conseguia deter.

 

Penso em Garrincha quando olho para Pedro Gonçalves. Troco apenas o instinto e a arte da revienga de um pela inteligência e assertividade no remate do outro. Quanto ao semi-alheamento comum a ambos, o do Mané tinha mais a ver com a falta de noção enquanto o do Pedro parece propositado e visar melhor enganar o adversário. Partilham porém o facto de ambos serem "cool as a cucumber", imperturbáveis de uma forma quase arrogante, absolutamente confiantes e seguros do seu papel desequilibrador no campo. 

 

Durante meia-hora não se viu o nosso Pote de Ouro no relvado. Mas da primeira vez que se deu por ele foi golo. De uma forma prática, sem adornos desnecessários, a um só toque, sabendo encontrar o espaço ideal para melhor ferir o adversário. Como se de um duende, um leprechaun se tratasse, escondendo-se entre a vegetação (relva) para aparecer de repente, traquino e astuto. Com esse golo, Pedro Gonçalves incendiou um José Alvalade até aí inquieto, possuído pelas dúvidas. É que a forte pressão alemã a meio-campo conseguiu durante muito tempo ofuscar a entrada pressionante dos leões e chegou a temer-se o pior. Mas Coates e Inácio estiveram imperiais na defesa, Matheus e Palhinha correram muito para esbater a inferioridade numérica a meio-campo e o Sporting conseguiu aguentar-se no jogo. Até que apareceu o Pote, uma e outra vez. Da segunda vez a concluir uma brilhante jogada colectiva: Matheus Nunes avançou pela direita, Paulinho amorteceu e deixou para Matheus Reis, este visou a zona de penálti onde Matheus Nunes segurou de costas como um ponta de lança, Sarabia tocou suavemente para a entrada da área e Pote rematou colocado e com uma violência dir-se-ia impossível para um golpe desferido com a parte de dentro do seu pé direito. O Sporting ia para o intervalo com a vantagem ideal que lhe permitia a qualificação imediata para a fase seguinte da Champions. Faltavam, porém, 45 minutos para carimbar essa passagem.

 

Entrámos bem no segundo tempo e uma combinação entre Pote e Sarabia poderia ter dado o terceiro golo não fora o cansaço já evidente do espanhol. Mas acabariam por ser os alemães a cometer o hara-kiri quando Emre Can se fez expulsar por agressão a Porro. Em noite de Pedros, a importância de Porro não se ficaria por aqui, surgindo a recarregar com êxito um penálti desperdiçado por Pote e ganho por Paulinho.  Com o 3-0 e mais um homem no terreno veio uma descompressão que se poderia ter revelado fatal. O jovem Nazinho foi lançado às feras em jogo internacional, os alemães reduziram, a inexperiência nestas andanças veio ao de cima e durante alguns minutos os leões deixaram de trocar a bola com critério, pelo que a ansiedade tomou conta de todos, espectadores incluídos, até ao silvo final do árbitro. Seguiu-se a festa, bem merecida.

 

O Sporting cometeu o feito de se apurar para os oitavos-de-final da Champions, algo que não acontecia desde 2008/09 com Paulo Bento, e o grande arquitecto de tudo isto é o Rúben Amorim. Depois de um início titubeante, quem diria que à quinta jornada já estaríamos apurados? Na vida estanos sempre a aprender, e o Amorim aprende muito depressa. Sagaz, inteligente e de comunicação assertiva, corajoso no lançamento de jovens e providencial na preparação do futuro, Rúben Amorim está na sua cadeira de sonho. Ou melhor, na nossa, porque enquanto ele por cá andar estaremos sempre bem sentados. Sonhando, e dormindo descansados.

 

Tenor "Tudo ao molho...": Pote

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04
Nov21

Tudo ao molho e fé em Deus

Teatro de Todos os Sonhos


Pedro Azevedo

"Chamem a Polícia" - cantavam os Trabalhadores do Comércio, uma banda onde chegaram a coexistir dois maduros com pinta de diletantes e um puto de 7 anos (não se sabe se com contrato de formação ou mera exploração infantil), uma mescla altamente improvável mas que produziu bons resultados (se ignorarmos que os requintados versos de "Ou estas quietinho, ou levas no focinho" parecem ter sido escritos pela criança enquanto fazia os trabalhos de casa de Estudo do Meio sob a tutoria dos dois marmanjos). Lembrei-me dessa música porque ontem o Sporting requisitou os serviços da PSP (Pote, Sarabia e Paulinho) e deu-se muito bem com isso. Adicionalmente, apresentou alguns jovens jogadores oriundos da sua Formação (Inácio, Palhinha, Matheus Nunes, Jovane, Rúben Vinagre, Esgaio e Daniel Bragança), que mesclados com alguns trintões (Adán, Coates e Feddal) igualmente produziram muito bons resultados. 

 

Old Trafford recebeu um dia de Bobby Charlton o feliz apodo de "Teatro dos Sonhos". Charlton, que está imortalizado conjuntamente com Best e Law (holy trinity/santíssima trindade) numa estátua colocada à entrada do mítico estádio do Manchester United, não terá boas recordações do Estádio José de Alvalade pois aí teve de vergar-se (5-0!) aos pés de Osvaldo Silva & Cia na caminhada triunfante dos leões rumo à final de Antuérpia e consequente conquista da Taça dos Vencedores das Taças. Cito Charlton porque ontem Alvalade foi o Teatro dos Sonhos, diria até de Todos os Sonhos, na medida em que não só a nossa exibição fez sonhar os adeptos como a derrota do Dortmund em casa com o Ajax abriu as portas a todas as ilusões de passagem do Sporting à fase a eliminar da Champions. Nada mau para um clube que há apenas 2 anos tinha uma imensidão de trabalhadores, perdão, inválidos do comércio ao seu serviço...

 

Com Rúben Amorim como encenador e Sarabia como assistente para todo o serviço, Pote voltou a ser o protagonista do Teatro dos Sonhos e Paulinho destacou-se mais uma vez nas acções longe da boca de cena. Matheus Nunes continua a crescer como actor - a sua viragem súbita já mereceu direitos de autor - e o outro Matheus, o Reis, tem-se revelado uma boa surpresa. Coates desta vez levou com um guião que o obrigou a uma inusitada contenção. No fim, o público aplaudiu esfusiantemente. Tempo então de chegar a casa, "Time to sleep, per chance to dream" (Shakespeare). Ou, como diria o Torres, "Deixem-me sonhar". Deu-se bem...

Tony award (já que falamos de teatro...) "Tudo ao molho...": Pedro Gonçalves

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03
Nov21

Oktoberfest em Novembro


Pedro Azevedo

- O Maite era bom para jogar na Austrália: "Hi Meite (mate), Bye Meite" (à medida que os adversários o iam ultrapassando). 
- O Grimaldo ficou em estado de coma(n). 
- Jesus, "factualmente", preferiu sacrificar os cordeiros, e assumiu-o.
- O Pizzi deve ser o mais requisitado após os jantares do plantel do Benfica: nunca será apanhado em excesso de velocidade. 

20
Out21

Tudo ao molho e fé em Deus

Coates alargou o outrora Estreito


Pedro Azevedo

O Bósforo é um estreito que divide os continentes europeu e asiático. Segundo reza a mitologia grega, o seu nome significa "passagem da vaca", em alusão a Io, sacerdotisa de Hera, que o atravessou a nado depois de Zeus, que por si se enamorou, a ter transformado numa novilha a fim de esconder a sua forma humana de Hera. Talvez o primeiro golo do Sporting possa ser atribuído à "vaca", dado ter contrariado a forte corrente até aí dominante, mas creio que nesta coisa de mitologias para a história prevalecerá a Sportinguista, que sempre associará esta passagem pelo Bósforo ao capitão Coates, o deus cujos super-poderes alargaram o Estreito e permitiram à comitiva leonina concluir com sucesso a sua expedição por terras turcas. (Doravante, chamar Estreito de Coates ao Bósforo seria uma bonita homenagem Sportinguista a este seu feito heróico, se estreito não constituísse uma contradição nos termos face ao a todos os títulos gigante uruguaio.)

 

Sendo certo que na alvorada do jogo o Paulinho até poderia ter adiantado o Sporting no marcador, a verdade é que os leões passaram um mau bocado nos primeiros 15 minutos. Durante algum tempo foi otomanos contra "oito manos", dado que os dois Matheus e Palhinha estiveram nesse período completamente fora do jogo. Depois, o golo de Coates acalmou um pouco a equipa, e mesmo o tento irregular dos turcos não a disturbou o suficiente porque El Patrón logo se encarregou de bisar como se de uma fotocópia se tratasse. E seria uma vez mais o uruguaio a cavar diferenças quando, novamente de bola parada, assinou uma sentença de morte para o keeper turco, pena temporariamente comutada pela mão de quem quis dar Vida aos otomanos. Desta vez sem remelas nos olhos, o tribunal videoarbitral presente em Istambul decidiu pelo castigo máximo. Em sequência, Sarabia executou a decisão de forma competente. Até ao intervalo haveria um novo susto, mas o fio da vida com que o deus Coates exemplarmente conduziu durante todo o jogo a linha de fora de jogo fez com que a brilhante execução do brasileiro Alex Teixeira de nada valesse ao Besiktas. Íamos assim para o intervalo com a sorte do jogo, que é como quem diz com a importância de ter Coates. 

 

O segundo tempo foi completamente diferente. Não fora as dificuldades de comunicação entre os 3 homens da frente e as más decisões no momento da finalização dir-se-ia até que o marcador final poderia ter assumido proporções bíblicas para uns turcos certamente nada interessados em ficar ligados a algo de cariz religioso que não tivesse a ver com o Corão. O nosso domínio assentou então na entrada em jogo de Palhinha e de Matheus Nunes, que acertaram as marcações e conseguiram finalmente minorar os efeitos da inferioridade numérica no meio campo, uma realidade já anteriormente vista nesta Champions e que ontem só não produziu resultados mais nocivos por o adversário ter a dinâmica mas não ter a qualidade de um Ajax. E quando o treinador turco tirou o médio Alex Teixeira e substituiu-o por mais um avançado (Karaman), então o mar negro ficou definitivamente para trás e os leões puderam enfim chegar a bom porto. Ainda houve tempo para o Paulinho fazer uma gracinha, ele que ameaça especializar-se em marcar os golos mais difíceis e em falhar os mais fáceis. Sobre esse tema, estou convencido que o que está errado na avaliação deste jogador é vê-lo como um goleador. Quem assim pensa vai cumprir várias etapas de frustração, lance após lance vendo o transporte da bola até Paulinho condenado a um provável trabalho de Sísifo. Porém, se olharmos para o que labora dentro do campo e a forma inteligente como liga o jogo da equipa, então o nosso sentimento de afeição crescerá bastante em relação a ele. Pensem nisso! (Alternativamente, podem pedir ao Vosso médico de família para Vos receitar o Prozac, que a discussão entre prosaicos e "prozaques" não ficará por aqui.)

 

Tenor "Tudo ao molho...": Coates (who else?). Adán esteve excelente na mancha e Palhinha enorme na recuperação de bola no segundo tempo. Porro mostrou a garra de leão do costume. 

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18
Out21

No Bósforo para acender o fósforo (luz ao fundo do túnel)


Pedro Azevedo

Amanhã jogaremos em Istambul, outrora Bizâncio, Nova Roma ou Constantinopla, as duas últimas denominações coincidentes com o período em que foi capital do Império Romano do Oriente. Conquistada aos romanos pelo Império Otomano no final do Século XV, Istambul receberia apenas no início do século XX  o nome pela qual no fundo sempre foi conhecida entre nativos: o equivalente, em português, a "ir para a cidade". A Istambul de hoje desenvolve-se ao longo dos dois lados do Bósforo, tendo-se estendido para o lado asiático através da anexação da Calcedónia, cidade da outrora Anatólia que os bizantinos em tempos conquistaram aos mégaros. É nesta bonita cidade que aproxima a Europa da Ásia que amanhã o Sporting jogará. A receber-nos estará o Besiktas, um clube do município com o mesmo nome, localizado na margem europeia do Bósforo e parte integrante da área metropolitana de Istambul. Os Águias Negras ("Kara Kartallar") são o terceiro clube turco em palmarés, apenas suplantados por Galatasaray e Fenerbahce, com 16 títulos de campeão nacional no seu palmarés. Todavia, nas competições europeias a sua prestação tem sido modesta, destacando-se apenas os quartos de final atingidos na Champions em 87 e o igual patamar alcançado em duas ocasiões na Liga Europa. Será também o reencontro com o ex-leão Valentin Rosier, titular absoluto numa equipa que tem no bósnio Pjanic (ex-Juventus) e no belga Batshuayi as suas maiores estrelas. Nada porém que deva desmoralizar os nossos leões, ou do outro lado não estivessem umas águias que motivam a exortação da memória de épicos confrontos históricos. Boa sorte, leões!!!

15
Set21

A minha dúvida para hoje


Pedro Azevedo

Já que ninguém fala nisto, aqui ficam os meus cinquenta cêntimos para a discussão: irá Ruben Amorim manter a estrutura base do seu onze, optando por Jovane ou Sarabia na posição de interior direito, ou, alternativamente, mudará o sistema do 3-4-3 para um 3-5-2 e incluirá Daniel Bragança na equipa titular (libertando mais Matheus Nunes para as suas cavalgadas com bola)? 

15
Set21

Espelho mágico


Pedro Azevedo

O jogo desta noite em Alvalade colocará frente a frente duas escolas de Formação de renome na Europa. Dois projectos semelhantes na sua concepção, porém diferentes na sua adequação prática. Isto porque os leões têm-se dedicado à vã glória de precocemente desperdiçar talentos que mais tarde se vêm a impôr ao mais alto nível noutros clubes, enquanto os lanceiros se destacam pela optimização das sucessivas fornadas de jogadores saídos das suas camadas jovens, aliando o sucesso desportivo com a sustentabilidade económica e financeira. Embora os mais recentes ventos de mudança indiquem que as coisas estão a modificar-se para melhor em Alvalade, este jogo com o Ajax deverá ser encarado também como o nosso encontro com a realidade. Porque o Ajax de Janny van der Veen, Rinus Michels, Cruijff, van Basten e outros deverá ser um exemplo duradouro para nós, o paradigma das convicções fortes e da consistência das ideias acima das conjunturas de curto/médio prazo. Por isso, mais do que um adversário, do outro lado teremos um espelho mágico, que nos dirá que a mais bela Formação reside em Amesterdão. Mais do que invejar tal ou ser roídos pelo ciúme, a nós caberá perceber que há um caminho pela frente cheio de obstáculos que cumpre continuar a percorrer. Se o fizermos, talvez um dia o espelho nos venha a dizer que a mais bela Formação estará localizada em Alcochete. E assim viveremos felizes para sempre, tal como nos contos de fadas. 

 

P.S. Os irmãos Grimm estão para o Grimi como o Germano está para o género humano. 

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18
Ago21

Percepções…


Pedro Azevedo

Para quem nos habituou pelo discurso a viver lá no alto, jogar contra uma equipa dos Países Baixos deveria oferecer uma boa perspectiva das coisas. Mas o Jesus, para além de enaltecer mais o Benfica táctico ("eu") em detrimento do Benfica técnico ("eles"), disse que lá para o fim do jogo teve muita bola. Deve ter sido no balneário, porque no campo não se viu...

 

P.S. Ah, e segundo o próprio, o "Ody" não fez nenhuma defesa de alto grau de dificuldade. Ou como um resultado pode mascarar a realidade e prestar-se a percepções fantasiosas, o que me fez lembrar o Sporting-Lask (2-1) do reinado de Silas. O problema é que o tempo geralmente encarrega-se de corrigir a diferença entre a realidade é a momentânea percepção da mesma. 

18
Mai21

39º título europeu


Pedro Azevedo

O hóquei, tal como o amor, é fogo que arde sem se ver. Nesse contentamento descontente, de quem apenas imagina a bola, ganhei fascínio pelo bailado inerente ao jogo. Ainda no Pavilhão dos Desportos, admirei a patinagem artística e a condução de bola de António Livramento e fiquei muitas vezes maravilhado com a habilidade e as fintas do Chana, tendo esses sido para mim os maiores expoentes da modalidade. Para quem não valorize a estética, o hóquei não ganhará muito na transposição da rádio para a televisão, podendo até dizer-se que a emoção será maior pela rádio. A propósito, ainda me recordo de um célebre jogo contra o Voltregá, correspondente à meia-final da primeira Taça dos Campeões que vencemos, e do sentimento com que ouvi cada pincelada de génio com que Livramento e Chana iam pontuando uma exibição que constituiu um render da guarda para os até aí campeões Nogué, Ferrer e companhia. Muitos anos se passaram até podermos voltar a ver o Sporting campeão europeu. E este ano conseguimos o bi-campeonato, o nosso terceiro título na Champions do hóquei. O adversário, tal como no título anterior, voltou a ser o FC Porto, num jogo renhido e apenas decidido no prolongamento. Um Ângelo Girão (de novo) em grande nível e um Romero inspirado fizeram a pequena diferença final no marcador, suficiente para o Sporting possuir agora mais títulos de campeão europeu que Benfica e Porto. Parabéns ao Paulo Freitas e aos jogadores, ao Gilberto Borges, Miguel Afonso e, naturalmente, a Frederico Varandas. Com este triunfo, o Sporting obteve o seu 39º título europeu, o 30º se considerarmos apenas a principal competição de cada modalidade. 

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03
Mai21

Honrar o slogan do Visconde


Pedro Azevedo

Ganhar uma segunda Champions de futsal já seria um feito excepcional. Mas o Sporting fê-lo com estilo, derrotando sucessivamente (em apenas 5 dias) os campeões russo, espanhol e europeu em título. Na final, batendo com uma reviravolta (de 0-2 ao intervalo para um 4-3 finalj o todo poderoso Barcelona, o nosso rival pelo epíteto de clube mais eclético da Europa. E com 8 ou 9 jogadores formados no clube, provando que, ganhando hoje, ganharemos também o amanhã. Muitos, muitos parabéns a todos os que contribuíram para esta conquista épica. Com um destaque especial para Nuno Dias, o nosso treinador, homem que ano após ano vem marcando a ouro a sua passagem pelo clube, nunca perdendo a humildade tão própria dos efectivamente grandes. Já merecia uma estátua! Viva o Sporting Clube de Portugal! Viva o nosso Sporting! E obrigado por (mais) este grande momento. 

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10
Mar21

360º


Pedro Azevedo

Pelos ecos que nos chegam de ontem, a derrota do FC Porto em Turim foi festejada como se da vitória na final da Champions se tratasse. Por ironia, quem para tal mais contribuiu foi Sérgio Oliveira, autor de uma frase polémica na sequência do jogo com o Sporting, que marcou os dois golos dos portistas. Sinceros parabéns ao Sérgio e ao FC Porto por mais um relevante serviço prestado ao futebol português no melhor palco europeu e também por nos mostrarem que numa volta de 360º o ponto de chegada é exactamente igual ao de partida. 

PS: Ficaram-lhes bem os festejos, o futebol é alegria. E é também respeito pelos vencedores ou vencidos, reconhecendo que num determinado dia se foi pior ou melhor que o adversário e não deixando de o saudar pela luta que nos deu. 

23
Set20

Cesteiro que faz um cesto, faz um cento


Pedro Azevedo

Quarenta e dois anos depois, o basquetebol do Sporting está de regresso à Champions. A última aventura leonina ocorrera em 30 de Novembro de 1978, quando o Sporting se deslocou ao Luxemburgo para defrontar o BBC Amicale. O jogo saldou-se por uma derrota (99-95) que confirmou a já decidida eliminação dos nossos leões na fase de qualificação para a antiga Taça dos Campeões Europeus, num grupo onde para além dos luxemburgueses estavam os poderosos italianos do Emerson Varese. Apenas por curiosidade, nesse dia alinharam Augusto Baganha, Billy Eason, Carlos Lisboa, Hélder Silva, Leonel Santos, Manuel Sobreiro, Mário Albuquerque, Quim Neves, Rui Pinheiro e Tomané, tendo Eason (30 pontos), Pinheiro (21) e Albuquerque (20) se cotado como os nossos melhores marcadores. 

 

Hoje o Sporting regressou à principal competição europeia de clubes e logo com uma vitória. Na Bulgária, contra os suiços do Fribourg Olympic, os leões venceram por 84-78, apurando-se assim para o jogo decisivo que poderá dar a qualificação (inédita) para a fase de grupos, partida essa que ocorrerá na Sexta-feira contra os bósnios do Igokea, equipa difícil e que beneficia da rodagem que a Liga Adriática de Basquetebol (ABA League) - competição que lhe tem permitido defrontar gigantes como o Cibona Zagreb ou o Estrela Vermelha - lhe vem providenciando. Mas cesteiro que faz um cesto, faz um cento, e que bonito seria sairmos da Bulgária com a qualificação e um primeiro cento (100 pontos) nesta nova aventura europeia!

 

Num pavilhão com cadeiras pintadas de verde, a nossa equipa sentiu-se em casa e partiu para uma exibição sólida e apenas contrariada por um terceiro período menos bom que permitiu a aproximação dos suiços no marcador. Os parciais dos 4 períodos foram, respectivamente, 27-18, 23-18, 16-25 e 18-17. Em termos ofensivos, os jogadores de maior destaque foram Travante Williams (23 pontos), o poste John Fields (20 pontos e 11 ressaltos, duplo-duplo) e James Ellisor (10 pontos). Como pontos a corrigir, de destacar o elevado número de turnovers da nossa equipa (10) e a falta de protecção da zona próxima do cesto em alguns ressaltos defensivos que permitiu algumas segundas bolas aos helvéticos. 

P.S. Aquele afundanço do Fields na cara de um jogador da equipa suiça... O jogador do Fribourg nem teve tempo para anotar a "matrícula do carro" que o atropelou...

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