Sem saco para a conversa do dinheiro e com a noção do porquê do Sporting
Pedro Azevedo
Hoje não é o dia para relembrarmos o início de época menos conseguido, muito menos para antecipadamente prepararmos uma desculpa para um eventual insucesso com base no nosso histórico na Champions, hoje é, sim, o dia para nos levantarmos uma e outra vez até que os cordeiros voltem a ser leões e se cumpra o desígnio, o lema enunciado por José Alvalade: "Tão grandes como os maiores da Europa". Porque, como um certo dia afirmou um senhor que percebia alguma coisa de futebol (Cruijff), eu nunca vi um saco de dinheiro a ganhar um jogo. Então, tenhamos consciência e orgulho do nosso passado, confiança no presente e a ousadia para não falharmos o encontro com o nosso profetizado futuro. Assim, logo à noite, exibamos a nossa força, ou, como diria o imortal António Silva (the one and only, o nosso): "Aí, Leões!!!". Spoooooorting!!!
PS: Nós somos o clube de Peyroteo, o melhor goleador da história do futebol mundial, dos 5 Violinos, de Figo e de Ronaldo, do Livramento e do Chana, de Agostinho e do campeoníssimo Carlos Lopes. É, por conseguinte, mais do que o tempo de abandonarmos o discurso sistematicamente miserabilísta e exortarmos e procurarmos emular o melhor de quem nos serviu ao longo da nossa história gloriosa. Sim, porque o Sporting não nasceu com Varandas ou Bruno, nem mesmo com João Rocha ou Ribeiro Ferreira (o presidente que venceu mais campeonatos de futebol), e o nosso ADN sempre foi ganhar (a Formação é uma via, um meio para a sustentabilidade, nunca o ADN do clube como tantas vezes vejo escrito erradamente por aí). E a nossa alma não é o "segredo do negócio", mas sim o segredo da perseverança dos nossos adeptos, da sua resiliência, do seu amor ao clube. Amor esse que, como qualquer amor que se preze, não é negociável, não se vende, não se hipoteca a outros valores(€). Haja noção!!!