Por uma cabeça
Pedro Azevedo
Por uma cabeça de um nobre leão
que perante a presa afrouxa ao chegar
a quem ao regressar apetece dizer:
não esqueças, irmão,
vós sabeis, não há que brincar...
Por uma cabeça, paixão de uma vida,
daquela coquete e risonha mulher
que ao jurar sorrindo,
o amor que está traindo
queima na fogueira todo o meu querer.
Por uma cabeça
todas as loucuras
a sua boca que me beija
apaga a tristeza,
acalma a amargura.
Por uma cabeça
se ela me esquece
que importa perder.
Mil vezes a vida
para viver...
Quantos desenganos, por uma cabeça,
eu jurei mil vezes não voltar a insistir
mas se o seu olhar me fulmina ao passar,
sua boca de fogo, outra vez, eu quero beijar,
basta de caçadas, acabe-se o jogo,
um final renhido e não a volto a ver,
mas se ela me aparece a um "Domingo",
eu me jogo por inteiro, e me entregando completamente volto a acreditar.
(Dedicado a todos os meus amigos do "És a nossa FÉ" com quem ontem, em sã convivência e respeito pela opinião de cada um, tive o renovado prazer de viver o Sporting e a todos os sportinguistas e desportistas em geral Leitores deste blogue - adaptação livre de "Por una cabeza", belo tango musicado por Carlos Gardel e escrito por Alfredo Le Pera.)