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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

25
Nov20

Pedro, o perseverante


Pedro Azevedo

Pedro David Rosendo Marques é a nova coqueluche proveniente da Formação do Sporting. Uma colheita tardia, vintage, como tal delicada e de grande qualidade. Ouvi falar no Pedro pela primeira vez através de um primo "belém" (eu sei, acontece nas melhores famílias haver quem escape ao desígnio do leão) que, entusiasmado, me ia relatando o impacto tremendo que estava a ter nas camadas jovens do Belenenses. O Sporting contratou-o no seu primeiro ano de junior e logo se distinguiu pela profusão de golos que marcou. Recordo em especial um golo de belo efeito contra o Real Madrid na Youth League: servido por Abdu Conté, Pedro imitiu o movimento dos alcatruzes de um engenho hidráulico trazido para a península pelos muçulmanos para deixar o guardião madridista à nora, afagando primeiro a bola no ar com o seu pé esquerdo para depois rodar e chutar, sem deixar cair a bola, com o pé direito. Um golo de elevadíssima execução, porém não suficiente para chamar a atenção do juiz da nota artística que por essa altura embora já patinando ainda era rei em Alvalade. 

À míngua de oportunidades, o Pedro foi sendo condenado à irrelevancia. Ressurgiu por momentos numa outonal noite europeia quando as goleadas se sucediam, a esperança se vestia de verde e Keizer era ainda um encantador  de leões. Durou pouco, e a estrelinha do Pedro voltou a ofuscar-se. Na época passada foi para a Holanda onde jogou na Segunda Liga. Primeiro no Dordrecht, um clube que lutava para não descer de divisão. A equipa não era boa, levava grandes cabazadas, a bola não chegava lá à frente. Ainda assim, marcou 6 golos e fez 8 assistências, o suficiente para suscitar o interesse do Den Bosch, um clube do mesmo escalão mas com aspirações à subida. A sua estrela voltou a brilhar, terminando a época com 8 golos em 7 jogos realizados na sua nova equipa até à suspensão do campeonato devido à pandemia. Mais uma vez a conjuntura parecia estar contra o Pedro, e logo quando se estava de novo a afirmar. Regressou então ao Sporting e foi integrar a recém (re)criada equipa B. O cenário era o do Campeonato de Portugal. Em 4 jogos fez 4 golos, destacando-se não só como matador na área mas também nas transições. Nesse aspecto, o Pedro engana muito. Sempre composto, com o tronco muito direito, transmite a falsa ideia de ser lento. Mas só até começar a correr com a bola, momento em que a sua velocidade associada à boa articulação dos movimentos provoca imediatamente danos nos adversários que anteriormente o subestimaram. Dadas as suas boas prestações, o Pedro já "reclamava" uma oportunidade de jogar com gente grande. Foi convocado duas vezes, mas em ambas não saiu do banco. Até que, a pretexto da Taça de Portugal , finalmente teve a sua chance. Foram apenas 18 minutos, mas o seu impacto dificilmente poderia ter sido mais impressionante. Dois golos, a confirmação dos seus dotes de matador e uma sede de golo que não deixou nenhum Sportinguista indiferente foram a sua assinatura no jogo. E, do quase nada, em pouco tempo, tal como no anúncio publicitário todos ficámos cientes de que se calhar a solução (ponta de lança) estava no banco. Boa sorte, Pedro! E muito trabalho. 

(Golo ao Real Madrid aos 23 segundos do vídeo. Aos 46 segundos repete a dose.)

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