O VAR e a física
Pedro Azevedo
O VAR criou uma realidade paradoxal: o cidadão comum mostra mais bom senso na análise dos lances polémicos do que os "especialistas" da arbitragem. As reacções, um pouco por todo o mundo, às imagens do Chaves-Sporting assim o demonstram. Nesse transe, perante o erro, a narrativa dos "entendidos" transferiu-se do "errar é humano" do antes-de-VAR, para a criação de uma realidade paralela, onde os nossos olhos desmentem os nossos ouvidos, como foi o caso do último fim de semana. É que se é certo que o cidadão comum não possui formação específica sobre arbitragem, não deixa também de ser verdade que os árbitros não têm conhecimentos de física para compreenderem o que é a inércia do movimento, pelo que no final deveria prevalecer o bom senso.
P.S. dentro do exposto acima, o Conselho de Arbitragem deve ter considerado fenomenal a arbitragem de Manuel Mota em Chaves. Só assim se justifica ter sido nomeado para a primeira semi-final da Taça de Portugal, a qual se irá realizar hoje.