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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

16
Fev19

O Rei vai nu


Pedro Azevedo

"O fraco Rei faz fraca a forte gente" - Luís de Camões

frederico varandas.jpg

Será a última vez que me debruçarei directamente sobre o presidente Frederico Varandas neste seu mandato. A razão que vejo numa crítica, a única que para mim faz sentido, é a de despertar consciências no sentido de as coisas melhorarem. (É tão mais fácil, mas seguramente muito menos sportinguista, alguém esperar tacticamente que tudo se desmorone para depois dizer das suas razões.) Quando isso não acontece e os comportamentos não se alteram, a crítica perde razão de ser. A dado momento, ela dá lugar à frustração, a que se segue a desilusão que vem acompanhada de uma sentença pessoal: tenho a convicção de que Frederico Varandas mostrou à evidência, até à data, não reunir todas as competências necessárias para o desafio que tem pela frente. E já nem me refiro a questões relacionadas com Política Desportiva. Muitos poderão dizer que é prematuro, extemporâneo afirmar-se isto e, naturalmente, estarão no seu inteiro direito de formular essa opinião. Até por isso, e porque sempre coloquei o Sporting em primeiro lugar, não serei no futuro mais um factor de desestabilização do clube que amo. Não deixo no entanto de emitir esta minha derradeira opinião aqui e agora, a qual tem muito a ver com as feridas de um passado recente e com a necessidade imperiosa e urgente de alguém romper com isso e conseguir devolver uma identidade única ao clube. Sabendo por onde não se quer ir, para onde não se quer ir (lições do passado), mas também qual o caminho que se escolheu percorrer em conjunto e seu destino (visão do futuro). E a todos o comunicar, convocar e entusiasmar, de forma a que dele possam vir a fazer parte. Com respeito e regras, evidentemente, mas também com o orgulho de fazer parte de uma gesta gloriosa, em que todos saibam a razão de Ser Sporting, o porquê de estarmos aqui, o tal elo identificador que une pessoas de proveniências, experiências, extractos sociais tão díspares. Algo que simplesmente não vejo Frederico Varandas ter condições para esboçar e implementar. É que não se obtém união por pedi-la, mas sim por um conjunto de actos, atitudes, comportamentos e procedimentos que acabam por a desencadear. E eu penso que o Sporting deve afirmar-se como um clube renascentista, com uma capacidade criadora, reformadora, de mudança de paradigma (o status-quo) e que valorize os seus sócios e as suas opiniões (não podemos querer discutir tudo externamente e internamente reduzir a discussão), com respeito pela integridade das competições, o objectivo de promover um desporto melhor, mais justo, equilibrado e íntegro, tudo assente numa cultura de excelência (que inclua exigência, compromisso e superação, mas também urbanidade e e tolerância), de acordo com o nosso ideário de "esforço, dedicação, devoção e glória", e sem nunca, em circunstância alguma, importar modelos que funcionem com outros, mas que não respeitem a nossa idiossincrasia (Formação, ecletismo) e/ou os nossos valores e que criem um choque com o que são os valores tradicionais sportinguistas, pois a Cultura (identidade) de uma organização deste tipo não pode estar nos antípodas do que é a personalidade e o carácter dos seus colaboradores e sócios. Um clube que promova a inovação constante e não o imobilismo, que compre tempo e não se queixe do tempo, que aja e não reaja. Ora, o que eu vejo é um afastamento progressivo dos sócios e a redução da discussão a uma escala de concepção maniqueísta. E tudo isso me desencanta. Como tal, vencido mas não convencido, assentarei praça nas origens do meu sportinguismo: na bancada, de cachecol ao pescoço, incensando os jogadores que me encantam e o futebol que me dá ilusão e, posteriormente, nas crónicas, tentando traduzir esse sentimento em palavras. E assim será, até ao fim deste mandato, sem outra opção que não seja a de servir o meu clube e alimentar a paixão pelo jogo, e isso o continuar a transmitir a filhos e quiçá futuros netos, queira o senhor que tudo sabe assegurar a perenidade do clube até lá. 

 

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