O mistério dos números primos (19)
Pedro Azevedo
Não sei se a vida é feita de coincidências ou se não existe essa coisa a que chamamos coincidência, o que é certo é que ontem ocorreu comigo um daqueles insólitos que me/nos fazem pensar. Eu passo a contar: convidado por um amigo de toda a vida, passei uma muita agradável tarde dividido entre uma imponente piscina e um suculento barbecue. Pelo meio conversas reais com gente real, que a vida é demasiado importante para se perder em inuendos, hesitações e meios termos. Como pano de fundo, vulgo "pièce de résistance", havia um Itália-Inglaterra, final do Campeonato da Europa. Ora, apesar de estar eternamente agradecido a Inglaterra e aos ingleses pela forma como me receberam quando lá trabalhei, o meu coração desta vez batia por Itália, pelo belo futebol. De tal forma que para o evento levei um polo azul comprado há mais de uma década atrás. Produzido por uma conhecida marca americana, tem Itália estampado na frente e o número 19 nas costas. Logo um amigo me inquiriu do porquê do número 19, algo que remeti para o critério da marca. Novas investidas no mesmo sentido vim a ter de outros convivas, às quais dei sempre a mesma resposta. O jogo começou e não voltei a dar relevância ao assunto. E, se eu não dei, os meus amigos também não. Até que acordo hoje e revejo que o golo italiano, o único golo italiano da noite, foi marcado por Leonardo Bonucci. Porém, com a emoção do jogo havia-me escapado um pormenor. Adivinham o número da sua camisola? O 19. Talvez nada aconteça por acaso...