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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

21
Jul20

O caminho não se faz caminhando para trás


Pedro Azevedo

Confesso que o ingresso de Jesus no Benfica me preocupa. Independentemente de nunca ter achado JJ o treinador adequado para um projecto que procure rendibilizar a Formação, a verdade é que lhe reconheço a capacidade de pôr uma equipa a jogar futebol e de desenvolver os jogadores com quem efectivamente se preocupa entre as dezenas que manda comprar e desperdiça. Por isso, não tenho dúvidas que com um forte investimento por trás o Benfica será um fortíssimo candidato ao título em 2020/21. Porém, essa não é a minha grande preocupação, o que me desassossega é a possibilidade de isso poder alterar o caminho que o Sporting começou a percorrer após a pandemia. E desassossega-me porque sinto que esse caminho não foi uma opção natural mas tão só o único possível na conjuntura em que estávamos mergulhados, fora da luta em todas as competições, com um défice de exploração antes da venda de jogadores de cerca de 70 milhões de euros e com o valor do plantel a deteriorar-se. É certo que Ruben Amorim, na conferência de imprensa de ontem, deu-me sinais animadores ao transmitir que pouco importa ao Sporting o que acontece no vizinho e que temos é de continuar no nosso caminho, mas será que a administração da SAD irá resistir a ir ao mercado da forma que foi no ano anterior? Nós não queremos mais desculpas do género "o Rosier compreensivelmente teve dificuldades, não sabe falar inglês", como se a linguagem do futebol não fosse universal ou isso alguma vez tivesse impedido Yazalde, Balakov, Seminário ou Keita de soltarem o perfume do seu futebol. Não, o que desejamos antes de mais é a sustentabilidade do clube/SAD. E que isso crie posteriormente condições para que sejamos um verdadeiro candidato ao título nacional. É por isso fundamental que a aposta nos miúdos da nossa Formação não fique por aqui e não sirva apenas para disfarçar uma época mal conseguida, à semelhança do ocorrido em 16/17 quando Geraldes, Podence e Palhinha regressaram a meio da época dos empréstimos. Não só a aposta deve continuar como terá de ser acompanhada por importação de três jogadores de qualidade indiscutível (do tipo de um Bruno, Mathieu ou Acuña, e não remendos comprados na Loja dos 300). Apenas três, mas que façam uma efectiva diferença que ajude os nossos formandos a crescerem mais depressa. Seguidos de outros três na época seguinte, na medida em que não há dinheiro para fazer tudo de uma vez. Nesse sentido, o pior que se poderia fazer a esta geração de promissores jovens futebolistas, às nossa finanças e a um modelo económico sustentável seria entrar em pânico e ir aos saldos comprar por comprar, cobrindo todas as posições sem critério e acabando por investir (compras) e gastar (ordenados) mais dinheiro do que no cenário alternativo que apresento. Num momento em que o mais urgente será arranjar colocação para uma boa dúzia de excedentários do plantel que custam uma fortuna todos os anos e assim libertar a folha de pagamentos, uma nova roda-viva no mercado seria absolutamente letal. Não só porque coartaria as legítimas aspirações dos nossos formandos, mas também na medida em que prejudicaria definitivamente qualquer percepção de projecto desta Direcção existente na mente dos Sportinguistas, neles incluindo mesmo os mais optimistas ou situacionistas. 

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