No Bósforo para acender o fósforo (luz ao fundo do túnel)
Pedro Azevedo
Amanhã jogaremos em Istambul, outrora Bizâncio, Nova Roma ou Constantinopla, as duas últimas denominações coincidentes com o período em que foi capital do Império Romano do Oriente. Conquistada aos romanos pelo Império Otomano no final do Século XV, Istambul receberia apenas no início do século XX o nome pela qual no fundo sempre foi conhecida entre nativos: o equivalente, em português, a "ir para a cidade". A Istambul de hoje desenvolve-se ao longo dos dois lados do Bósforo, tendo-se estendido para o lado asiático através da anexação da Calcedónia, cidade da outrora Anatólia que os bizantinos em tempos conquistaram aos mégaros. É nesta bonita cidade que aproxima a Europa da Ásia que amanhã o Sporting jogará. A receber-nos estará o Besiktas, um clube do município com o mesmo nome, localizado na margem europeia do Bósforo e parte integrante da área metropolitana de Istambul. Os Águias Negras ("Kara Kartallar") são o terceiro clube turco em palmarés, apenas suplantados por Galatasaray e Fenerbahce, com 16 títulos de campeão nacional no seu palmarés. Todavia, nas competições europeias a sua prestação tem sido modesta, destacando-se apenas os quartos de final atingidos na Champions em 87 e o igual patamar alcançado em duas ocasiões na Liga Europa. Será também o reencontro com o ex-leão Valentin Rosier, titular absoluto numa equipa que tem no bósnio Pjanic (ex-Juventus) e no belga Batshuayi as suas maiores estrelas. Nada porém que deva desmoralizar os nossos leões, ou do outro lado não estivessem umas águias que motivam a exortação da memória de épicos confrontos históricos. Boa sorte, leões!!!