Levantados do chão
Pedro Azevedo
Fraco não é quem cai, mas sim quem não se levanta. E nós somos do clube do leão rampante, aquele que está de pé, nunca se rende, nunca se verga e vai à luta.
Quem é que nunca precisou de enfrentar uma situação limite para, então sim, encontrar a força necessária para se reerguer? Necessitamos de mudar de vida e a oportunidade está já aí, ao virar da esquina. Assim, deixo aqui expresso o meu desejo: que a curta distância que separa Alvalade da Luz seja o primeiro grande passo na afirmação de uma nova forma de estar e sentir a nossa leoninidade que a todos encha de orgulho. Aí leões!!!
P.S.(1) Já chega de paleio sobre "atitude", conceito vago, inócuo e parolo do "futebolês" que carece de uma maior definição. (O que caracteriza as instituições são os seus valores comportamentais, assim mesmo no plural e não no singular, que devem estar bem definidos e compreendidos por todos.) Por isso, sendo preciso, o que queremos é motivação, qualidade e solidariedade, a massa consistente que eleva uma equipa ao patamar de excelência de que são feitos os campeões. Aqui, a qualidade reveste-se de capital importância. A falta dela na gestão está na origem de um passado recente do clube feito de dois ciclos de um ano mau repetido dezassete vezes. Perante isto, arrepiamos caminho ou vai mais uma voltinha? (Esforço - o mínimo múltiplo comum exigível a qualquer profissional - , dedicação e devoção podem garantir motivação e solidariedade, mas sem a inspiração que só a qualidade produz não se vai a lado nenhum.)
P.S.(2) A falta de Cultura do mundo Sporting denota-se em pequenos pormenores. Como quando ouvimos, anos a fio, os jogadores dizerem que é preciso "levantar a cabeça", sem que haja uma alma, situada num plano superior, que lhes chame a atenção para o facto de que, mesmo levantando a cabeça, se o corpo permanecer no chão continuaremos sem energia, chama ou fulgor e, certamente, sem uma visão abrangente do meio envolvente...