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Dez22
Leituras que valem a pena (e o lápis, a caneta e o teclado)
André Pipa
Pedro Azevedo
"OUTRA VEZ CURTO"
"Marrocos em festa: Portugal tornou-se a primeira selecção a ser eliminada nos quartos de final de um Mundial por uma selecção africana, que não teve culpa de aproveitar um lance marcado por erros do guarda-redes Diogo Costa e do central Rúben Dias.
O balanço final não é famoso. Em cinco jogos (três vitórias e duas derrotas) contei apenas uma exibição empolgante (6-1 à Suíça).
O resto esteve dentro do padrão habitual da «era Santos». Respeito quase doentio pelos adversários que, na óptica do engenheiro, são sempre «fortíssimos», uma obsessão pelos «equilibrios» e uma incapacidade desesperante de pensar e agir como grande.
Para mim, o desempenho português situou-se entre o razoável, o regular, o esforçado, o mediano e o medíocre, com os rasgos de qualidade individual de alguns jogadores a maquilharem a falta de uma ideia de jogo claramente afirmativa - um mal que vem de longe.
Infelizmente, o esplendoroso 6-1 à Suíça foi um epifenómeno sem antecedentes nem continuidade. O nosso normal é isto que vimos hoje. A derrota com Marrocos junta-se às que sofremos em 2021 (Bélgica) e em 2018 (Uruguai). Saídas pela porta pequena. E nem podemos dizer que enfrentámos adversários de primeira linha no Qatar…
O fracasso de Portugal não é caso único neste Mundial dos «equilibrios» (olá Brasil, olá Alemanha, olá Espanha…), mas com o mal dos outros podemos nós bem. Em termos individuais gostei muito de Bruno Fernandes (claramente o novo líder) e do fantástico Pepe, numa selecção com algumas «estrelas» mais jovens que não conseguem pesar e fazer a diferença quando é mesmo preciso. E os anos vão passando…
A «era Santos» acabou, mesmo que o engenheiro continue no cargo.
E é isto."
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