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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

23
Fev20

Isto não é o Sporting!


Pedro Azevedo

Vencido um jogo europeu, Silas rapidamente entrou no modo-desculpa tão comum ao povo português. Quando já julgávamos ter ouvido tudo, eis que segundo o treinador leonino Janeiro correu mal porque o Bruno Fernandes não estava com a cabeça aqui. Como se já não bastasse ver Varandas desculpar o mau planeamento da época com a continuidade de Bruno, agora é Silas que se sente no direito de também sacudir a água do capote despejando-a nos ombros do antigo capitão dos leões, ele que foi sempre o Atlas do Sporting que vai a campo. Tudo isto não só é inaceitável como é elucidativo de uma Cultura Sporting que não respeita aqueles que se transcendem e dão tudo de cada vez que envergam a nossa camisola. No caso concreto, quando os jornais davam como iminente a sua saída para Inglaterra, Bruno ainda resolveu um jogo em Setúbal contra um misto de doentes e convalescentes em que os seus dois golos foram decisivos para a vitória, totalizando 15 golos, 14 assistências e participação importante em 2 outros golos em meia-época, números que juntou a 48 golos, 36 assistências e 36 participações importantes nas duas épocas anteriores. Esmagador!

 

Neste estranho mundo actual do Sporting estamos permanentemente a ouvir coisas contra-natura como o "zero ídolos", que nos querem fazer crer que a relação com o clube não se confunde com os grandes atletas que o representaram. É imperioso remar contra isto, sob pena de um dia acordarmos para a realidade e percebermos que não temos referências, sem as quais enfrentaremos definitivamente o vazio. Nesse sentido, as palavras de Silas não são respeitadoras para com quem em inúmeras circunstâncias levou a equipa ao colo, resgatando-a das profundezas do Inferno e dando-lhe o Céu, como atesta o seu contributo decisivo para a conquista da Taça de Portugal do ano transacto, troféu que juntou a uma Taça da Liga onde também teve um comportamento meritório. Esse é o Bruno Fernandes que merece ser recordado por todos, aquele deus dos estádios que soube adquirir uma forma humana para se adequar à equipa que tinha. Pelo menos enquanto teve equipa e alguém à sua volta que compreendesse a sua música: como o menor número de participações importantes em golos nesta temporada comprova, a perda sucessiva de jogadores como Nani, Raphinha ou Dost acabou por fazer muitos passes de ruptura seus, no início da construção de jogadas, perderem-se ingloriamente. Além disso, se Bruno desceu de rendimento assim tão visivelmente, conviria perguntar a Silas porque não o tirou da equipa. Mas isso já não interessaria à narrativa desculpabilizante.

 

Um dia, Silas será uma nota de rodapé na história do enorme Sporting Clube de Portugal. Já Bruno Fernandes, por muito que alguns não lhe perdoem a rescisão, constará dela a letras de ouro por aquilo que nos deu no campo de jogo. Além disso, a cada sua entrevista descobrimos um homem inteligente, capaz de ver para além da linha do horizonte, muitas vezes apontando auspiciosos caminhos que esta Direcção e seu quinteto de treinadores nunca ousaram percorrer. Por isso, Bruno, obrigado por tudo e desculpa estas infelizes declarações do teu outrora treinador. Isto não é o Sporting!

bruno silas.jpg

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