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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

20
Abr20

Ideias para o futebol português


Pedro Azevedo

Em tempos trouxe aqui um modelo competitivo da Primeira Liga que acredito ser decisivo para elevar o patamar do futebol português, com benefícios em termos de intensidade de jogo, atracção de patrocínios, receitas dos clubes mais pequenos e valor global do negócio. Recapitulando, gostaria que em 3-5 anos a nossa Primeira Liga fosse formada por 12 clubes, jogando-se numa primeira fase em "poule" a duas voltas e depois em play-off a duas voltas (primeiros 6 da primeira fase) e play-out (últimos 6 da primeira fase) com os pontos a serem acumulados (total de 32 jogos). Desceriam 1 ou 2 equipas e subiriam igual número de equipas provenientes de uma Segunda Liga jogada nos exactos mesmos moldes.

 

Hoje trago aqui uma fórmula que não passa pelos DireitosTV que permitiria dar um maior equilíbrio à competição. Aflorei o tema brevemente na caixa de comentários do último Post que aqui deixei, mas quero agora desenvolvê-lo. Ora, eu julgo que se deve avançar para a criação de 2 fundos: um Fundo de Garantia dos Salários e um Fundo de Competitividade do Futebol Português. O primeiro teria uma dotação de capital que visaria mitigar os incumprimentos dos clubes para com os seus jogadores. Seriam os próprios clubes (e não o Sindicato dos Jogadores) a contribuir para esse fundo criado pela Liga que seria administrado por uma sociedade gestora. Em caso de ausência de recursos financeiros, os clubes recorreriam ao fundo, havendo no entanto regras que visassem não premiar os incumpridores. Por exemplo, um clube incumpridor teria um prazo limite (1 ano?) para regularizar a situação perante o fundo, findo a qual, caso continuasse a incumprir, seria penalizado com a descida de divisão automática e a impossibilidade de regressar à Primeira Liga nos próximos 3-5 anos. Quanto ao Fundo de Competitividade do Futebol Português, ele visaria dar outra sustentabilidade ao produto futebol, procurando reequilibrar as forças entre os clubes da Primeira Liga. Nesse sentido, os clubes classificados entre o 7º e o 10º (ou 11º) na tabela da Primeira Liga mais o 1º (e o 2º) classificado da 2ª Liga receberiam no final da época uma compensação do fundo por ordem inversa da sua classificação.

 

Em termos operacionais, os clubes descontariam anualmente 0,25% do valor do Activo Intangível (plantel de jogadores) inscrito no seu Balanço para o Fundo de Garantia dos Salários. Por sua vez, para o Fundo de Competitividade do Futebol Português entrariam 50% do excesso de receitas da Liga face aos seus custos (como se de uma Reserva Obrigatória se tratasse) mais uma dotação anual dos clubes de 0,5% do valor do Activo Intangível. Apurado este valor, ele seria depois distribuido de forma inversamente proporcional à classificação dos clubes na época anterior. Por exemplo, imaginando que só desceria/subiria uma equipa, o 1º classificado da 2ª Liga teria uma ponderação de 20% do valor total, o 11º classificado da 1ª Liga 19%,  e depois 18%, 16%, 14% e 13% até ao 7º classificado. Este fundo funcionaria como um mecanismo de solidariedade dos maiores clubes para com os mais pequenos, cientes de que um maior equilíbrio e competitividade dos campeonatos seria benéfico para todos. 

 

P.S. Da mesma forma que o Fundo de Garantia dos Depósitos é constituído por dotações da banca e não dos aforradores (clientes), também não faz sentido que sejam os jogadores a contribuir para o Fundo de Garantia dos Salários. E a Liga deve ser a maior interessada em organizar uma competição onde não aconteçam situações de concorrência desleal que dão mau nome ao futebol profissional português. 

As equipas que se conseguirem apurar para o play-off não receberão qualquer compensação do Fundo de Competitividade, mas em contrapartida terão jogos muito atractivos do ponto de vista da bilhética, por ser de esperar que venham a receber duas vezes durante a época os 3 grandes, para além do acesso às provas europeias (para todos se o ranking de Portugal subisse devido ao acréscimo de competitividade das nossas equipas. Nesse caso, poder-se-ia ainda disputar uma liguilha entre o primeiro classificado do play-out e o último classificado do play-off para apuramento do último lugar europeu disponível, aumentando-se assim o interesse do play-out). 

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