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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

15
Abr19

Futebol do Sporting: que futuro?


Pedro Azevedo

Parece que a questão de momento é se Keizer deve ou não continuar no próximo ano. Com a época a decorrer, não me parece curial abordar esse tema taxativamente de forma publica, e a verdade é que o treinador tem contrato por mais duas épocas. No entanto, há algo sobre o qual gostaria de reflectir em voz alta com os Sportinguistas e que tem a ver com o projecto desportivo do clube e resultados associados, mas também com a sustentação desse projecto através de um modelo de negócio que garanta a continuidade das operações. 

 

Sendo certo que os resultados são a fase visível do icebergue (chamemos-lhe assim...), analisar os resultados sem olhar ao processo pode ser muito enganador. A questão que se coloca é se os resultados, em tese académica, podem esconder um processo deficiente e a resposta é sim. O que geralmente acontece nesses casos é que mais tarde ou mais cedo as consequências desse processo menos consistente vêm ao de cima, tal como foi visível na banca portuguesa no pós 2008, onde as sociedades que geriam melhor o risco conseguiram mais rapidamente sair da crise e as outras afundaram-se. 

 

Não quero aqui discutir se o terceiro lugar no campeonato - quando Keizer chegou, com 10 jornadas cumpridas, o Sporting tinha mais dois pontos que o Benfica - , e consequente exclusão da prova milionária da UEFA pode ser ou não ser considerado um bom resultado quando a tal se juntar a conquista de uma Taça da Liga e de uma hipotética (mas muito possível) Taça de Portugal, limito-me a constatar que ter um bom desempenho é fundamental a um clube da dimensão do Sporting. Mas o mais importante para o futuro do clube é que não se repitam erros do passado, se faça crescer o valor intrínseco do plantel e não apenas de um ou outro jogador (Bruno Fernandes, Wendel, pouco mais...), se dê atenção à nossa Formação, se promova a rotatividade (Geraldes não joga, Miguel Luís e Jovane ofuscaram-se) de forma a que todo o plantel chegue em boa forma e motivado ao período de Inverno que tem sido fatal para as aspirações do clube e que exista consistentemente uma ideia positiva de futebol. 

 

Quem está mais perto do treinador será logicamente um avaliador mais abalizado do seu desempenho. Mas é importante que se diga que o Sporting não pode mais tergiversar na sua política desportiva, sob pena de voltar a ter de recorrer a operações de antecipação de receitas, pelo menos até existir algo que possa ser antecipado. Porque não serão os jogadores contratados neste Mercado de Inverno que nos darão o extra de qualidade de que precisamos para elevarmos o nosso patamar presente e futuro, exceptuando talvez os casos de Doumbia e de Matheus Nunes, pese embora apresentem um tipo de rendimento que não destoa. Não, a qualidade que existe em Bruno, Acuña ou Mathieu, e em menor escala em Coates, Dost ou Wendel, necessita de ser reforçada com duas contratações cirúrgicas e há jogadores promissores que precisam de um treinador que os desenvolva e aposte neles (Keizer terá ganho créditos com Wendel). Algo de que tenho dúvidas venha a acontecer com este treinador - pessoa que me transmite ser extremamente séria e com uma liderança que parece agradar ao plantel - , para quem, por exemplo, Gudelj é titular indiscutível (para não falar do Diaby).

 

Quando olho para o nosso rival da 2ª Circular e vejo os números de utilização de Florentino (639 min), Ferro (1136 min), João Felix (2283 min), Gedson (2637 min) ou Ruben Dias (4485 min), todos com menos de 22 anos, e comparo com os parcos 16 minutos concedidos a Francisco Geraldes esta época sinto que algo está mal. Por muito que certos alegados procedimentos nos deixem desconfortáveis em relação ao clube em questão, não há dúvidas de que isto estão a fazer bem, conseguindo conciliar em harmonia o desempenho desportivo com a sustentabilidade económico/financeira que advém do desenvolvimento dos jovens jogadores. E nós? 

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