Duros como Rocha
Pedro Azevedo
Jogo certamente criado por uma pessoa sem coração, o futsal é uma modalidade imprópria para cardíacos. Bola cá, bola lá, o sobressalto é constante, pelo que assistir a um jogo destes é como fazer um electrocardiograma com prova de esforço. Um exame.
Para não fugir à regra, hoje, no Pavilhão João Rocha, tivemos mais um jogo muito emotivo entre as duas melhores equipas portuguesas da actualidade. Começou melhor o Sporting, respondeu o Benfica, mas ainda durante a primeira parte tivemos a possibilidade de "matar" a partida. Infelizmente, o desperdício de 3 livres directos, fez com que chegassemos ao intervalo apenas com a vantagem mínima.
No segundo tempo, o Benfica, mais frio e nada tendo a perder, deu a volta ao marcador. Tudo parecia perdido. Mas a nossa equipa é dura como Rocha e a 30 segundos do fim chegou ao empate. Accionados os desfibriladores, preparámo-nos para o prolongamento. No tempo extra, a nossa superioridade nos minutos iniciais foi gritante. E desta vez a eficácia esteve lá: Rocha e Pany Varela marcaram os golos da vitória. No final, vitória por 5-3, golos de Leo, Merlim, Rocha(2) e Pany Varela. Domingo há mais, no Pavilhão da Luz. Jogo do título, em que os nervos já estarão mais repartidos.
P.S. Ganhar ou perder será sempre aceitável. Desistir é que nunca o será. Ganhando ou perdendo, temos como certo que esta equipa, superiormente liderada por Nuno Dias, nunca desistirá de tentar ganhar e honrará sempre o clube. E isso é aquilo que devemos pedir a quem defende as nossas cores.