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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

25
Out19

Da transição para a indefinição


Pedro Azevedo

Olho para a equipa do Sporting e vejo apenas 1 princípio: ter a posse da bola. Ou seja, para nós, ter a posse da bola é o contrário de não a ter, o que dará alguma ilusão de controlo do jogo. A partir daí, o que fazer com ela, como a circular, para e por onde queremos levar o adversário ao engano, ligação entre sectores, etc, são tudo abstracções ou um conjunto vazio aos olhos de um adepto. Ora, ao fim de 1 mês de trabalho isto começa a incomodar um bocadinho. Principalmente, porque o Keizer original, aquele senhor conterrâneo do Rinus Michels que se perdeu conjuntamente com as suas ideias algures nas cercanias do Castelo de Guimarães, teve um impacto imediato na nossa equipa de futebol. Com alguns princípios simples, visíveis para qualquer adepto, de saída de bola pelos centrais, não recúo do jogador da posição "6" para auxiliar a construção (mantendo-se na sua linha), circulação da bola a 1 ou 2 toques, movimentos dissuasores dos alas para disfarçar a real intenção de conduzir o jogo pelo centro, movimentos de aproximação à bola em carrossel e não de procura de profundidade e recuperação da bola em 5 segundos. Bem sei que, a partir do momento em que passou a ser treinada por um clone medroso do "Mona Lisa" e, mais tarde, por dois sósias no gosto capilar, a equipa já oscilou em tantos sistemas tácticos - do 4-3-3 com 3 médios de perfil para apenas 3 defesas, da Táctica do Quadrado para o losango no meio, de uma reminiscência do célebre WM de Herbert Chapman aquando da recepção ao Linz para um duplo-pivot - que a maioria dos jogadores estará tão baralhada e tanto à beira de um ataque de nervos que isso inevitavelmente prejudicará o seu desempenho, mas tal só tem vindo a agravar a perda de qualidade evidente face ao plantel da época transacta. Não se podendo mudar os jogadores (chega de investidas desastradas ao mercado), a única solução possível para a época não vir a ser um total descalabro será o jogo colectivo sobrepor-se às individualidades. Acresce que não há que ter medo de ir lançando jovens como Matheus Nunes, Rodrigo Fernandes, Eduardo Quaresma, Nuno Mendes ou Pedro Mendes, na medida em que não só não são inferiores a alguns dos jogadores contratados nas duas últimas janelas de transferências como estarão certamente muito motivados e a sua incorporação inevitavelmente acabará por estimular alguns actuais titulares que adoptaram o modo sono como postura preferencial. (A propósito, talvez convenha estancar o discurso que os nossos jovens estão a ser preparados e que a progressão deve ser gradual quando um anafadito artista do raggaeton entra logo de caras na equipa.)

No final do dia, não deixa de ser curioso que há sensivelmente 1 ano atrás, goleada após goleada inflingida aos nossos adversários numa série de 7 jogos de enfiada, se discutia a debilidade da nossa transição defensiva, preocupação que de tão ecoada por experts e prontamente comida de cebolada por muitos Sportinguistas, Estrutura e equipa técnica incluídas, nos conduziu aqui. Hoje, simplesmente, discute-se a transição dos adeptos para o desespero (e não me estou a referir às claques e suas motivações)... 

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