Caro é quem não produz...
Pedro Azevedo
À atenção de quem de direito, quando se fala em ir buscar alguém que nunca nos quis, tem um ordenado astronómico e falhou nos três últimos clubes que representou (Vietto), e se diz ter-se aberto a porta de saída a dois dos jogadores com melhor rendimento nos últimos anos no Sporting (Coates e Bas Dost), aqueles que conjuntamente com Bruno Fernandes, Acuña, Mathieu, Raphinha e, vá lá, Battaglia e Wendel, constituem o núcleo duro de qualidade da equipa principal do Sporting.
Caro é quem pertence a uma classe média/baixa de futebolistas e não apresenta um rendimento de acordo com o seu salário/condições de empréstimo. Como Gudelj, actualmente, ou Campbell e Markovic no passado: jogadores que, além de não provarem, têm um custo de oportunidade, pois estancam a progressão desportiva e a valorização económica de jovens com potencial interessante. Aliás, se o sérvio e o maliano Diaby são tão bons jogadores, ao ponto de Keizer não prescindir deles, certamente não teremos qualquer dificuldade em vendê-los acima do valor do investimento que representaram para nós. Ou não? Ou será que as apostas do treinador e suas consequências no modelo de sustentabilidade económica só espõem à saciedade o equívoco que foi a sua contratação?
Por último, já estamos todos cansados de sondagens de opinião promovidas através dos jornais. A boa gestão implica boas ideias e convicção na sua implementação, e certamente não será a delapidar a pouca qualidade já de si existente no plantel e a manter pesos mortos que se ganhará a apreciação dos sócios. Por muito boa imprensa que se tenha e por muita compaixão que se sinta pela banalidade dos discursos.