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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

Castigo Máximo

05
Ago19

Tudo ao molho e fé em Deus - Crónica de uma derrota anunciada


Pedro Azevedo

Acabado de chegar do Estádio do Algarve, sinto que esta crónica deverá ser uma não crónica. Pelo menos, do tipo a que habituei os Leitores. Perguntar-me-ão o porquê. E eu respondo: no meu entendimento, o sentido de uma crítica deve ser ajudar a evitar algo de negativo que se antevê, de forma a que, mudando o que não está bem, os receios do seu emissor não se venham a concretizar de facto. Por isso, temendo o pior, nunca me coíbi de fundamentar aquilo que não me parecia bem, na esperança de poder despertar consciências em quem tem responsabilidades no clube. Depois de uma debacle como a sofrida esta noite, a crítica já não me parece ter um objectivo, na medida em que não poderá alterar nada e apenas servirá para expôr um determinado estado de alma, ou satisfazer uma vaidade individual. Ora, eu já disse aqui inúmeras vezes que preferirei sempre não ter razão e ela assistir ao meu clube, pelo que não será por isso que usarei este espaço usualmente satírico para achincalhar o clube da minha paixão.

 

Sejamos francos, o Sporting não perdeu esta noite devido ao sistema de 3 centrais que eu tinha antecipado aqui no "Castigo Máximo" poder ser a surpresa de Keizer. Pelo contrário, tal até baralhou o Benfica durante bastante tempo na primeira parte. O Sporting perdeu, porque o Benfica tem melhores jogadores, atletas com a qualidade-extra do meio campo para a frente que a nós nos falta (com a honrosa excepção de Bruno Fernandes). Por isso aqui tanto batalhei para que não se comprasse em quantidade e se apostasse na qualidade, nomeadamente procurando no mercado um ponta-de-lança com mobilidade, técnica para ligar o jogo da equipa e poder de concretização na área. É de jogadores com a capacidade de fazer a diferença que estamos necessitados, e por eles toda uma outra estratégia deveria ter sido implementada, apostando em jovens da nossa Academia como as tais segundas linhas para compôr o plantel em detrimento dos reforços(?) que fomos buscar ao mercado, de forma a conseguirmos manter os nossos melhores jogadores e poder acrescentar-lhes mais um elo vindo de fora que ajudasse a engrenagem a funcionar de forma mais oleada. Infelizmente, não foi isso que aconteceu. 

 

Onde eu questiono Keizer é no valor relativo que vê em jogadores como Diaby em detrimento de um Matheus Pereira ou de um Jovane (esta noite indisponível por lesão), exemplo de um exponencial de situações em que a nossa Formação é deixada para trás em função da integração de elementos que ninguém percebe muito bem como despertaram o interesse do nosso Scouting. O caso do maliano é disso sintomático, na medida em que se torna insuportável para a vista observar alguém vestido de verde e branco e com o leão rampante ao peito a abusar assim tanto da canela, facto que nem para a Fábrica dos Pastéis de Belém o aconselharia. Também me interrogo como é possível não se vêr evolução em Raphinha, um promissor jogador que continua a definir muito mal as jogadas. Estas coisas não são trabalhadas? O brasileiro esteve umas vinte vezes em situação 1x1 contra defesas do Benfica e em todas decidiu com pouco critério. Ora, quando do outro lado temos um Rafa, ou um Pizzi, com uma taxa de aproveitamento desse tipo de lances muito boa, o nosso destino está lançado.

 

Uma última menção a algo que eu havia aqui dito no Sábado: a Direcção do Sporting deveria ter reagido publicamente na sequência das notícias que davam conta do pedido alegadamente formulado por Bruno Fernandes para sair. Se o tivesse feito, Bruno e o grupo teriam sido defendidos e o foco no jogo mantido. Mais, não me parece bem que na ante-véspera de um jogo de capital importância, um momento que deveria ser de total concentração, a Direcção do clube aceite encontrar-se com emissários do Tottenham, o empresário do jogador e o próprio Bruno Fernandes que é bom não esquecer ainda é o capitão da equipa. Esse assunto deveria ter sido adiado para data posterior à Supertaça, evitando-se assim um foco de tensão para o jogador, balneário, sócios e adeptos, os quais deveriam sim estar todos agregados à volta da necessidade de vencer o Benfica. 

 

Nada mais tenho a dizer numa ocasião em que a frustração é muito grande e o sentimento de impotência ainda maior. Resta-me a confiança inabalável na melhor massa associativa do mundo, a única em Portugal capaz de permanecer resiliente perante seja qual for a adversidade, e a certeza que o Sporting se irá reerguer como o enorme clube que é. Aliás, derrotas destas não me fazem ser menos sportinguista, bem pelo contrário. É nestes momentos que gosto de tirar a camisola verde e branca do armário e mostrá-la sem vergonha, com todo o orgulho numa história feita de glória. Sim, porque nunca fui pessoa de esconder a cabeça na areia como a avestruz. Em todos os momentos. Tal como o Sporting. O Sporting, não o A, o B ou o C, a razão disto tudo. Amanhã será outro dia.

 

Tenor "Tudo ao molho...": Idrissa Doumbia e Thierry Correia, os únicos a merecerem nota positiva. Renan evitou números mais pesados, Wendel perdeu o gás todo contra o vento, Mathieu (grande jogador) cometeu um erro de amador, Acuña provou ainda não estar em condições físicas, Bruno esteve nervoso e decidiu anormalmente mal, dos outros é melhor nem falar.

 

P.S. Ah, e quanto à super aposta na Formação em que alguns acreditam, cumpre dizer o seguinte: no início eram 15. Depois, Iuri não foi para estágio. E lá foram caindo, um após outro, de modo que nos 18 escalados para a Supertaça estavam dois, apenas dois (Thierry e Max). Alguns desaparecidos em combate, como Abdu Conté, após ter sido encarregado da missão suicida de ter de enfrentar sistematicamente dois adversários perante a complacência do recém-recruta Vietto, outros como Matheus Pereira desterrados para zonas densamente minadas. Ou é impressão minha, ou este enredo da Formação está cada vez mais parecido com ‘Os doze indomáveis patifes’. 

30
Jul19

Em 3-5-2 para a Supertaça?


Pedro Azevedo

Trago este tema à colação por me parecer relevante e ainda não o ter visto discutido em blogues ou jornais desportivos. Em 3 de Fevereiro deste ano, aquando da recepção ao Benfica para o campeonato, o Sporting apresentou-se no tradicional 4-3-3 e deu-se mal. Os movimentos frontais de Felix, em aproximação a Seferovic, criaram uma igualdade numérica em redor da grande área leonina que aliada aos movimentos em diagonal de Rafa provocou uma grande desestabilização do último reduto leonino. A tentativa de Keizer de o compensar acabou por se revelar uma emenda pior que o soneto, na medida em que o recúo de Gudelj abriu uma auto-estrada no meio do campo por onde Samaris e Gabriel circularam à vontade. É certo que Mathieu não jogou (lesionado) e sim André Pinto, mas a verdade é que o treinador leonino não terá ficado convencido de que toda a superioridade benfiquista - gritante nesse jogo - adviria dessa contrariedade e no jogo da Taça de Portugal contra o nosso rival de Lisboa arriscou jogar com 3 centrais. 

 

Tendo em conta que correu bem, e independentemente desse sistema táctico não ter sido treinado na pré-época, não é de todo impossível na minha opinião que Marcel Keizer prepare essa surpresa para Domingo. Rafa e Seferovic continuam para os lados da Luz, Felix será rendido por Raul de Tomás, pelo que os "encarnados" não mudarão muito - dinâmicas à parte, pois o actual "colchonero" movimenta-se mais e tem outra criatividade - face à época passada. Nesse sentido, talvez não fosse mal pensado dar mais liberdade a Doumbia para ir à caça, colocando-o na mesma linha de Thierry Correia, Wendel e Acuña, com Bruno Fernandes um pouco mais à frente, Raphinha solto a partir do corredor direito (mas não preso aí) e Dost como ponta-de-lança. No fundo, mais do que um 3-5-3, um 3-4-1-2. Quanto aos 3 centrais, eles poderiam ser Coates, Neto e Mathieu, ou Coates, Mathieu ou Borja, ou até, para quem goste de sofrer, Ilori, Coates e Mathieu. 

 

Perante o arrazoado que aqui descrevi, peço aos Leitores a sua opinião, nomeadamente pretendendo saber se consideram razoável esta possibilidade, se a usariam mas com outros jogadores, ou se a afastam de todo.

18
Jun19

O Felix e o Demiral


Pedro Azevedo

Os diários desportivos portugueses fazem hoje manchetes com a transferência de João Felix para o Atlético de Madrid. O valor pelo qual, alegadamente, o jogador irá sair, não sendo indiferente para ninguém, não nos deverá desestabilizar. Deve ser claro para todos que dentro de uma política de comunicação que pretende traduzir uma estratégia de hegemonia no futebol português, o jogador teria de sair pela cláusula de rescisão e constituir uma das maiores vendas de sempre a nível mundial. Não creio, no entanto, que não haja um conjunto de contrapartidas, que irão da compra de jogadores a preços relativamente inflacionados até às comissões pagas na totalidade desses negócios que não baixem significativamente o preço da transferência. Nada, aliás, que o próprio Sporting (com o mesmíssimo Atlético de Madrid) não tenha já feito no negócio Gelson/Vietto, pelo menos na avaliação que foi feita do jogador argentino (eventuais comissões não foram divulgadas). Logo veremos, o que não invalida que o Benfica vá certamente fazer um óptimo encaixe e que tal só tenha sido possível pelo indesmentível mérito de ter apostado num jovem na equipa principal. 

 

A mim, que incomoda tanto foco na casa do vizinho, interessa-me muito mais o que se passa na nossa casa. E, nesse sentido, dou mais relevância ao facto de o conceituado portal italiano Calciomercato andar há uma semana a divulgar que Demiral será jogador da Juventus, num negócio que rondará os 15 milhões de euros. Afinal, andamos há tanto tempo a desvalorizar a nossa Formação, a dizer que não há qualidade - nada disto invalida que se trabalhe mais, melhor e com outras condições nos escalões jovens -, e tínhamos aqui à mão um jogador super talentoso e que futuramente integrará, lado-a-lado com Cristiano Ronaldo, o plantel de um colosso como a "Vecchia Signora". O que me leva a outra interrogação: se Demiral tem ficado no Sporting, o que se diria dele hoje? O mais certo era não ser aposta e ser apontado como mais um daqueles a quem faltaria algo para se impôr no clube, razão pela qual seria dado primazia a um Marcelo ou um André Pinto, por exemplo. Assim sendo, que garantias temos nós, sportinguistas, que não haja mais "demirais" em Alcochete que conosco nunca jogarão? Mais do que o "barulho das luzes" com que os Illuminati do futebol português nos pretendem brindar, estas são as questões que a meu ver merecem reflexão. Até porque o passado não se pode mudar, mas o futuro dependerá de nós e das nossas convicções. Tal como a nossa sobrevivência, é bom não esquecer.

 

P.S. Aos 25 anos, Ilori foi avaliado em 4M€ (compra de 60% do passe por 2,4M€). Aos 20 anos, Demiral saiu por 3,5M€, valor ao qual ainda há que deduzir 300.000 euros pagos em comissões (conforme último R&C). Bem sei, diferentes administrações. O mesmo clube, no entanto...

P.S.2. Ou há um Gabinete Técnico, transversal a cada administração da SAD, que faz a pré-avaliação de cada jogador da Formação e as suas conclusões são letra de lei, significando que daí depende a ascenção dos jovens futebolistas à equipa principal, ou então a avaliação da Formação fica a cargo de cada nova administração da SAD, com todos os riscos políticos inerentes a tal. 

demiral1.jpg

16
Jun19

Tudo ao molho e fé em Deus - Caiu para eles


Pedro Azevedo

Há Dias assim: Nuno Dias consegue fabricar equipas que são um orgulho para os sportinguistas. Ganhando ou perdendo, caímos sempre de pé, com honra, dando tudo, como aliás o treinador Joel Rocha, num assomo de "fair-play", teve a dignidade de reconhecer ("um grandíssimo Sporting").

 

Antes do jogo, Nuno Dias pedia solidariedade e Joel Rocha apelava à inspiração dos jogadores. Nenhum falou de sorte, mas um verdadeiro "chouriço" (é aproveitarem a dica e pedirem um patrocínio à Nobre) acabaria por se revelar decisivo na atribuição do título de campeão.

 

O jogo iniciou-se diante de um cachecol benfiquista, estratégicamente colocado na projecção do centro do ringue, onde se podia ler "o braço armado das modalidades". Que o Estádio da Luz seja de betão armado é lá com eles, mas um grupo de adeptos armados em parvos já é coisa que mexe com todos nós. Bem sei que IRA parece ser a característica comum a adeptos radicais de vários clubes, porém não se compreende como estas coisas não são banidas dos recintos desportivos. (Este tipo de mensagens bélicas que se podem observar em estádios e pavilhões ainda nos vão custar caro a todos.)

 

O Benfica começou melhor e rapidamente ganhou uma vantagem de dois golos, ambos marcados por Raul Campos. O Sporting reduziu por Cardinal, mas a sequência do lance merece um asterisco: as imagens mostraram única e exclusivamente Roncaglio, o guarda-redes benfiquista, a espetar o seu punho nas costelas do pivô leonino. Um dos comentadores da RTP traduziu tudo para os contribuintes com um "Roncaglio mostra as marcas". Os árbitros resolveram a coisa com um cartão amarelo para cada um...

 

Com o golo, o Sporting cresceu. O jogo ficou mais dividido e Roncaglio (remate de Cavinato) e Guitta (Campos) brilharam. Até que na conversão de um livre marcado após falta sobre Cardinal (até aí o melhor jogador do Sporting), Leo rematou com muita força e empatou a contenda. O factor sorte entrou então em jogo: primeiro, uma defesa de Guitta a remate de Bruno Coelho foi parar outra vez aos pés do jogador do Benfica sem que o guardião, já desenquadrado com a baliza, pudesse fazer algo para evitar o golo; depois, momento surreal do jogo, um pontapé de Erick encontrou o corpo de Campos pelo caminho e a bola caprichosamente anichou-se nas nossas redes. De novo a perder por dois golos de diferença, o Sporting parecia desorientado, mas uma pausa técnica curiosamente pedida por Joel Rocha permitiu à equipa leonina recuperar o sangue frio. Ainda antes do intervalo, e na sequência novamente de uma falta sobre Cardinal e de um livre executado por Leo, Rocha reduziu com um belo golo à Rabah Madjer.

 

A etapa complementar iniciou-se com dois lances polémicos. No primeiro, Robinho após um alívio estendeu o seu pé mais do que o movimento natural e acertou em Cardinal; de seguida, Pany Varela isolou-se para a baliza, mas os árbitros pararam o lance por, recorro novamente aos comentadores da RTP, "Cardinal estar em perigo". Benefício da dúvida neste lance (Cardinal esteve a pôr gelo no pescoço), que não no primeiro. Leo, sozinho, esteve muito perto do empate, mas rematou por cima. Na sequência, Robinho quase marcava. Com Merlim desinspirado, Rocha era agora o elemento mais desequilibrador do Sporting. No Benfica, Chaguinha criva perigo pelos corredores. A precisar de dar a volta ao marcador, a 4 minutos do final, Nuno Dias arrisca no 5 para 4, com Merlim como guarda-redes avançado. Privilegiando a segurança na posse de bola, os lances eram mastigados o suficiente para dar tempo à organização defensiva benfiquista de se reposicionar. Já em desespero, Rocha ganha dois livres, o último dos quais a meia dúzia de segundos do fim. Jogada estudada, toque de Merlim para Cavinato e a bola só parou no ferro da baliza do Benfica. Não havia tempo para muito mais, até porque a bola saiu do ringue e a reposição pertencia ao Benfica, pelo que se pode dizer que o sonho do tetracampeonato ficou ali, a 4 segundos do fim, naquele poste do Pavilhão da Luz.

 

O pior que pode acontecer nestas coisas é, a quente, questionar tudo. Perdemos o campeonato nacional, mas ganhámos, pela primeira vez na nossa história, a Champions. Se é certo que um detalhe nos impediu de chegar a um inédito tetra, não é menos verdadeiro dizer que esta equipa de futsal do Sporting, e o seu treinador, merecem todos os encómios. Não se pode ganhar sempre, mas pode perder-se com honra como hoje aconteceu. Como adeptos, não podemos exigir mais do que isso. Resumindo o que se passou na quadra, no fim do jogo o capitão benfiquista Bruno Coelho disse tudo: "caiu para nós". Parabéns ao Benfica! Há dias assim, mas não há muitos Dias assim. Dias como o Nuno, há poucos. Voltaremos!

13
Jun19

Duros como Rocha


Pedro Azevedo

Jogo certamente criado por uma pessoa sem coração, o futsal é uma modalidade imprópria para cardíacos. Bola cá, bola lá, o sobressalto é constante, pelo que assistir a um jogo destes é como fazer um electrocardiograma com prova de esforço. Um exame.

 

Para não fugir à regra, hoje, no Pavilhão João Rocha, tivemos mais um jogo muito emotivo entre as duas melhores equipas portuguesas da actualidade. Começou melhor o Sporting, respondeu o Benfica, mas ainda durante a primeira parte tivemos a possibilidade de "matar" a partida. Infelizmente, o desperdício de 3 livres directos, fez com que chegassemos ao intervalo apenas com a vantagem mínima.

 

No segundo tempo, o Benfica, mais frio e nada tendo a perder, deu a volta ao marcador. Tudo parecia perdido. Mas a nossa equipa é dura como Rocha e a 30 segundos do fim chegou ao empate. Accionados os desfibriladores, preparámo-nos para o prolongamento. No tempo extra, a nossa superioridade nos minutos iniciais foi gritante. E desta vez a eficácia esteve lá: Rocha e Pany Varela marcaram os golos da vitória. No final, vitória por 5-3, golos de Leo, Merlim, Rocha(2) e Pany Varela. Domingo há mais, no Pavilhão da Luz. Jogo do título, em que os nervos já estarão mais repartidos. 

leo.jpg

P.S. Ganhar ou perder será sempre aceitável. Desistir é que nunca o será. Ganhando ou perdendo, temos como certo que esta equipa, superiormente liderada por Nuno Dias, nunca desistirá de tentar ganhar e honrará sempre o clube. E isso é aquilo que devemos pedir a quem defende as nossas cores. 

01
Jun19

Benfica perde factor casa


Pedro Azevedo

Assim a modos como ganhar no xadrez jogando com as pretas, o Sporting visitou o Pavilhão da Luz e venceu o Benfica por 5-4, após prolongamento (3-3 no final do tempo regulamentar), colocando-se em vantagem na final do campeonato nacional de futsal. Destaque para os dois primeiros golos da noite, da autoria do guarda-redes Guitta. E ainda há quem diga que não há Guit(t)a no Sporting...

guitta2.jpg

13
Mai19

Cenas eventualmente chocantes


Pedro Azevedo

coentrão rio ave benfica.jpg

Destas e doutras cenas eventualmente chocantes se fez a deslocação do Benfica a Vila do Conde, onde um equívoco ou desconhecimento profundo das regras da arbitragem, por parte de Hugo Miguel (e do VAR), ficou ainda mais a nu (em cima do intervalo, validação do golo de Felix) do que o Samaris. Assim vai o pouco recomendável futebol português. 

 

P.S. Fora das minudências do futebol português, o Sporting obteve ontem o seu 35º troféu europeu, consolidando-se como a maior potência desportiva nacional, isso sim uma "cena" digna de registo. 

11
Mai19

Sporting na final da Liga Europa (hóquei)


Pedro Azevedo

O Sporting está na final da Liga Europa de hóquei em patins, ao bater hoje o Benfica por 5-4, num jogo em que dominou desde o início, mas que acabou por complicar ao permitir aos "encarnados" recuperarem de uma desvantagem de 1-4 para a igualdade em pouco mais de 3 minutos. Gonzalo Romero acabou por ser providencial, marcando o golo da vitória quando já faltavam menos de dois minutos para o final da partida. Os restantes golos foram apontados por Platero (2), Gil e Magalhães. Amanhã, na decisão, os leões defrontarão o FC Porto, que na outra meia-final venceu o Barcelona nas grandes penalidades. 

29
Abr19

O cúmulo do descaramento


Pedro Azevedo

Passagem do Comunicado do Sporting Clube de Braga, emitido ontem: "Nos momentos de decisão, o SC Braga foi sempre impedido de disputar o 3.º lugar, sendo também flagrante a forma como o nosso competidor direto foi constantemente favorecido, jornada após jornada, para que o topo da tabela refletisse a hierarquia crónica".

 

Conclui-se da leitura do referido Comunicado que o Braga foi alegadamente prejudicado no jogo contra o Benfica para que... o Sporting saísse beneficiado. Digno da maior atenção da Academia Real de Ciências da Suécia, a fim de que junte aos Nobel da economia, física e química, aos Crafoord de astronomia, matemática, geociências e biologia, aos Aminoff de cristalografia e aos Schock de lógica e filosofia, a atribuição do prémio Salvador à "ciência" do descaramento. 

 

Por falar em Schock, quem choca é a galinha, mas o Ovo de Colombo não é para todos... 

 

 

12
Abr19

"Hat-trick"


Pedro Azevedo

Todo o mérito ao "hat-trick" de João Félix (parabéns!) ontem na Luz, mas em matéria de tirar coelhos da cartola eu prefiro Bruno Fernandes. Os três golos marcados esta época ao Benfica e, muito principalmente, os dois que garantiram a presença no Jamor, assim o demonstram. Importante relembrá-lo quando se aproxima a Páscoa, época de esperança e de renovação de vida, que, curiosamente, tem o coelho como um dos seus símbolos.  

07
Abr19

A lenda de Maia


Pedro Azevedo

Quase a completar 48 primaveras, Miguel Maia é uma lenda do voleibol nacional. Do seu currículo constam 16 títulos de campeão nacional, mais 7 do que os alcançados pelo FC Porto e mais 3 do que os ganhos pelo Técnico - dominador desde o final da 2ª Grande Guerra até meados dos anos 60 - e pelo combinado de Sporting e Benfica juntos. Se Miguel fosse um clube, seria o segundo mais titulado de sempre, só superado, e por curta margem, pelo Sporting de Espinho (18 campeonatos). Distribuidor na quadra, assim também o tem sido no que concerne aos clubes pelos quais vai vencendo a prova máxima do voleibol português. Entre a Costa Verde e Alvalade, ganhou 11 campeonatos pelo Sporting de Espinho, 1 pela vizinha Académica e 4 pelo Sporting Clube de Portugal, numa carreira marcada pela simbologia do verde, ele que sempre se assumiu sportinguista de coração. 

Quarto classificado em dois Jogos Olímpicos consecutivos (1996, 2000) na variante de Beach Volley, venceu com o Sporting de Espinho uma taça europeia (Top Teams, 2000/01) na variante indoor.

Ontem, no primeiro jogo da final do campeonato nacional, Miguel Maia voltou a ser decisivo. Do outro lado estava o Benfica, clube a quem o Sporting ainda não tinha vencido nos 3 jogos disputados esta época (2 para o campeonato e 1 para a Taça), mas a experiência e qualidade de Miguel e Denis (duo que será nonagenário este ano), associadas à potência e colocação de Bojic trocaram as voltas ao rival. No final, uma vitória leonina. E por 3-0! 

Com esta vitória, o Sporting desloca-se no próximo fim de semana ao pavilhão da Luz para disputar duas partidas frente ao Benfica com a certeza de que não perderá a série aí. Caso ganhe um dos jogos, então terá a oportunidade de resolver a final no Pavilhão João Rocha. No cenário ideal, se vencer as duas vezes, sagrar-se-á campeão nacional pela sétima vez na sua história, o que seria a décima sétima (!) de Maia. 

sportingbenfica volei.jpg

04
Abr19

Tudo ao molho e fé em Deus - (C)risto vive em Bruno


Pedro Azevedo

Três jogos contra o Benfica, três golos de Bruno Fernandes. Se o primeiro, para o campeonato, não foi suficiente, os dois marcados para a Taça - como a primeira mão aconteceu no tempo do Paleolítico Inferior talvez valha a pena relembrar que fez um grande golo na Luz - foram decisivos. Ontem, deu mais um passo no sentido de se tornar uma lenda em Alvalade, com um lance de génio culminado num remate que deixou o Svilar das Perdizes com vontade de ir à bruxa.

 

Por falar em bruxas, eu não acredito nelas, mas já diziam os espanhóis "que las hay, las hay". Apesar disso, pobre incauto, acreditei que o Ristovski estaria no "derby". Mas não. Se calhar não era má ideia o Conselho de Arbitragem substituir os testes de aptidão física por testes de física, pois as Leis de Newton são princípios de dinâmica (e de inércia) que convinha consultar. Até porque sempre é informação mais científica do que aquela que o senhor Piscarreta anda a propagandear na televisão, nomeadamente quando diz que o jogador Manafá, no Braga-Porto, não teve intenção de pôr a mão na bola porque "estava de olhos fechados". É no que dá confundir cubismo com cubanos, dá tanta vontade de rir que até a barraca "Havana". Já sobre o senhor Mota, que foi premiado pela "exibição" em Chaves com uma indigitação para a primeira semi-final da Taça, não sei se é por ser talhante, mas quando nos apita estamos sempre "feitos ao bife"... 

 

O Conselho de Disciplina puniu Ristovski - o homem parece que foi condenado a uma Via Crúcis - com um jogo de castigo e indeferiu o recurso leonino, mas a injustiça, quer em termos absolutos, quer em termos relativos (vidé lance de Wilson Eduardo sobre Corona no Braga-Porto), da suspensão do macedónio uniu ainda mais a equipa do Sporting. Na natureza, nada acontece por acaso, e o arrefecimento súbito da temperatura em Lisboa foi só o presságio de que a vingança é um prato que se serve frio. 

 

O Sporting começou o jogo a toda a velocidade e nos primeiros 10 minutos andou perto da baliza do Benfica por três vezes, através de remates de Gudelj - melhor exibição desde que joga de leão ao peito - , Bruno Gaspar e Wendel. Apesar do maior ímpeto leonino, assente numa ousada táctica de 3 defesas, lutava-se mais do que se jogava, destacando-se apenas um remate de Luíz Phellype (29 minutos) e um de Fejsa (primeiro e único chuto dos encarnados à baliza durante a primeira parte), ainda assim não verdadeiras oportunidades. O árbitro ia-se perdendo no critério disciplinar, começando por não punir um jogador de cada equipa para acabar salomonicamente a castigar dois inocentes.

 

A etapa complementar praticamente abriu com uma perdida de Seferovic diante de Renan. Respondeu o Sporting com um livre de Bruno Fernandes que embateu na barra. O Benfica vinha com uma postura mais ofensiva e os leões aproveitavam para jogar entre linhas. Luíz Phellype conseguia dominar a bola e segurar os centrais e isso abria boas perspectivas a Bruno Fernandes. Eis então que Keizer, que já anteriormente havia trocado Gaspar por Ilori, provavelmente com receio de que o lateral visse o segundo amarelo, decide meter a "carne toda no assador" (senhor Mota, esta não é para si) e troca Borja por Diaby, passando Ilori para a linha dos 3 de trás. Logo de seguida, Bruno recebeu a bola na meia direita do ataque leonino, driblou para dentro e colocou a bola no ângulo da baliza defendida por Svilar. Com a eliminatória na mão, o Sporting não abrandou o ritmo. O jogo estava electrizante e Seferovic, primeiro, e Raphinha, depois, podiam ter marcado, mas o resultado, com toda a justiça, já não se alteraria. 

 

Ristovski esteve de fora, mas viveu em Bruno Fernandes. Em tempo de cristianismo no futebol mundial, Bruno, a quem também foi concedido um dom imenso, é, hoje por hoje, o grande redentor do sportinguismo. O cordeiro do deus da leoninidade, que dentro do campo se transforma num leão e que, pouco a pouco, vai trazendo de volta aos estádios, cafés e sofás ao pé de um televisor as "ovelhas" que tresmalharam, mas que não deixam de ser sportinguistas como nós. Por isso, perante a Porta 10A, eu confesso: eu sou um brunista (fernandista)! ("Ich bin ein...")

 

Nota: para quem ficou muito escandalizado por Keizer ter admitido gostar mais de ganhar por 3-2  em vez de 1-0, é só para dizer que o holandês ontem preferiu o 1-0...

 

Nota 2: no duelo particular de golos das estrelas de Sporting e Benfica nos "derbies" desta época, Bruno Fernandes esteve a perder 0-2, mas ganhou a João Félix por...3-2. Dado o "hype" que o encarnado atingiu, deve ser coisa para, no mínimo, garantir a Bruno o epíteto de "menino de diamante"...

 

Tenor "Tudo ao molho...": Bruno Fernandes.

Destaques: Acuña e Mathieu, os delfins de Bruno, Gudelj por ter dado mais ao jogo do que habitualmente, Raphinha pela pressão que fez sobre a linha defensiva benfiquista (é ele que ganha a bola do golo), não a deixando subir, Phellype pela capacidade de segurar a bola no meio campo contrário. Todos os outros, sem brilhantismo, não comprometeram.

golo de bruno fernandes ao benfica.jpg

(Imagem: Record)

03
Abr19

Contas de matemática


Pedro Azevedo

A matemática, que é uma ciência exacta e não esotérica como a arbitragem, ensina-nos quase tudo: o que nos divide, diminui-nos, excepto quando o fraccionamento é pela unidade, situação em que a nossa força se mantém exactamente igual, ou quando o divisor é zero, ocasião em que o nosso poder se torna infinito. Hoje, durante o jogo com o Benfica, todas as desavenças têm de ficar para trás. Apenas uma coisa interessa: somar uma vitória que nos permita vingar o que se passou o ano passado no Jamor. Para que tal aconteça, logo à noite, no estádio ou à frente do televisor, temos de multiplicar o nosso apoio.

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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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