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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

15
Nov19

Tudo ao molho e fé em Deus - Ronaldo livre de SAR(R)Ilhos


Pedro Azevedo

Tinha passado o dia do jogo angustiado. É que lendo os jornais, o Cristiano, o nosso Ronaldo, estava acabado. Aparentemente, já há pelo menos 3 anos, nós é que ainda não o tínhamos descoberto. Inclusivé, entre as aves de agoiro que o anunciavam estava uma figura com o impacto do Fernão Capello Gaivota, uma daquelas que sonhou e voou mais alto. Temia portanto o pior para o desafio contra a Lituânia. 

 

Mal o jogo se iniciou, o Ronaldo mostrou não estar no seu melhor. É que demorar 7 minutos para ganhar uma grande penalidade só podia ser demonstrativo de um retrato de Dorian Gray envelhecido. Vejam lá que na conversão o guarda-redes dos bálticos até tocou na bola... Mais um quarto de hora e pumba! Nem uma fintinha nem nada, apenas um remate em curva a beneficiar da falta de asas do guardião lituano. Estava triste e mais triste fiquei quando o Cristiano decidiu dar o peito às balas e na sequência deixar a bola redondinha a 10 metros nos pés do Gonçalo. Haja paciência!

 

O segundo tempo continuou no mesmo tom, o tom do "já Bocage não sou" que marca os últimos anos de Ronaldo. Talvez por isso, só marcou mais um golo, o 48º em 49 jogos no reinado do engenheiro Santos. Diga-se que foi um golo irregular, na medida em que o CR7 foi buscar mais uma perna sabe-se lá onde enquanto a bola, dado o peso da idade, lhe passava pelas duas outrora gloriosas com que nasceu.  

 

Cansado, nem acabou o jogo, entre "selfies" no meio do campo e um saída à "prima donna" a abraçar o engenheiro Santos. E pronto, está acabado, o homem não respeita mesmo ninguém. Vejam lá que agora até se prepara para tirar o tapete (persa) ao iraniano Ali Daei...

 

É realmente triste assistir ao canto do cisne de um grande jogador...

ronaldo14.jpg

15
Out19

CR700!


Pedro Azevedo

"Another day, another dollar", como se costuma dizer nos mercados financeiros. Nada de novo, portanto. Podem máquinas poderosas de comunicação estabelecer as narrativas que quiserem, mas no fim do dia o rei é Ronaldo. E quando o proto-aspirante ao seu ceptro é o melhor defesa ucraniano, então está tudo dito quanto à "sucessão"... 

 

P.S. Não tenho qualquer simpatia pessoal por Rafael Leão desde que rescindiu com o Sporting, mas sou só eu que vejo que ele é o melhor avançado português depois de Ronaldo?

14
Out19

Cristiano Harshad


Pedro Azevedo

Quase a atingir o número em golos que o Rei Salomão conseguiu em esposas, Cristiano Ronaldo prepara-se para entrar no exclusivo clube de goleadores onde só cabem Pelé, Romário, Gerd Muller, Puskas e o austríaco naturalizado checo Josef Bican, este último simultaneamente o mais deconhecido e letal do lote.

 

Hoje, frente à Ucrânia, Ronaldo poderá atingir o golo 700 da sua carreira em jogos oficiais. Um número mágico, ou não fosse setecentos o resultado da soma de 4 números primos consecutivos (167+173+179+181) e também um "número de Harshad" (inteiro que pode ser divisível pela soma dos seus digitos e dar como resultado um outro inteiro), nome dado pelo matemático indiano Kaprekar a partir da contracção de duas palavras do sânscrito [harsa (alegria) e da (dar)]. Faz sentido!

cristianoportugal.jpg

10
Set19

Made in Sporting


Pedro Azevedo

Um póquer!!!! Noventa e três golos no seu trajecto na selecção portuguesa. Actualmente, só tem o iraniano Ali Daei à sua frente, Puskas e Pelé há muito tempo que ficaram para trás. Mais cinco golos marcados que o dueto (Pauleta, 47 golos; Eusébio, 41 golos) de portugueses que o segue ao serviço da selecção nacional, mais 25 golos do que o rival Messi. Próximo objectivo: 110 golos, record do mundo em selecções. Um jogador de outro mundo. Do Mundo Sporting, evidentemente!

ronaldo lituania.jpg

09
Jun19

Celebrar em casa


Pedro Azevedo

Há 15 anos atrás, perdemos no Estádio da Luz a oportunidade de ganhar o primeiro troféu internacional de selecções a nível sénior. Estive lá e senti a desilusão dos portugueses presentes e ausentes, jogadores e equipa técnica incluídos. Nessa ocasião, não conseguimos imitar o que os holandeses haviam feito 16 anos, no Euro 88, quando derrotaram a União Soviética de Dassaev após uma derrota com a mesma selecção no jogo inaugural. Infelizmente, Portugal, em 2004, após uma derrota no Estádio do Dragão frente à Grécia, em jogo que abriria a competição, viria a perder de novo contra os helénicos na final. Uma ‘tragedia grega’ escrita por Otto Rehhagel ao melhor estilo de Ésquilo ou Sófocles.  Na memória ficaram as lágrimas de tristeza de um, na altura, muito jovem (19 anos) Cristiano Ronaldo, titular indiscutível dessa equipa e a dar os primeiros passos no caminho para o estrelato planetário.  

 

Portugal não falharia novamente o encontro com a sua história no Euro 2016. Em França, contra a equipa da casa, os nossos jogadores conquistaram o troféu, criando uma onda de euforia em todo o território nacional e reforçando o orgulho patriótico em todos os portugueses espalhados pelo mundo, com particular ênfase nos que haviam emigrado para terras gaulesas. No final, Ronaldo manteve as lágrimas, mas agora de felicidade.

 

Hoje, temos a oportunidade de voltar a fazer história, mas agora pela primeira vez em nosso solo. Quinze anos depois, Ronaldo é agora o melhor do mundo. Campeão europeu de clubes e selecções, campeão mundial de clubes, cinco vezes Bola de Ouro, vencedor dos campeonatos de Inglaterra, Espanha e Itália, Cristiano, insigne produto da Formação do Sporting, nada mais tem a provar ao mundo, a não ser a alguns cépticos portugueses do lado errado da 2ª Circular a quem a clubite aguda parece causar uma sensação de ardor que tem início na parte posterior do esterno e se espalha pela faringe. Diga-se em abono da verdade que são poucos, ricos de narrativas, mas pobres de espírito e não representativos do grande clube que é o Benfica. 

 

Como sempre, confiamos em CR7. Mas também precisamos de Rui Patrício, Cancelo, Fonte, Guerreiro, William, Bruno, Bernardo, Guedes, Félix, dos Rubens e de todos aqueles que vierem a pisar hoje o Estádio do Dragão. E de Fernando Santos. E do desfibrilador, que os sobressaltos a que a nossa selecção nos costuma obrigar aconselham especiais cuidados com o coração. Depois, será só juntar a corrente positiva de todos que partilham o orgulho de ser português de uma forma incondicional, pese todo o constrangimento inerente a um ideal de Portugal permanentemente adiado, e, por uma vez, bater o pé a uma económicamente bem mais poderosa nação. É só futebol, a coisa mais importante de todas as coisas verdadeiramente não importantes, mas que nos daria muita felicidade transformar uma laranja mecânica num limão espremido à mão, lá isso daria. Nem que para isso, durante 90 minutos (ou mais), felicidade se tivesse de escrever com um "x"...

04
Jun19

Sr.Feliz e Sr. Contente


Pedro Azevedo

O Senhor Contente juntou-se ao Senhor Feliz, ou Felix, ou lá o que é, no estágio da selecção nacional, noticiaram os orgãos de comunicação social. Houve quem achasse mal as coisas serem postas deste modo, mas creio que não entenderam a mensagem. Era uma piada, uma anedota, ao jeito daquela do Zé dos Plásticos e do Papa - "quem é aquele senhor de branco ao pé do Zé dos Plásticos?" - e assim tem de ser compreendida. Até porque o Sr. Contente é campeão europeu em título e 5 vezes vencedor da Champions, a que junta 5 Bolas de Ouro, e na selecção soma 156 internacionalizações e 85 golos, que o tornam o melhor marcador europeu de todos os tempos. Já o Sr. Feliz, ou Felix, ou lá o que é, ainda está para se estrear pela "equipa de todos nós", como um dia Ricardo Ornellas brilhantemente a baptizou, certamente ansiando pelo dia em que poderá dizer que jogou com o Sr. Contente. 

 

E assim dizem "à gente" como vai este país...

 

P.S. Obviamente, desejo o melhor possível a João Felix, menos quando jogue contra o Sporting, esperando que as postas de pescada - para alguns, "antes de o ser, já o era" - que à sua volta vão debitando não prejudiquem a consolidação de uma grande carreira, nem gerem má vontade contra o rapaz.

23
Mar19

Tudo ao molho e fé em Deus - Traumatismo ucraniano


Pedro Azevedo

Ontem, a selecção portuguesa deu um tombo que o futuro dirá se foi fatal. Prognóstico reservado, portanto, pois com este adversário todos os traumatismos são ucranianos.  

 

Os pupilos de Shevchenko apresentaram-se em campo com uma série de nomes a fazer lembrar aquelas letras que os oftalmologistas costumam dispôr aleatoriamente nos testes de visão, do tipo de um K R Y V T S O V ou de um Y A R E M C H U K, e a verdade é que os portugueses chumbaram no exame (também não havia ninguém do Boavista, não é?). O Fernando Santos, por exemplo, andou sempre a leste.

 

Num jogo que celebrou a imigração e a multiculturalidade em Portugal, com milhares de ucranianos nas bancadas da Luz, 3 brasileiros foram a jogo. Confusos? É verdade! Um alinhou pela "equipa de todos nós" (Dyego Sousa), dois pela Ucrânia (Marlos e Junior Moraes). 

 

Pese as naturalizações, pouco dados a mostrar qualquer outra abertura ao ocidente, os ucranianos montaram uma verdadeira cortina de ferro à frente da sua baliza. E quando os portugueses a conseguiam romper, lá estava Pyatov a segurar a inviolabilidade. Por isso, quando Cristiano Ronaldo, por duas vezes, ou André Silva reclamaram por Glasnost e Perestroika, o guarda-redes logo reprimiu esses intentos.

 

Simultaneamente, o Fernando Santos lá ia mostrando aquela cara de poucos amigos. Mas se há povo que não se deixa impressionar por essa rigidez da face é o ucraniano, gente trabalhadora, desenrascada e moldada pelas agruras da vida. Assim, os onze em campo não desmontaram a teia que foram urdindo e ao engenheiro faltou a vassoura ou, pelo menos, a lagarticha (Bruno Fernandes?) que a destruísse. Também o facto de ter deixado uma das estrelas emergentes da Premier League (Diogo Jota) no banco em detrimento de um André Silva ou de um Rafa (o primeiro a entrar) não terá ajudado à festa. A bem da verdade, a coisa esteve para ficar ainda mais negra, quando o Chef Patrício serviu um frango à Kiev. Valeu ao Rui que um ucraniano tivesse ido com tanta sede ao pote que não conseguiu a frieza necessária para não entrar em fervura. 

 

E assim, condenados a sofrer até ao fim "comme d`habitude", os portugueses iniciaram a defesa do título europeu conquistado em França.

 

Tenor "Tudo ao molho...": Pepe

ronaldoucrania.jpg

29
Set18

Top 20 dos Goleadores em Campeonatos Nacionais (Europa)


Pedro Azevedo

 Jogador País de nacionalidade Campeonatos Golos
Josef Bican Áustria/Checoslováquia Áustria/Checoslováquia 518
Ferenc Puskas Hungria/Espanha Hungria/Espanha 517
Imre Schlosser Hungria Hungria/Áustria 417
Gyula Zsengeller Hungria Hungria/Itália 411
Jimmy McGrory Escócia Escócia 410
Stjepen Bobek Jugoslávia Jugoslávia/Áustria 403
Cristiano Ronaldo Portugal Portugal/Inglaterra/Espanha/ Itália 401
Ferenc Szusza Hungria Hungria 393
Lionel Messi Argentina Espanha 388
Albert de Cleyn Bélgica Bélgica 377
Gunnar Nordahl Suécia Suécia/Itália 374
Jef Mermans Bélgica Bélgica 367
Jimmy Greaves Inglaterra Inglaterra/Itália 366
Gerd Muller Alemanha Alemanha 365
Ferenc Deak Hungria Hungria 358
Sandor Kocsis Hungria Hungria/Suiça/Espanha 341
Fernando Peyroteo Portugal Portugal 332
Fernando Gomes Portugal Portugal/Espanha 331
Eusébio Portugal Portugal 317
Ruud Geels Holanda Holanda/Bélgica 313

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