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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

22
Jan19

Abel adormecido (e a laranja mecânica)


Pedro Azevedo

E se, amanhã, Abel encontrar uma laranja no seu caminho, não resistir a tentar descascá-la e acabar adormecido pelo sumarento fluido venenoso preparado por Keizer? Sim, bem sei, a maçã...Bom, a maçã é uma estória para meninos, e Abel é tudo menos um menino (de coro). Pelo menos sempre que tem o Sporting pela frente, pois quando é o Benfica já não é bem assim, aparentemente, e até sorri e tudo. 

Para ganhar amanhã, o Sporting tem de ser uma laranja mecânica e, de forma a poder extrair todo o sumo possível, saber aproveitar as lições da mecânica de fluidos. A primeira coisa a fazer é jogar em campo pequeno (aproximar as linhas). A Teoria de Bernoulli aplicada a um jogo de futebol. Estreitando o campo, a pressão sobre a equipa do Braga será maior (aumenta o erro). Aplicada uma forte tensão nos bracarenses, a deformação do seu jogo ser-lhe-á proporcional (Teoria dos fluidos Newtonianos). Depois, será necessário aplicar velocidade. Como tal, proponho algumas alterações na equipa que vai a jogo, de forma a melhor acomodar a ideia inicial (ao mesmo tempo que pouparia alguns titulares para outras batalhas). Assim, para além da habitual substituição nas Taças, de Renan por Salin - o melhor jogo de pés do francês aumenta a velocidade de circulação de bola - daria uma oportunidade no sector recuado ao supersónico Lumor (importante para dobrar centrais posicionados perto da linha do meio-campo, deixando assim muito espaço nas costas). No meio campo, manteria Bruno Fernandes e Gudelj (não estando ainda em condições o Doumbia) e lançaria Francisco Geraldes como "10" (com Bruno de perfil por detrás), de forma a podermos ter dois "registas", dois lançadores de passes de ruptura para as alas e frente do ataque. Como "cereja no topo do bolo", revolucionaria a linha dianteira, fazendo entrar os velozes Jovane (esquerda) e Raphinha (direita), bem como o "Felipe das consoantes", o nosso recém-chegado ponta-de-lança Luíz Phellype. O que Vos parece?

abel.jpg

(Fonte Imagem: Rogério Ferreira/KAPTA+)

21
Jan19

Rotatividade


Pedro Azevedo

Marcel Keizer tem vindo a rodar pouco a sua equipa tendo em vista a preparação da fase decisiva da época, optando por usar sempre o mesmo núcleo duro de jogadores. Ora, tendo em conta o actual estado físico da equipa, que tem sido assacado a uma deficiente pré-época, seria prudente que se alargasse o leque de opções disponíveis, nomeadamente começando a dar minutos aos jogadores comprados em Janeiro. 

Atrás é onde temos menos opções: para além de Salin, alternativa credível a Renan, todo o actual quarteto defensivo é indispensável, sob pena de flagrante queda de qualidade. Assim, Bruno Gaspar não cumpriu aquilo que prometia e hoje está uns furos abaixo de Ristovski, inclusivé onde se presumia que pudesse ser mais forte, isto é, no apoio ao ataque. Além disso, o macedónio é muito mais intenso. Jefferson está a anos-luz da capacidade de luta, comprometimento e disponibilidade física de Acuña, e apenas André Pinto se apresenta como hipótese, embora sem a mesma qualidade, caso Coates ou Mathieu cedam.

Onde me parece que Keizer já deveria ter mexido mais é no sector intermédio e no ataque. No miolo, Miguel Luís está fora da equipa há 4 jogos, algo aparentemente incompreensível para o adepto comum dado que até tinha contribuido decisivamente para a vitória no último jogo em que participou. Desde aí, alternou banco com partidas em que ficou fora da convocatória, não voltando a pisar um relvado. Poder-se-à argumentar que a qualidade do plantel aumentou com o Mercado de Inverno e que há mais soluções, mas a verdade é que Francisco Geraldes foi apenas convocado neste último jogo. Inclusivé, Bruno Paz, que tanto havia prometido contra os ucranianos do Vorskla, não voltou a ter uma oportunidade, algo infelizmente comum a toda a equipa de sub23, da qual outra opção possível para a primeira equipa, Daniel Bragança, já saiu para um clube da Segunda Liga (Farense), presumivelmente para substituir o escocês Ryan Gauld (de volta ao país natal) com quem o Sporting tem uma dívida grande por gestão caótica da sua carreira desportiva. A insistência de Keizer em levar laterais para o banco também tem condicionado a rotatividade no miolo. Sabendo-se que André Pinto pode remendar a lateral direita e que Mathieu até já foi lateral esquerdo, talvez bastasse convocar Pinto, o que libertaria 3 médios e 2 avançados para o banco. Assim, Geraldes e Luís poderiam coabitar no banco, juntando-se a Petrovic, sendo o sérvio a opção mais defensiva (onde caberá o recém-contratado Idrissa Doumbia?). Em relação ao ataque, o período de menor fulgor de Dost já deveria ter sido aproveitado para dar mais minutos a Luís Phellype. Este estreou-se contra o Feirense e deu muito boas indicações, inclusivé mostrando-se mais forte que o holandês na acção de remate de fora da área, onde mostrou potência e colocação. Também a insistência em Diaby tem vindo a limitar as hipóteses de Jovane Cabral (e, em certa medida, também de Raphinha). O ala nascido em Cabo Verde, com muito menos minutos de utilização, tem uma influência no ataque muito superior à do maliano, tendo participado em 17 acções decisivas para golo contra apenas 10 do ex-jogador do Club Brugges. É, por isso, incompreensível que vá tão pouco a jogo ultimamente, enquanto Diaby está de pedra e cal, apenas tendo falhado o recente jogo de Santa Maria da Feira, concomitantemente a partida que me pareceu mais conseguida deste Sporting da era Keizer.

Dadas estas condicionantes, chegamos Quarta-feira ao primeiro mata-mata com grau de dificuldade elevado da época com uma equipa pouco rodada em termos de alternativas de posicionamento ofensivo. Geraldes não foi testado, nem no lugar de Bruno Fernandes nem no de Wendel (recuaria Bruno), não se percebendo o que pode sair dali. Também Phellype nunca foi experimentado em parelha com Dost, outra possibilidade não trabalhada. Portanto, caso seja necessária a sua utilização contra o Braga, ou se tratará de mera troca por troca ou então, qualquer coisa de diferente que venha a ser testada será um enorme tiro no escuro. É que de nada serve querermos um plantel com mais soluções (e agora temo-lo) se depois jogarem sempre os mesmos.

19
Jan19

Xeque-mate!


Pedro Azevedo

A base da ideia de jogo de Marcel Keizer é o domínio do centro, um processo também comum ao xadrez. Por isso, logo à tarde, temos de dispôr as nossas peças no tabuleiro (axadrezado) moreirense de forma a que possamos rapidamente obter o xeque-mate. Os pontos fortes da equipa de Moreira de Cónegos residem no seu meio-campo: à experiência de Fábio Pacheco, potência de Loum e destreza de Chiquinho, somam-se a qualidade técnica, habilidade no 1x1, diagonais e facilidade de remate dos alas Heriberto ou Arsénio que se podem tornar letais para os seus adversários. O ponto fraco será a sua defesa, hoje desfalcada simultaneamente de Ivanildo (emprestado pelo Sporting), Abarhoun (vendido ao Rizespor) e João Aurélio. Há, por isso, que exercer pressão logo à saída de bola e ir flanqueando o último reduto adversário à espera de que se abra uma brecha no centro que deixe Jhonatan desguarnecido. À partida será o suficiente, desde que os cónegos não venham a contar com um inesperado apoio dos bispos.  

moreirense3.jpg

11
Jan19

Os cavalos também se abatem


Pedro Azevedo

Antevendo o clássico de amanhã, há que pensar como sobrepor a força das nossas ideias face à ideia de força que emana do pensamento estratégico inerente às tropas lideradas por Sérgio Conceicao. Para isso, a Marcel Keizer (o Kaiser?), mais do que ser visionário pede-se que seja divisionário, sem que com isso perca nada da sua identidade, pelo contrário reforce os pontos-fortes do seu Keizerbol.

A força do Porto reside essencialmente na sua unidade de cavalaria, formada pelos puros-sangue Marega, Soares, Herrera e Danilo e apoiada pelos blindados Maxi e Felipe. Como tal, o Sporting vai ter de lhes opor uma linha separadora de sapadores de infantaria composta por Gudelj (Petrovic) e Wendel, que deverão assegurar a mobilidade do nosso jogo e, simultaneamente, empreender ações de minagem e demolição que visem interromper a ligação entre a frente e a rectaguarda da cavalaria azul-e-branca. Cumprido este plano, estarão criadas as condições para tacticamente se colocarem em campo as nossas ideias, através de movimentos e apoios frontais, conduzidos pelo centro, que criem espaço e tempo para que a bataria de artilharia liderada pelos capitães Nani e Bruno Fernandes possa expelir o seu poder de fogo. Estabelecido o caos no último reduto adversário, será chegada a hora para as ações rápidas (‘blitz’) e cirúrgicas de guerrilha a cargo de Raphinha. Enfraquecido o poder bélico do adversário no solo, o seu desNorte deve ser potenciado pela entrada em cena da força aérea, através de ações de desgaste permanente a cargo de Bas Dost e/ou de raids planeados e organizados em laboratório para os envolvimentos de Coates e de Mathieu. 

No final, se todos cumprirem o plano, a vitória será nossa. É que os cavalos também se abatem. 

 

(Nota: o meu prognóstico para o clássico é uma vitória do Sporting por 3-2. Só para Keizer marcar uma posição...)

KEIZER VS CONCEIÇÃO.jpg

(Fonte imagem: MVP Desportiva)

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