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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

21
Fev19

Tudo ao molho e fé em Deus - Bruno só


Pedro Azevedo

No Estadio de La Ceramica só Bruno Fernandes "partiu um prato". Também, pouco mais se poderia esperar quando a equipa do meio-campo para a frente foi principalmente ele, Wendel e pouco mais. 

 

Entrando razoavelmente no jogo, o Sporting foi dominado desde o meio da primeira parte até ao intervalo. Valeu a atenção da nossa defesa, apesar dos calafrios causados por Ilori, um homem cujas acções me fazem recordar os primeiros filmes de Brian de Palma e a colecção completa de John Carpenter. Na verdade, por vezes dou por mim a pensar naquele voyeur do "Testemunha de um crime", impotente para virar o curso aos acontecimentos e à espera de uma fatalidade de cada vez que ele caminha displicentemente com a bola...

Por essa altura, a televisão mostrava grandes planos de jogadores de ambas as equipas. Os espanhóis estavam fresquinhos, os nossos pareciam saídos da sauna. Eis então que, contra a corrente do jogo, Bruno Fernandes mostrou a sua multifuncionalidade. Tal como um canivete suiço, o capitão, com pinças, recuperou a bola, cortou as vazas a um Funes Mori que logo sobrevoou, célere e resistente chegou primeiro à bola que o último espanhol e limou a jogada com um remate colocado sem defesa para o guarda-redes do Villareal. O Sporting adiantava-se no marcador na melhor altura possível (em cima do intervalo), cortesia do seu melhor jogador. Mas a vantagem era relativamente imerecida. Havia vários jogadores em sub-rendimento: Gudelj demorava uma eternidade a ultrapassar a zona de pressão espanhola, Jefferson uma nulidade completa, Ristovski pouco afoito, Bas Dost a tabelar sempre mal e Diaby inconsequente. 

 

O tempo complementar iniciou-se com uma combinação promissora entre Bruno e Wendel, ingloriamente perdida por má recepção do brasileiro. O submarino amarelo não conseguia emergir e o Sporting mantinha com facilidade os espanhóis longe da sua área. Eis então que chegou o momento do jogo: Jefferson, que já tinha um amarelo e havia acabado de fazer uma falta, disputou de pé uma bola dividida com um jogador do Villareal que foi de carrinho e acabou por lhe marcar o corpo com os pitons. Impossível determinar se houve intenção ou não, mas o árbitro enviou o nosso jogador para o banho. Irónicamente, o brasileiro - um morto-vivo em termos de utilização que de vez em quando regressa das trevas para nos assombrar, assim ao jeito de um Walking Dead deste triste folhetim leonino em exibição em sessões contínuas em Alvalade - substituía Acuña, um homem sempre acusado de ser intempestivo. A jogar com 10, o Sporting jamais voltou a controlar o jogo. Acresce que a entrada de Cazorla no nosso adversário veio piorar o cenário. O ex-Arsenal começou a pautar todo o jogo do Villareal e a encontrar espaços entre central e lateral. Numa dessas jogadas, os espanhóis chegaram ao empate.

 

Em inferioridade na eliminatória, os leões arriscaram tudo, entrando Phellype e Raphinha para os lugares de Ristovski e de Diaby. Só que Bruno Fernandes foi obrigado a recuar muito para organizar o jogo, afastando-se da zona onde poderia ser decisivo. Com a equipa toda estendida no campo, os contra-ataques villarealenses proliferaram, valendo a atenção e reflexos de Salin num par de ocasiões, defesas que foram mantendo o Sporting no jogo. Até que em cima do apito final do árbitro, Bruno Fernandes encontrou Bas Dost isolado na pequena área, mas o holandês abusou da canela na bola e esta saiu para fora. Um pastel de nada...Em jeito de balanço, não se pode dizer que o resultado tenha sido injusto. O Villareal foi melhor no conjunto das duas mãos, mas a passagem esteve ali à mão (pé) de semear...

 

Tenor "Tudo ao molho...": Bruno Fernandes, por uma milha. Já parece obsessivo, mas é a triste realidade. Esta equipa é assustadoramente "Bruno Fernandes e mais 10". Wendel foi o 2º melhor. Salin, Sebastián Coates (1 erro) e Borja (2 erros), por esta ordem, também mereceram nota positiva. Nada a dizer em termos de entrega ao jogo por parte da generalidade da equipa, simplesmente a qualidade extra para este nível não esteve lá. 

villareal.jpg

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