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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

22
Jan20

Tudo ao molho e fé em Deus - "Marxismo-Leoninismo"


Pedro Azevedo

Um homem pensa já ter visto tudo na vida até ao momento em que chega o dia em que se depara com a insólita situação de ter de observar a equipa por quem dispara o seu coração entrar em campo coxa e toda inclinada para a esquerda, qual Titanic à beira de afundar. De facto, do meio-campo para a frente só com uma ala, o Sporting pareceu um carro sem direcção(!), em sub-viramento constante para a esquerda. Dada a tendência, após o "keynesianismo-keizerismo" que marcou um consulado anterior, é caso para dizer que Silas instaurou o "marxismo-leoninismo". A coisa se não fosse trágica até daria vontade de rir. Afinal, o que nos resta fazer quando o nosso lado direito se transforma no prolongamento da A1 com a A3 e, após o rectificarmos ao intervalo com a entrada de Bolasie, o congolês se faz expulsar infantilmente ao fim de 15 minutos? 

 

Dizem-me alguns com olhos doces (olá Régio!) que o Sporting precisa de tempo, enquanto também eles procuram ganhar tempo. Mas não basta ganhar tempo, é preciso saber-se o que fazer com ele. Nesse sentido, o Sporting destes dias faz-me lembrar uma camisola que em tempos descobri na cidade brasileira de Natal e que tinha inscrita a seguinte mensagem: "comecei uma dieta e em duas semanas perdi... 15 dias".

 

Estamos fora das taças nacionais e no campeonato distamos 19 pontos do primeiro classificado. Olhando para a época passada, eu diria que o tempo não nos está a fazer nada bem. É que se me dissessem no Verão que ao fim da primeira volta estaríamos equidistantes em pontos de Benfica e Aves, eu julgaria que os avenses haviam sido comprados por um excêntrico multimilionário árabe estranhamente apaixonado pelos jesuítas do Concelho. Porém, a realidade é bem diversa e hoje ficou bem patente em Braga, onde durante todo o jogo o grande pareceu ser o Sporting local e não o (enorme) Sporting de Portugal. Porque se na etapa complementar ainda pode haver a desculpa da expulsão de Bolasie, no primeiro tempo o nosso lado direito foi um bar aberto que só não deu mais prejuízo devido aos brandos costumes da cidade dos arcebispos. (Já se sabe que bar aberto dá sempre confusão no fim e por 1 minuto já não fomos a tempo dos 'shots ' de penaltis.)

 

O Sporting é um clube cujo futebol se crê assentar sobre brasas. A Formação então deve estar assente num bico de bunsen. Por isso, não quisemos queimar o Demiral, o Domingos Duarte ou os Matheus, da mesma maneira que, com todo o enlevo, hoje também não queremos queimar o Quaresma. E, para não queimar os jovens da nossa Academia, vamos esturricando as sinapses dos dedicados Sportinguistas e depauperando as nossas frágeis finanças ao ritmo das "contratações cirúrgicas". No entretanto, não temos Quaresma mas já temos a Via Crúcis, o que não deixa de ser invulgar mesmo tendo em conta que se trata do nosso clube. As estações são catorze e nós já atingimos a trágica décima segunda. Resta esperar agora pela ressurreição (do clube, porque de Frederico Varandas apenas espero que com toda a dignidade retire as devidas consequências políticas). Haja fé! Sporting sempre!

 

P.S.1: 21 (de Janeiro) e uma capicua: 12 derrotas...

P.S.2: Até o santo do Mathieu, grande profissional e um senhor, já perde a cabeça...

P.S.3: No final do jogo, Mathieu deslocou-se ao balneário do Braga para pedir desculpa ao nosso ex-atleta Ricardo Esgaio. O gaulês, que no dia em que sair me vai deixar muitas saudades, apesar da inicial atitude irreflectida, mais uma vez demonstrou ser alguém portador dos verdadeiros valores do Sporting (se é que ainda alguém se lembra do que isso é).  

 

Tenor "Tudo ao molho...": Bruno Fernandes

brunofernandesBRAGA.jpg

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