The roof is on fire
Pedro Azevedo
Ler Parábola , do José Navarro de Andrade, em És a nossa FÉ.
Alternativamente: uma obra começou pelo telhado e não pelas fundações. O telhado está a arder. O Chefe dos Bombeiros escolhe ignorar os sinais de fumo. O Presidente, o da Junta, opta por não pôr água na fervura. O povo divide-se entre os que não veem o fogo, quem o quer atear (o que também não está certo) e aqueles que desejariam combatê-lo mas não têm como. Os teólogos desta religião pagã não põem as barbas de molho e preferem discutir o que é um incêndio. Como diria Rimbaud, isto é como viver uma temporada no inferno, em que todos os sonhos inspiradores se desvanecem e os demónios aterrorizantes aparecem. Mas estamos a discutir o telhado? Este Sporting cada vez mais se assemelha ao escárnio de "Uma Ilha na Lua", do Blake, ou a um castigo de Sísifo, um sem-propósito. Há lá obra que se sustente pelo telhado!? Que se dane o telhado, bom seria tratar-se das fundações! Querem pôr as mãos à obra? Pelo Sporting, e só pelo Sporting? Deixando os maniqueísmos de lado e pensando no bem maior? Todos? Ontem, já seria tarde...