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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

09
Abr23

Pagar na mesma moeda


Pedro Azevedo

Ontem, em Wolverhampton, no Molineux, Wolves e Chelsea defrontaram-se. De um lado um ex-Sporting, Matheus Nunes, do outro um ex-Benfica, João Félix. No fim, ganharam os "Lobos" pela vantagem mínima (1-0), com o golo da vitória a ser marcado por Matheus Nunes. Um volley fulminante, a arma que curiosamente celebrizou Frank Lampard, o histórico jogador do Chelsea que regressava neste jogo ao banco dos "Blues" como técnico interino. 

MatheusNunes.jpg

05
Jan23

A justiça tarda, mas não falha


Pedro Azevedo

João Palhinha, um dos ex-Sportinguistas que Fernando Santos praticamente não utilizou durante o Mundial do Qatar, é um dos oito nomeados para o prémio de melhor jogador dos meses de Novembro e Dezembro da Premier League. É caso para dizer que a justiça tarda, mas não falha. Já o ex-seleccionador, falhou e bem. Em toda a linha, ficando até hoje sem se saber o que teria a dizer de sua justiça(?) sobre o não-aproveitamento na "Equipa de todos nós" do superlativo momento de forma de um dos melhores médios defensivos do mundo.

premier playerofthemonth.jpg

31
Jan21

O melhor do futebol


Pedro Azevedo

Foram 75 segundos ininterruptos de posse, 69 toques na bola, 33 passes e 10 jogadores envolvidos: assim aconteceu o terceiro golo do Liverpool, em Londres, contra o West Ham. Isto, sim, é o melhor que o futebol tem, nunca será suficiente relembrá-lo. (Ou como Klopp, conhecido pelo "Gengenpressen" e ataque rápido, mostra que também sabe o que é o Tiki-Taka.)

 

P.S. Já agora, os dois golos de Salah foram de classe pura.

(Vídeo extraído de imagens originais da SportTV)

12
Set20

Electrizante!


Pedro Azevedo

O jogo terminou agora e confesso que ainda estou cansado. Um sentimento que se justifica após o futebol "Heavy Metal" do Liverpool de Klopp ter encontrado dificuldades esta tarde perante o "Rock and Roll" do Leeds de Marcelo Bielsa. Electrizante do princípio ao fim, o jogo saldar-se-ia por 7 golos marcados e mais 4 anulados. 

 

Na sua estreia em nova edição da Premier League, o Liverpool, campeão inglês e mundial em título, defrontava o recém-promovido Leeds. À partida tratar-se-ia de uma vitória fácil para os púpilos de Klopp, mas isso seria menosprezar a capacidade táctica de "El Loco" Bielsa. Assim, o jogo evoluiu para uma batalha entre dois gigantes do treino com princípios semelhantes, com o Liverpool de Klopp a evoluir num sistema de 4-3-3 e o Leeds de Bielsa a alternar entre o 4-1-4-1 e o 3-3-3-1 consoante os momentos do jogo. E se é verdade que os "metaleiros" pressionaram sempre muito o último reduto do Leeds, também não é mentira nenhuma que nunca conseguiram estar absolutamente confortáveis no jogo dada a forma célere como os púpilos de Bielsa se reagrupavam à volta da bola e, ela conquistada, procuravam sair rapidamente com muita gente para o ataque. 

 

No fim, ganharam essencialmente o futebol e os espectadores que puderam acompanhar o jogo pela televisão. No campo, o Liverpool acabou por levar a melhor (4-3) quase no fim após uma infantilidade da mais cara contratação do Leeds neste mercado, o outrora benfiquista Rodrigo que chegou proveniente do Valência. Cada equipa viu ainda dois golos anulados. Salah, com um "hat-trick", foi o melhor jogador. Jack Harrison foi o "Guitar Hero" da equipa do Yorkshire, com um solo artístico que redundou num grande golo.

 

Com o regresso da Premiership, volta também uma forma sublime de encarar o jogo que a todos deve merecer respeito e admiração. Sonho por isso com o dia em que em Portugal teremos semelhantes sentimentos pelo jogo, aquele que só importa ser jogado dentro das 4 linhas, onde os ídolos são os jogadores e treinadores e que se destina a divertir, e não alienar, o adepto. 

klopp e bielsa.jpg

25
Jun20

Liverpool é campeão de Inglaterra!


Pedro Azevedo

Trinta anos depois, o Liverpool sagrou-se finalmente campeão de Inglaterra. Foi também o primeiro título dos "Reds" na era da Premier League (desde 92/93). Com esta vitória o Liverpool obtém o seu 19º título inglês, ficando assim a apenas 1 vitória de igualar o Manchester United (13 vitórias na Premiership) como o clube com mais vitórias na prova.  

 

Sou adepto incondicional do Man U desde pequenino, mas não posso deixar de ficar satisfeito por este título tão ansiado pelo clube de Mersey. A vitória do futebol espectáculo. Verdadeiro rolo compressor, o Liverpool de Klopp lidera o campeonato inglês com 23 pontos de avanço sobre o Manchester City (actual segundo classificado), 31 sobre o Leicester e 32 sobre o Chelsea, quando ainda faltam 7 jornadas para terminar a competição. (Manchester United, a 37 pontos, Tottenham, a 41, e Arsenal, a 43 e com metade dos pontos dos "Reds", ainda distam mais na tabela.) 

 

Impressiona vêr jogar este Liverpool tal a dinâmica empregue pelos seus jogadores. Com bola, desmarcações constantes e grande qualidade de passe. Sem bola, imediato campo pequeno e pressão asfixiante sobre o portador de bola. Transições ofensivas e defensivas vertiginosas (Mané deveria ser multado por excesso de velocidade). Fortíssimos nas bolas paradas, seja livres (Salah, Arnold) ou cantos à procura de Van Dijk. Como cereja em cima do bola, um trio atacante de puros-sangue verdadeiramente indomável que quando complementado pelo belga Origi se transforma numa quadriga Ma-Fi-O-Sa.  

 

Parabéns Liverpool, parabéns Klopp! E viva o futebol como ele deve ser!

klopp1.jpg

28
Dez18

Ensaio - Assimetrias relativas do futebol português


Pedro Azevedo

Olhando para os principais campeonatos europeus, existem pistas que explicam a razão pela qual o ranking uefeiro dos clubes portugueses não permite uma melhor classificação que o actual sétimo lugar. Neste ensaio, pretendo demonstrar que o número de golos marcados nas principais ligas europeias é um indicador relevante.

 

O primeiro quadro que apresento (Quadro 1) mostra um grande nivelamento entre o nº de golos marcados nas diferentes ligas, na temporada 2017/18:

 

Quadro1

Competição Jogos Golos Média golos/jogo
Ligue 1 380 1033 2,718
Primeira Liga 306 826 2,699
Premier League 380 1019 2,682
Serie A 380 1017 2,676
Bundesliga 306 815 2,663
La Liga 380 991 2,608

 

No entanto, se considerarmos apenas os golos marcados pelos 4 primeiros classificados da última temporada (Quadro 2), começa a ficar evidenciada a macrocefalia do nosso futebol, notando-se que os clubes portugueses mais poderosos marcam mais relativamente a outros campeonatos europeus:

 

Quadro 2

Competição Golos %total
Primeira Liga 299 36,2
Ligue 1 306 34,85
Bundesliga 380 33,74
Premier League 380 32,58
La Liga 306 31,89
Serie A 380 28,52

 

O Ranking da UEFA não depende só dos melhores classificados de cada campeonato. Os países com melhor ranking têm direito a fazer-se representar por 7 clubes e Portugal tem actualmente direito a apresentar-se com 5 clubes. Assim, procurei o contributo dos clubes classificados entre o quinto e o oitavo lugar nos respectivos campeonatos nacionais (Quadro 3), na temporada 2017/18:

 

 Quadro 3

Competição Golos %total
Serie A 256 25,17
Bundesliga 196 24,05
Premier League 217 21,30
La Liga 208 20,99
Ligue 1 203 19,65
Primeira Liga 158 19,13

 

Não só o campeonato italiano é aquele em que o contributo dos clubes classificados entre o 5º e o 8º lugares é mais expressivo como também é aquele em que existe menor diferença no item "golos marcados" face aos 4 primeiros classificados de cada campeonato. Os clubes portugueses nesta classificação apresentam o nº de golos marcados mais baixo dos campeonatos mencionados, um indicador de falta de nivelamento competitivo e das assimetrias que marcam o futebol nacional. Deste modo, não é de admirar o fraquíssimo comportamento relativo de clubes como Marítimo, Rio Ave, Paços de Ferreira, Nacional, etc, quando comparados com os seus congéneres dos 5 campeonatos mais competitivos da Europa.

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