Os cavalos também se abatem
Pedro Azevedo
Antevendo o clássico de amanhã, há que pensar como sobrepor a força das nossas ideias face à ideia de força que emana do pensamento estratégico inerente às tropas lideradas por Sérgio Conceicao. Para isso, a Marcel Keizer (o Kaiser?), mais do que ser visionário pede-se que seja divisionário, sem que com isso perca nada da sua identidade, pelo contrário reforce os pontos-fortes do seu Keizerbol.
A força do Porto reside essencialmente na sua unidade de cavalaria, formada pelos puros-sangue Marega, Soares, Herrera e Danilo e apoiada pelos blindados Maxi e Felipe. Como tal, o Sporting vai ter de lhes opor uma linha separadora de sapadores de infantaria composta por Gudelj (Petrovic) e Wendel, que deverão assegurar a mobilidade do nosso jogo e, simultaneamente, empreender ações de minagem e demolição que visem interromper a ligação entre a frente e a rectaguarda da cavalaria azul-e-branca. Cumprido este plano, estarão criadas as condições para tacticamente se colocarem em campo as nossas ideias, através de movimentos e apoios frontais, conduzidos pelo centro, que criem espaço e tempo para que a bataria de artilharia liderada pelos capitães Nani e Bruno Fernandes possa expelir o seu poder de fogo. Estabelecido o caos no último reduto adversário, será chegada a hora para as ações rápidas (‘blitz’) e cirúrgicas de guerrilha a cargo de Raphinha. Enfraquecido o poder bélico do adversário no solo, o seu desNorte deve ser potenciado pela entrada em cena da força aérea, através de ações de desgaste permanente a cargo de Bas Dost e/ou de raids planeados e organizados em laboratório para os envolvimentos de Coates e de Mathieu.
No final, se todos cumprirem o plano, a vitória será nossa. É que os cavalos também se abatem.
(Nota: o meu prognóstico para o clássico é uma vitória do Sporting por 3-2. Só para Keizer marcar uma posição...)
(Fonte imagem: MVP Desportiva)