Joelson, empresários e os vendilhões do templo
Pedro Azevedo
Mais uma vez o Sporting encontra inesperadas dificuldades na renovação de contrato com um seu jovem jogador. Mais do que pensar no Joelson, em seu pai ou nos empresários, veio-me à memória uma entrevista do ex-jogador Poejo em que este se confessou ostracizado por alegadamente ter recusado a sugestão de alguém na época pertencente à estrutura do Sporting para assinar com um determinado empresário. Sendo este um ângulo oculto para a generalidade das pessoas, fica a pergunta: de onde vem a influência de certos empresários junto dos miúdos? São exclusivamente os pais dos miúdos que a promovem? O Sporting precisa de ter a certeza que na sua estrutura do futebol juvenil não existem conflito de interesses sob a forma de angariação para qualquer tipo de empresários, nomeadamente aqueles que sistematicamente colocam inúmeros problemas ao clube aquando da renovação de contrato dos nossos jovens jogadores. A haver, os prevaricadores têm de ser afastados, processados (para servirem de "exemplo") e ver o resultado das suas acções tornado público a bem do bom nome da esmagadora maioria de valorosos técnicos e staff da nossa Formação que ao longo dos anos se têm dedicado com profisionalismo e brio à causa leonina. É que no Sporting não pode haver espaço para vendilhões do templo.