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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

03
Out20

Indagações à volta do sistema


Pedro Azevedo

Começo por dizer que a primeira parte do jogo contra o Linz foi bem mais equilibrada que a de há 1 ano atrás, com a nossa equipa a mostrar-se muitíssimo mais competente e preparada para o desafio, mérito indiscutível do seu treinador. Na época passada contei 0-8 em oportunidades no primeiro tempo e uma equipa leonina completamente perdida no campo, parecendo surpreendida e asfixiada pelo adversário e totalmente à sua mercê. Valeu-nos na altura a falta de eficácia dos austríacos e o Atlas Fernandes que no segundo tempo em dois lances de génio assistiu e resolveu. Ainda assim, recuperando a crónica que na altura escrevi, foram 3-13 em oportunidades claras de golo para um resultado final de 2-1 (0-1 ao intervalo). Enfim, sortilégios do futebol...

 

Todavia, contra uma equipa igualmente disposta em 3-4-2-1 e que colocou duas linhas de 3 homens - uma primeira com os 3 homens da frente, uma segundo com os dois do meio mais o ala do lado da bola - , ficaram evidenciadas algumas contradições da nossa equipa. Anteontem não tivemos Jovane, mas este tem sido deslocado da sua posição natural como o segundo avançado que parte da esquerda (o que parte da direita é Tiago Tomás) para o eixo do ataque. Só que assim, jogando de costas para a baliza, o cabo-verdiano não potencia a sua característica principal de partir, sem medo, para cima dos defesas, utilizando a sua capacidade de explosão, técnica e boa relação com o golo. Sem Jovane, jogou Vietto. Ora, o argentino não só não tem golo como se torna irrelevante se não vir o jogo de frente, pelo que foi uma unidade a menos em campo, sem expressão do ponto de vista ofensivo e uma nulidade em termos defensivos. No entanto, se pudessemos jogar em 4-3-3, então Pote, que tem vindo a jogar onde Jovane actuava no ano transacto, poderia ser o terceiro médio e Jovane voltaria ao seu lugar natural. Três médios dariam outra cobertura à equipa. Contra o Linz foi notório que Matheus e Wendel estiveram muito tempo em inferioridade numérica, algo potenciado por Nuno Santos ter actuado muito junto à linha. É certo que o vilacondense fez um passe para golo, mas também não o é menos que o seu rendimento seria muito mais eficaz se houvesse um ponta de lança clássico para aproveitar os seus cruzamentos. Só que Amorim parece querer 3 avançados móveis, o que me leva à seguinte dúvida: não seria Gelson Dala o homem ideal para actuar no eixo do trio dinâmico da frente, imitando o que Firmino faz no Liverpool? Quando olho para os "Reds" vejo um Firmino que tanto recua para 10 a fim de organizar jogo como aparece mais adiantado a servir apoios frontais e laterais aos dois avançados vertiginosos (Salah e Mané) da equipa que partem das alas, assim como uma correia de transmissão das motos. Ora, nós poderíamos jogar assim, mas ingloriamente vendemos o Dala, um jogador inteligente, rápido a pensar, com visão de jogo e frio na finalização. Será que Amorim não vê isso em Dala? Ou, simplesmente, quando o cedeu ainda não tinha o "trio dinâmico" em mente? São perguntas que gostaria que os jornalistas fizessem a Ruben Amorim, sendo certo que o treinador é que anda lá dentro, saberá coisas que desconhecemos e até já deu mostra de sagacidade em situações semelhantes.

 

Para terminar, olhando para o nosso plantel vejo boas condições para jogarmos em 4-3-3. creio até que o Matheus, que do meu ponto de vista tem recebido críticas injustas por estar atado no sistema de 3-4-2-1, poderia ser um jogador bem mais influente, ele que nos sub-23 criava muitos desequilíbrios com as costas protegidas por Rodrigo Fernandes, alternando com Tomás Silva as saídas para o ataque. Por exemplo, anteontem, quando se libertou, criou o desequilíbrio que deu origem ao primeiro golo. Só que fá-lo muito poucas vezes, por só haver dois médios e por Wendel se desposicionar mais frequentemente. 

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