Fora da caixa
Pedro Azevedo
O vídeo anda a circular pela internet: um jovem havaiano a actuar num café está a interpretar "One day" quando chega Matisyahu e acompanha-o nos vocais. O momento é muito bonito e no fim cumprimentam-se. O jovem não reconhece o cantor e elogia-lhe a voz. "Matis" pergunta-lhe se sabe quem escreveu a canção e acaba por dizer-lhe que foi ele próprio. O jovem fica desconcertado, como que vivendo o melhor dia da sua vida. De seguida, Matisyahu oferece-lhe um passe vip para o espectáculo dessa noite e tudo acaba com o jovem, Clint Alama ("Kekoa"), subindo ao palco e interpretando ao vivo com a banda o tema que esteve na origem de tudo.
Esta história, inspiradora por certo, revela duas coisas: primeiro, que a vida é cheia de sortilégios e o sucesso está muitas vezes dependente de a preparação encontrar a oportunidade certa; segundo, o quão confortável Matisyahu está consigo próprio e com o mundo, o que se vê pela naturalidade com que age, a humildade com que interage, o respeito que tem pela música, no caso a sua música, e por quem a consome, divulga e partilha da mesma paixão.
Afinal, comunicar interesses comuns não tem necessariamente de ser algo temido ou sofrido e pode até ser bastante agregador. O exemplo de Matisyahu mostra que é fácil, fácil...