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Castigo Máximo

De forma colocada, de paradinha, ou até mesmo à Panenka ou Cruijff, marcaremos aqui a actualidade leonina. Analiticamente ou com recurso ao humor, dentro ou fora da caixa, seremos SPORTING sempre.

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Castigo Máximo

13
Fev20

Felizmente, os Sportinguistas não são isto!


Pedro Azevedo

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Jornal Sporting

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Retirado da internet

 

Não, não é o Sporting! Mas poderia, por exemplo, pelo seu carácter demagógico e fundo preto, ser a propaganda de um movimento de extrema direita (não é o caso do infograma acima, de publicidade a um WebSite de partilha musical, com outra cor, que presumo terá servido de "inspiração"). Confundir o universo de sócios do Sporting com um grupo de pessoas com tendência para a violência é irresponsável. Pior ainda quando sobram as palavras e se calam os actos, e existe um CFD que, tanto quanto se sabe, ainda não teve tempo para completar o processo disciplinar aos invasores de Alcochete - aberto pela Comissão de Fiscalização que decretou a sua suspensão - nem a quem tem comportamentos impróprios nas AGs ou está envolvido no lançamento de tochas para o relvado e petardos que originam pesadas multas para o clube. 

 

O que isto é? Substantivamente, será ruído. Puro e duro, provavelmente destinado a desviar as atenções do universo sportinguista da impreparação a nível de política desportiva que levou ao descalabro desta época de futebol, entre outras coisas menos conseguidas neste mandato. O que o clube precisa é de acção concreta face aos infractores. À violência, lamentável, intolerável e por isso condenável em sociedade, responde-se com identificação dos seus autores, processos disciplinares internos que visem expulsão de sócio e participações a polícias e Ministério Público, também com reforço de policiamento e repressão se tal se tornar infelizmente necessário. Nunca com violência verbal em "prime-time" televisivo que vitimiza e só dá mais argumentos a quem quer alimentar a fogueira do ódio. Da mesma forma, ao niilismo (não acreditar em nada) não se responde com maniqueísmo (divisão entre o bem e o mal), mas sim com uma estratégia sólida e competente que vise preencher o vazio, atraia as pessoas para o centro e assim previna futura instabilidade. Tudo o que não passe por isto e intencionalmente misture a crítica legítima a um mandato com actos de violência e insubordinação, que qualquer cidadão de bom senso repudiará, apenas visará confundir, radicalizar e gerar ainda mais divisão entre sócios e adeptos, nomeadamente todos aqueles que com notável frieza de espírito se têm mantido fiéis desde sempre única e exclusivamente ao Sporting Clube de Portugal e não a proselitismos diversos.

 

A capa de hoje do jornal Sporting é das coisas que mais me entristeceram em 40 anos de sócio. O clube fundado por José de Alvalade é predominantemente uma instituição composta por gente do bem (não confundir com "gente de bem", o Sporting é um clube interclassista e assim transversal à sociedade portuguesa). Ao longo da sua história têm sido inúmeros os exemplos de verticalidade, integridade e de saber estar no desporto, factores diferenciadores que sempre foram vividos em comunhão por quase todos e são fonte de orgulho da maioria dos sportinguistas. Acresce que continuo sem compreender uma coisa: um dos elementos pré-anunciados na lista às eleições de 2018 de Frederico Varandas, indicado como responsável pelo pelouro dos sócios, foi ouvido numa gravação áudio destinada a uma claque dizendo que com ele finalmente atingiriam o topo. Tal deixa dúvidas sobre a convicção de Frederico Varandas em relação à retirada de privilégios às claques, no sentido em que indicia que se pretenderia fazer dessa claque uma guarda pretoriana do regime, prometendo-lhes poder. Ora, isto está em flagrante contradição com o que actualmente ouvimos de Frederico Varandas e fragiliza-o, dando assim azo a legítimas interpretações de que a contestação de que foi alvo face aos resultados da equipa de futebol terá tido peso no corte com as claques. (Mesmo que o conteúdo aúdio apenas visasse o apelo ao voto, o seu teor teria de ser entendido como uma tentativa de manipulação de uma claque visando um resultado eleitoral, algo que posteriormente motivaria uma reacção óbvia e de efeito "boomerang".)

 

Para concluir, da mesma forma que às claques cumpre exclusivamente apoiar os atletas e as equipas do Sporting, nas pistas, piscinas, estádios e pavilhões deste país - não sendo seu objecto constituírem-se como anti-poder ou contra-poder - , a um presidente do Sporting exige-se que saiba em todos os momentos proteger a imagem do seu clube. Em certos momentos isso poderá ser inconciliável até com o seu interesse pessoal, o qual em nenhum momento se poderá sobrepôr ao interesse do clube, o bem maior desta equação. Expôr uma e outra, e outra vez, pelas piores razões, o clube à devassa dos media e de todos os portugueses, onde se incluem adeptos do Benfica, do Porto e de outros clubes, não é um bom serviço prestado a uma instituição centenária que ostenta o lema "tão grande como os maiores da Europa" traçado pelo seu fundador. A roupa suja lava-se em casa e é chegado o tempo de com firmeza esta Direcção realizar esse trabalho nas suas instalações em detrimento do enxovalho público permanente a que submete o nome do nosso enorme Sporting Clube de Portugal. 


Não, à violência e seus perpetradores!
Sim, ao bom nome do Sporting e dos Sportinguistas! 

P.S. Desperdiçou-se a excelente oportunidade de a capa do Jornal Sporting reflectir, isso sim, o que é verdadeiramente o Sporting. Pela positiva, mostrando o esforço, dedicação e devoção de todos os que ao longo dos anos contribuíram para a glória de um clube que, paradoxalmente ou talvez não, é muito mais do que um clube, é uma forma de estar na vida e em sociedade. Assim saibamos todos estar à altura dele. 

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