"Coitados dos gregos" e o "Cavalo de Tróia"
Pedro Azevedo
Era uma vez uma Cartilha de João de Deus dos pobres de espírito distribuída por um senhor que anteriormente havia ficado tristemente conhecido por infelizes analogias que envolviam padres, vulgo Alegoria da Caserna, alegadamente contidas em emails que supostamente trocara com outros interessados na causa. Lendo essa cartilha, o mesmo senhor, eufórico e possuído de uma razoável dose de soberba, entoava loas ao sonho de expansão europeísta e antecipava o fim de uns gregos pelos quais mostrava até antecipadamente alguma compaixão. Acontece que o que era sonho virou pesadelo e caiu aos pés do "Cavalo de Tróia" de onde saiu Zivkovic, para o efeito investido de um Aquiles sérvio mergulhado de olhos fechados em menino no Danúbio e cuja única vulnerabilidade conhecida (oftalmológica) se revelara recentemente sob injustificado apedrejamento por uma horda irada, desavinda e criminosa. Agora, desacreditado enquanto orixá e desbancado do pedestal que outrora partilhara com uma enfurecida Hera protectora dos gregos, de nigromante transformado em agoureiro, restará ao senhor cartilheiro um papel menor no coro das Testemunhas de Janelá que discretamente ainda andará por aí. É, por isso, caso para se dizer: coitado do "troiano"!