Acumulação de stocks
Pedro Azevedo
Primeiro contrata-se Gudelj. Verifica-se que é curto e compra-se Idrissa Doumbia. Pelo meio anda há Petrovic, agora adaptado a central. Entretanto, Daniel Bragança é emprestado a uma equipa da Segunda Liga. Recupera-se Francisco Geraldes, Ryan Gauld regressa à Escócia (empréstimo), vai-se buscar Matheus Nunes (bom jogador), enquanto se eclipsa Miguel Luís e se leva até à exaustão Wendel e Bruno Fernandes. O jovem Lumor, jogador mais rápido do plantel e já há 4 anos por cá, é colocado por empréstimo na Turquia, e do México chega um atleta mais velho e sem provas dadas na Europa. Luíz Phellype é contratado ao Paços de Ferreira, mas temos bem melhor no Rio Ave (Gelson Dala). Para além de Montero, jogador com mais classe do que o brasileiro e que agora parece estar condenado às bancadas. Em Janeiro chegaram também uns "wanna be" provenientes das "potências" Albânia e Equador, e do Campeonato de Portugal (!), mais concretamente do Alverca, vem um tal de Ronaldo de Souza. Regressa Tiago Ilori, que provavelmente tapará futuramente quaisquer hipóteses a Domingos Duarte ou Ivanildo, jogadores que estão a fazer bons campeonatos no Coruña e Moreirense, respectivamente. E o Tiago Djaló saiu para o Milão, justificando a sua decisão com a sensação de que não teria oportunidades. Tudo somado, parece que temos mais de 80 jogadores com contrato profissional, algo que não se pode dissociar do facto de continuarmos a ter custos muito aproximados dos rivais Benfica e Porto. Sem resultados. E com um folha salarial mais do que três vezes superior à do Braga, equipa que à 20ª jornada do campeonato nacional tem mais sete pontos do que nós. Haverá gente para quem tudo isto poderá fazer algum sentido. Para mim, definitivamente, não.